Movimento dos Focolares

Evangelho vivido: uma cultura baseada no dar e compartilhar

Jul 21, 2019

«Percorrendo o Evangelho, vemos que Jesus sempre convida a dar – escreveu Chiara Lubich em 2006 –: dar aos pobres, a quem pede, a quem deseja um empréstimo. Dar de comer a quem tem fome. Dar o manto a quem pede a túnica. Dar gratuitamente… Ele mesmo foi o primeiro a agir assim: deu a saúde aos doentes, o perdão aos pecadores, a vida a todos nós. Ao instinto egoísta de acumular Ele opõe a generosidade; ao invés da preocupação com as próprias necessidades, propõe a atenção ao outro; em lugar da cultura do ter, a cultura da partilha” .

«Percorrendo o Evangelho, vemos que Jesus sempre convida a dar – escreveu Chiara Lubich em 2006 –: dar aos pobres, a quem pede, a quem deseja um empréstimo. Dar de comer a quem tem fome. Dar o manto a quem pede a túnica. Dar gratuitamente… Ele mesmo foi o primeiro a agir assim: deu a saúde aos doentes, o perdão aos pecadores, a vida a todos nós. Ao instinto egoísta de acumular Ele opõe a generosidade; ao invés da preocupação com as próprias necessidades, propõe a atenção ao outro; em lugar da cultura do ter, a cultura da partilha” . O casamento Uma das minhas filhas ia se casar, mas sendo a nossa, uma família de condições muito modestas, era difícil arcar com todas as despesas. Faltavam dez dias e eu ainda não tinha um vestido adequado para a cerimônia, mas também achar um para emprestar não era fácil, tendo em vista o meu tamanho. Bem naqueles dias, chegou de Florença um container cheio de roupas e objetos para a casa, preparado e expedido por algumas famílias italianas para a nossa comunidade. Uma amiga começou a procurar no meio daquele mar de coisas algo para mim. Com grandíssima alegria encontrou um tecido muito bonito e pensou no modelo de um vestido. No dia do casamento, a quem me elogiava pela minha elegância, eu respondia que a providência de Deus se serviu de amigos de longe e de perto. (M.A. – Paraguai) Na diálise Faz três anos que devo me submeter a três diálises por semana, à espera de um transplante. Na clínica aonde vou, convivo com situações difíceis e procuro construir com cada doente um relacionamento. Se alguém gosta de falar de comida, falo de comida; se alguém se interessa pelo esporte, falamos de esporte. Mas um dia, eu estava particularmente cansada de lutar e desanimada. Não tinha a força para sorrir e nem mesmo para cumprimentar. Um enfermeiro que me conhece bem me disse: “Você também, Araceli?”. A angústia e o desencorajamento desapareceram e recomecei a não pensar mais em mim mesma, mas nos outros. (Araceli J. – Brasil) Adotado Sempre tive vergonha por não saber quem são os meus pais naturais, mesmo se a família que me adotou fez de tudo para preencher os meus vazios. Quando me apaixonei e depois me casei com K., os meus problemas, que antes pareciam cancelados, voltaram à tona. Na educação dos nossos filhos, de fato, estávamos de lados opostos. Eu o deixei sem explicação. Quem teve uma família não pode compreender quem se sente existencialmente só. Mas agora, depois de muito tempo, procurar extrair o amor para fora de um coração árido está ajudando a me curar. (T.A.F. – Hungria) O desafio Um dia uma colega me mostra um folheto, me dizendo que era uma frase do Evangelho com um comentário que ajudava a vivê-la. Leio: “Amai os vossos inimigos”. Penso nisso e no dia seguinte me sinto pronta para aceitar o desafio. Encontro na cozinha a minha mãe, com quem não falo há dois meses. Eu me sento para tomar o café com ela. “Dormiu bem?”, lhe pergunto. À tarde, o meu irmão vem ao meu quarto para me pedir emprestado um suéter. “Abra o armário e escolha aquele que quiser!”, lhe respondo. São pequenos fatos, mas já me sinto diferente. (A.F. – Itália)

por Chiara Favotti

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