Movimento dos Focolares

“Enviados”, mesmo de um leito de hospital

Mai 29, 2005

de Alemanha

Por causa do agravamento da minha doença, tive que me internar novamente no hospital. Como estava fraca, tudo era mais difícil e parecia quase insuportável. Também o diagnóstico e a terapia não passavam de tentativas contínuas, e eu precisava sempre me superar e confiar em Deus, seguindo os médicos em cada idéia nova que eles tinham. Durante um final de semana, encontrei-me sozinha no quarto do hospital: que maravilha poder repousar um pouco e ‘respirar’! Mas, na terça-feira seguinte, o quarto ficaria novamente cheio. Preparei-me, prometendo a Jesus que teria visto e amado a Ele nas novas pacientes, quem quer que fossem. Queria me identificar com a Palavra de Deus e, para poder anunciar o Evangelho, deveria evangelizar, por primeiro, a mim mesma. Ele me levou a sério…! No início, parecia que me ‘faltava o ar’, era pior do que eu poderia imaginar. Não existia um momento de silêncio e eu passava as noites sem dormir. Descobri a preciosidade do momento presente, se não fosse assim eu não teria conseguido. Eu me sentia um pouco como ‘enviada’: também do leito do hospital, no qual me encontrava, podia fazer chegar o amor de Deus aos médicos e pacientes. Pouco a pouco, comecei a descobrir o positivo nas pessoas, os valores presentes em cada uma, apesar do era difícil para mim aceitar nelas. De repente, uma delas, aliás, a mais difícil, me disse o quanto era importante para ela ter um bom relacionamento com a companheira de quarto, e acrescentou: “Mas nós nos damos bem!”. Ela não tinha percebido nada e gostava de estar comigo. Constatei o quanto é importante não parar nos próprios limites, mas começar logo a amar, acreditando que Deus fará o resto. Percebi o quanto crescemos interiormente desde modo e nos tornamos fortes. Continuei assim por três semanas. Vi os efeitos! A fisioterapeuta estava maravilhada por me ver tão feliz, os médicos me olhavam com simpatia e se sentiam livres de fazer as terapias que eles julgavam que poderiam me ajudar, a ex-companheira de quarto me trouxe um presentinho dizendo que tinha rezado por mim na Igreja, para que eu não tivesse que fazer uma quimioterapia, como era previsto. Agora estou em casa e tenho uma paz e uma serenidade novas. (M. – Alemanha) Extraído do livro “Quando Dio interviene. Esperienze da tutto il mondo” – Editora italiana Città Nuova 2004  

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