Movimento dos Focolares

Jesús Moràn: a atualidade do “Paraíso 1949”

Jul 15, 2019

Setenta anos atrás foi Chiara Lubich mesma que definiu assim a experiência mística com que Deus abriu para ela e – através dela, para o Movimento nascente – a plena compreensão do carisma da unidade e da Obra que dali teria nascido. Experiência que há anos é objeto de estudo e aprofundamento por parte da “Escola Abba”, o Centro cultural dos Focolares, que justamente nestes dias, junto com outros estudiosos, estão fazendo um seminário de estudos sobre o “Paraíso 1949”. Dele participa também Jesús Moràn, Copresidente dos Focolares, a quem pedimos para explicar a sua atualidade e perspectivas.

Setenta anos atrás foi Chiara Lubich mesma que definiu assim a experiência mística com que Deus abriu para ela e – através dela, para o Movimento nascente – a plena compreensão do carisma da unidade e da Obra que dali teria nascido. Experiência que há anos é objeto de estudo e aprofundamento por parte da “Escola Abba”, o Centro cultural dos Focolares, que justamente nestes dias, junto com outros estudiosos, estão fazendo um seminário de estudos sobre o “Paraíso 1949”. Dele participa também Jesús Moràn, Copresidente dos Focolares, a quem pedimos para explicar a sua atualidade e perspectivas. https://vimeo.com/348249423 “Aquilo que no Movimento dos Focolares e, penso também fora dele, conhecemos como ‘Paraíso 1949’ é uma experiência mística, de algum modo inédita, única – Deus nunca se repete; inédita e única na sua forma e conteúdo. Tudo teve início de um pacto de unidade entre Chiara Lubich e Igino Giordani: portanto uma mulher e um homem; uma jovem depositária de um carisma que vem de Deus e um homem político e empenhado no social; uma virgem e um casado: isso já indica muitas coisas. É verdade que é preciso considerar o contexto que o precede: isso é muito importante. Os pródromos desta experiência são uma profunda vivência da Palavra – portanto o logos humano unido ao logos divino –; Jesus crucificado e abandonado, que une Céu e terra e preenche todo o vazio; a comunhão eucarística como símbolo da fraternidade universal, da comunhão universal. Os estudiosos dessa experiência nos dizem que tudo nasceu dali, tudo nasceu neste contexto e é lógico que, se foi isso que aconteceu, ela deu vida a um movimento de amplo respiro eclesial e social, com uma metodologia de diálogo a 360°: diálogo na Igreja católica, diálogo ecumênico, diálogo inter-religioso, diálogo com a cultura. É um movimento capaz de dar vida a movimentos sociais importantes como a Economia de Comunhão e o Movimento Político pela Unidade, também a elementos culturais de relevo como a Editora Città Nuova, o Instituto Universitário Sophia. O que estamos celebrando hoje é mesmo este evento especial num contexto maravilhoso, onde a natureza se funde com a cultura; onde o Divino resplandece no humano e o humano resplandece no Divino e nos relacionamentos sociais. Certamente num mundo como esse em que vivemos hoje, fragmentado e marcado por uma polarização extrema, penso que esta experiência exprima uma atualidade muito importante e que pode dar uma contribuição notável ao caminho que a humanidade está percorrendo”.

 

Foto: © Fabio Bertagnin – CSC Audiovisivi

___

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Subscrever o boletim informativo

Pensamento do dia

Artigos relacionados

Obrigado, Emmaus!

Obrigado, Emmaus!

Carta de Margaret Karram, presidente do Movimento dos Focolares, por ocasião da partida de Maria Voce – Emmaus.

A que serve a guerra?

A que serve a guerra?

Neste momento, em que o mundo está dividido por conflitos hediondos, compartilhamos um trecho do célebre livro escrito por Igino Giordani em 1953, com nova publicação em 2003: A inutilidade da guerra. «Se queres a paz, prepara a paz»: o ensinamento político oferecido por Giordani neste livro poderia ser resumido neste aforisma. A paz é o resultado de um projeto: um projeto de fraternidade entre os povos, de solidariedade com os mais frágeis, de respeito recíproco. Constrói-se, assim, um mundo mais justo; assim deixa-se de lado a guerra como prática bárbara, que pertence à fase mais obscura da história do gênero humano.

Pasquale Foresi: os anos de trabalho pela encarnação do carisma

Pasquale Foresi: os anos de trabalho pela encarnação do carisma

Há 10 anos, no dia 14 de junho de 2015, faleceu o teólogo padre Pasquale Foresi (1929-2015), que Chiara Lubich considerou como cofundador do Movimento. Foi o primeiro focolarino sacerdote e o primeiro copresidente do Movimento dos Focolares. Há alguns meses, saiu o segundo volume da biografia de Foresi, escrito por Michele Zanzucchi. Falamos com o professor Marco Luppi, pesquisador de História Contemporânea no Instituto Universitário Sophia de Loppiano (Itália).