Movimento dos Focolares

Juntos para dar esperança

Abr 18, 2018

Cristãos e muçulmanos apostam nos valores em comum e trabalham pelo bem comum, seja na família, ambiente, ética, meios de comunicação de massa, arte e cultura, empenho social. É o diálogo da vida que nutre experiências concretas de fraternidade.

Esse assunto será abordado sábado, 21 de abril, das 16h às 19h, durante o evento “Juntos para dar esperança. Cristãos e muçulmanos caminhando no carisma da unidade”, promovido pelo Movimento dos Focolares, que contará com a participação de cerca de 600 pessoas de 23 nações, de fé cristã e muçulmana, presentes no Centro Mariápolis de Castel Gandolfo, Roma, de 19 a 22 de abril. Em um contexto social marcado, sobretudo no ocidente, pelo medo do diferente, pelo preconceito e pela desconfiança que levanta muros e por uma narrativa que alimenta o desencontro e a separação, o testemunho de um empenho compartilhado entre cristãos e muçulmanos unidos pela paz, a solidariedade, o desenvolvimento, a harmonia entre pessoas de fé, culturas e tradições diversas, lança uma mensagem contracorrente e joga sementes de esperança. Viver juntos na concórdia, no respeito, na solidariedade e na paz é possível. E trabalhar juntos também, compartilhar objetivos em comum e cooperar para alcançar, sem enfraquecer a própria identidade e o próprio patrimônio de valores, mas num confronto leal e sincero reforçando o conhecimento recíproco e o respeito, priorizando o que une e não o que divide. Um caminho que é solicitado pelo carisma da unidade de Chiara Lubich, e que encontra aí seu impulso. No seu discurso na Mesquita Malcolm X, no Harlem, Nova York, em 18 de maio de 1997, Chiara, que fazia com o Imam Wallace Deen Mohammed e com a sua comunidade muçulmana presente um pacto para trabalhar juntos pela paz e unidade, disse: “Experimentei aqui uma profunda fraternidade. É algo extraordinariamente belo que só pode ser obra de Deus. Ele fez de nós realmente uma só família para seus planos”. E sobre os fundamentos desse caminho de comunhão, explicou: “ É comum a quase todas religiões, mesmo com versões diversas, a assim chamada Regra de Ouro: “Não faça aos outros o que não gostaria que fosse feito a você.” Basta essa Regra de Ouro para garantir o nosso laço de amor com cada próximo, e bastaria esse amor para fazer da humanidade uma só família”. No rastro dessa experiência e da iniciativa para o diálogo islã-cristão que nasceu em vários países, o próximo encontro em Castel Gandolfo quer ser um novo passo no caminho para a fraternidade universal, um sinal de esperança para a humanidade. “A educação religiosa é interesse da paz”, afirma Adnane Mokrani, docente da Pontifícia Universidade Gregoriana e do Pontifício Instituto de Estudos Árabes e de Islamítica e presidente do Cipax, que estará no congresso. “Nessa perspectiva, não deve haver separação, mas solidariedade, colaboração, unidade entre homens de diversas crenças que são chamados a trabahar juntos para o bem comum da humanidade, a servir a todos sem distinção.” Nesse espaço aberto, estarão presentes, entre os outros, Maria Voce, presidente do Movimento dos Focolares, o cardeal Jean-Louis Pierre Tauran, presidente do Pontifício conselho para o diálogo inter-religioso, Abdullah el Radwan, responsável do Centro Islâmico Cultural da Itália, Izzedin Elzir, Imam de Florença e presidente da UCOII (União das Comunidades e Organizações Islâmicas da Itália), Piero Coda, presidente do Instituto Universitário Sophia, Mohammad Shomali, diretor do Centro Islâmico de Londres. São numerosas as experiências de diálogo e colaboração fecunda que serão contadas nesse espaço, como fragmentos de unidade a se multiplicar.

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