“Se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está entronizado à direita de Deus.” Entretanto – como afirma são Paulo – nós não somos apenas chamados ao mundo de Cristo, mas já pertencemos a Ele. A fé nos diz que mediante o batismo nós somos inseridos Nele e, por isso, participamos da sua vida, dos seus dons, da sua herança, da sua vitória sobre o pecado e sobre as forças do mal: nós, de fato, ressuscitamos com Ele. Mas, diversamente das almas santas que já alcançaram a meta, a nossa pertença a este mundo de Cristo não é ainda plena e manifesta, nem tampouco estável e definitiva. Enquanto vivermos nesta terra estaremos expostos a mil perigos, dificuldades e tentações que podem fazer-nos vacilar, podem frear a nossa caminhada ou até mesmo desviá-la para falsas metas. “Se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está entronizado à direita de Deus.” Compreende-se então a exortação do Apóstolo: “Procurai as coisas do alto”. Isto é, procurai sair deste mundo – não no sentido material mas espiritual – abandonando as regras e as paixões do mundo para deixar-se guiar em todas as situações pelos pensamentos e sentimentos de Jesus. Com efeito, “as coisas do alto” indicam a lei do alto, a lei do Reino dos céus que Jesus trouxe à terra e quer que realizemos desde já. “Se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está entronizado à direita de Deus.” Como viver então esta Palavra de Vida? Ela nos alerta contra a tentação de ficarmos satisfeitos com uma vida medíocre, feita de meias medidas e ambiguidades, e nos estimula – com a graça de Deus – a aderir à lei de Cristo com a nossa vida. Impele-nos a viver e a nos empenharmos em testemunhar no nosso ambiente os valores que Jesus trouxe à terra: o serviço aos irmãos, a compreensão e o perdão, a honestidade, a justiça, a retidão no nosso trabalho, a fidelidade, a pureza, o respeito pela vida, o espírito de concórdia e de paz etc. Trata-se, como se vê, de um programa vasto quanto a vida; por isso – para não ficarmos apenas em considerações abstratas – procuremos colocar em prática durante este mês aquela lei de Cristo que é a síntese de todas as outras. De que modo? Reconhecendo o próprio Jesus em cada irmão e irmã e colocando-se a seu serviço. Não é exatamente isso que nos será pedido ao término da nossa existência terrena? Chiara Lubich Esta Palavra de Vida foi publicada originalmente em abril de 1988
Ouvir atentamente, falar conscientemente
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