Movimento dos Focolares

Gen Rosso: “Unidos sem barreiras”

Mar 27, 2017

Grande sucesso do musical da banda internacional Gen Rosso, apresentado no “Nelson Mandela Forum”, de Florença, no dia 18 de março passado, com a participação de crianças e adolescentes portadores de necessidades especiais.  

20170327-02Esta noite, em cena, a abolição das diversidades. Este poderia ser o título do panfleto do show de sábado, 18 de março, no “Mandela Forum” de Florença, em cujo programa constou “Campus, the musical”, um evento artístico único no seu gênero, no qual pessoas com diversos talentos, a maioria formada por jovens, uniram-se aos verdadeiros profissionais, componentes da banda internacional Gen Rosso, que teve início em 1966, do carisma e de uma ideia de Chiara Lubich. E a escolha do lugar não poderia ser mais apropriada: no Ginásio de Esportes de Florença – situado na região central daquela cidade – destinado a manifestações públicas e esportivas, concertos, debates e que, em 2004 passou a ser chamado “Nelson Mandela Forum”, para trazer ao interior de uma comunidade que vive eventos culturais de alto nível, também o sentido da abertura, da permuta, do encontro alegre entre “diversidade”, quaisquer sejam essas. Mandela afirmava: “O objetivo da liberdade é criá-la para os outros.” E, se para alguns a liberdade de cantar e dançar ao ritmo afro, do samba, jazz, rock, pop ou rap pode parecer mais que natural, para quem lida com a dificuldade cotidiana em uma cadeira de rodas e encontra calçadas intransitáveis ou para quem lida com limites impostos por questões psíquicas; ao invés, pode representar um sonho. Um sonho que “Unidos sem barreiras”, uma associação que trabalha justamente no âmbito em que essas pessoas vivem, quis transformar em realidade, graças ao contato com o Gen Rosso e a colaboração de outras instituições, entes e organizações comprometidas com o aspecto social. “Campus, the musical é um espetáculo inspirado em fatos reais, que oferece a paleta com todas as cores e os decibéis que a banda dispõe para dar voz e alma à arma pacífica do diálogo, tão cara a Mandela. Ambientado em um campus universitário – no qual se entrelaçam as histórias de vida de nove jovens de diferentes nacionalidades, jovens em busca de um caminho, vindos de um passado muito difícil e que estão diante da incógnita do futuro, um futuro a ser completamente construído – é um musical de alcance global, cuja trama se desenvolve com uma narrativa que mira ao ponto central dos desafios contemporâneos, graças à linguagem universal de uma coluna sonora rigorosamente live. Este projeto foi apresentado ao público após uma longa reflexão sobre temas que estão na ordem do dia da atualidade: encontro de culturas, integração e luta ao terrorismo de todo gênero. O espetáculo não oferece respostas, mas, lança propostas. Propostas concretas, como o projeto “Itália para”, que a banda internacional leva adiante por meio de workshops e de espetáculos que, a cada apresentação, aborda uma questão específica. No “Nelson Mandela”, depois de muitas horas de ensaios, adolescentes e crianças portadoras de necessidades especiais e, também, quatro crianças pequenas com as respectivas mães, debutaram cantando e dançando um sonho de unidade e fraternidade, com o orgulho de se tornarem protagonistas desse sonho. Grande a emoção nos semblantes e nas vozes quando os profissionais recuaram até ao fundo do palco para deixar a eles todo o espaço e os aplausos, diante de um público de mil pessoas. “Campus”, com certeza, atingiu um objetivo: o de revirar os cânones tradicionais segundo os quais, normalmente, o fato de lidar com determinados limites é visto e compreendido, e mostrar quais são os verdadeiros limites da nossa existência, quando construímos barreiras materiais e culturais que geram divisão e nos relacionamos com os outros pensando que possuímos “algo” a mais para ensinar ou mostrar. “Parecia impossível até que não fosse realizado”, teria repetido Mandela.  

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