Movimento dos Focolares

Evangelho vivido: “Confiai para sempre no Senhor: pois o Senhor é uma rocha eterna” (Is 26,4)

Dez 14, 2022

A fidelidade de Deus é inabalável como a rocha, e esta é a revelação salvífica não apenas para o povo de Israel depois do exílio, como anuncia Isaías, mas para cada um de nós. Confiar no Senhor, portanto, quer dizer construir a nossa existência indo à raiz, porque quanto mais profundos forem os alicerces mais alto se poderá construir; quanto mais nos confiarmos a Ele, mais sólidos serão os nossos gestos.

A fidelidade de Deus é inabalável como a rocha, e esta é a revelação salvífica não apenas para o povo de Israel depois do exílio, como anuncia Isaías, mas para cada um de nós. Confiar no Senhor, portanto, quer dizer construir a nossa existência indo à raiz, porque quanto mais profundos forem os alicerces mais alto se poderá construir; quanto mais nos confiarmos a Ele, mais sólidos serão os nossos gestos. Tensões na família Quando meu irmão, D., enraivecido pelo modo com que havia sido tratado por R. (outro irmão), afirmou que não queria mais vê-lo, pensei que na nossa idade, todos já temos mais de 70 anos, deveríamos ter mais misericórdia. Foi assim que surgiu a ideia de um piquenique em Jells Park, um terreno neutro. Mas, no dia combinado, R. não apareceu. Só me restou rezar, para que o seu coração obstinado amolecesse. Alguns dias depois eu lhe telefonei: não estava bem e não conseguia comer. Respondi que iria lhe levar uma boa sopa. Chegando em sua casa vi que estava grato, principalmente porque eu não o tinha julgado. Mais tarde, em casa, telefonei a D. para dar notícias de R.. Ele, por sua vez, se disse disposto a ir visitar o irmão, se eu organizasse a visita. No domingo seguinte, quando os dois se encontraram, houve um certo embaraço inicial, mas depois começaram a conversar quase normalmente; no final R. nos convidou para jantar. Fiquei feliz com o resultado e espero que a minha pequena contribuição possa sanar certas tensões na família. (Gill – Austrália) A gorjeta Antes do recente aumento dos salários para os médicos e agentes de saúde, na Hungria, era costume dar uma gorjeta aos médicos, segundo o serviço prestado, como uma taxa pré-estabelecida. Como cirurgião e pelos meus princípios, eu não concebia este tipo de coisas, inclusive porque sabia que muita gente, sem possibilidades econômicas, fazia empréstimos para agradar os médicos. Por isso eu recusava, mesmo se todos se comportavam de outra maneira, até que uma colega me fez notar que, não aceitar a gorjeta, poderia parecer aos pacientes um sinal de que a cirurgia não seria bem feita. Um dia, vendo uma idosa retirar o costumeiro envelope para mim, eu disse: “Como médico, eu estou ao seu serviço, e sou pago por isso, mas se a senhora fica mais tranquila que eu aceite esta oferta, proponho que a destine a alguma família em necessidade”. Ela ficou pensativa, depois tomou as minhas mãos: “Doutor, o que senhor diz me garante que realmente pensa nas pessoas. Eu agradeço e, se está de acordo, ficaria contente de ajudar alguém que precise, junto com o senhor”. (P. M. – Hungria)

Aos cuidados de Maria Grazia Berretta

(retirado de “Il Vangelo del Giorno, Città Nuova, ano VIII, n.2, novembro-dezembro 2022)

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