«Renovamos o pacto e prometemos viver no espírito de amor, unidade e paz que mudou as nossas vidas». Assim se exprimem os Chief (chefes) do reino de Fonjumetaw, uma aldeia imersa na floresta camaronense, reunidos no dia 5 de março passado, juntamente com as suas comunidades, numa carta enviada a Maria Voce, presidente do Movimentos dos Focolares. Cerca de duzentas pessoas estiveram presentes, num encontro que se inscreve na história deste povo. Um forte vínculo une a vasta região tropical em redor de Fonjumetaw e Fontem, onde em 1966 chegaram, pela primeira vez, dois focolarinos médicos que ajudaram a população local a debelar as doenças que causavam uma altíssima mortalidade infantil. Há cinquenta anos, o povo Bangwa foi salvo do risco de extinção. No passado mês de Setembro, os Fon (chefes tradicionais das aldeias desta região africana) dirigiram-se a Roma para o Jubileu da Misericórdia e para prestar homenagem a Chiara Lubich (“Mafua Ndem”, Rainha enviada por Deus, como lhe chamam), diante do seu túmulo no Centro Internacional dos Focolares, em Rocca di Papa. A delegação africana participou também no encontro com o Papa Francisco, na praça de S. Pedro. Depois, houve ainda um encontro com a atual presidente do Movimentos dos Focolares, Maria Voce e com o copresidente, Jesús Morán.
O Jubileu conferiu um renovado impulso à Nova Evangelização, consolidando as relações de fraternidade que estas aldeias procuram fortemente viver hoje em dia. O encontro do dia 5 de março teve este significado. O Fon contou da sua “peregrinação” a Roma, com os outros Fon da zona, com o bispo Andrew Nkea Fuanya e com o bispo emérito Francis Teke Lysinge. Convidou a todos a darem um novo passo na vida de fraternidade e propôs um “ano de reconciliação”. Todos aderiram com alegria. E, num clima de festa, jovens, adultos e crianças deram-se um abraço que sublinhou este compromisso. Um dos Chief apresentou o “dado do amor”. Depois lançou-o ao ar. A frase que apareceu, “amar-nos reciprocamente”, foi uma confirmação, também através do jogo, do empenhamento que cada um deseja assumir. Seguiram-se experiências e pequenas encenações sobre os seis pontos da arte de amar. Um dos Chief contou uma profunda experiência: muitos anos antes, não tinha perdoado alguém de quem tinha recebido uma grave ofensa, mas, depois de ter escutado o convite do Papa a perdoar e a esquecer, no ano da reconciliação, teve força para o fazer. Em conclusão, este foi um momento de festa, com o Fon e a Mafua (Raínha) e todos os Chief, os notáveis e os focolarinos. A Mafua contou dos seus encontros com Chiara em 2000, por ocasião da sua visita aos Camarões, da “peregrinação” da delegação de quarenta pessoas ao Centro do Movimento dos Focolares, em Roma, e ainda do seu desejo de fazer com que a vida de “Mamãe Chiara” se difunda entre o seu povo. A carta dos Chief a Emmaus, dezessete anos depois da última visita de Chiara a este território, testemunha o compromisso e o desejo de todos.
Aprender e crescer para superar as limitações
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