Movimento dos Focolares

Mariápolis Europeia/3 – Um pacto de unidade para a fraternidade dos povos

Jul 30, 2019

Ainda tem sentido se empenhar pela fraternidade na política? Na Mariápolis Europeia, no dia 10 de agosto próximo, se renovará o pacto pela fraternidade dos povos, estipulado pela primeira vez 60 anos atrás. Do que se trata? Falamos disso com Marco Titli, do Movimento Político pela Unidade, dos Focolares.

Ainda tem sentido se empenhar pela fraternidade na política? Na Mariápolis Europeia, no dia 10 de agosto próximo, se renovará o pacto pela fraternidade dos povos, estipulado pela primeira vez 60 anos atrás. Do que se trata? Falamos disso com Marco Titli, do Movimento Político pela Unidade, dos Focolares. É o dia 22 de agosto de 1959, os ecos da guerra ainda ressoam, mas no final da Mariápolis, no vale de Primiero, representantes dos 5 continentes estreitam um pacto de unidade: rezando em 9 línguas, consagram os seus povos a Maria. A fraternidade, querem dizer, é possível. À distância de 60 anos, imersa na atualidade política, a proposta de estreitar um pacto de unidade pela fraternidade dos povos parece utópica: seja que venha “das bases”, como aconteceu em 1959, seja que nasça de uma iniciativa dos governos. Devemos nos resignar ou ainda tem sentido se empenhar pela fraternidade na política? Falamos disso com Marco Titli, 33 anos, colaborador parlamentar, empenhado no Movimento Político pela Unidade, dos Focolares, em Turim, conselheiro de circunscrição: Diante de uma Europa dividida entre integração e particularismos, que mensagem oferece a Mariápolis Europeia? “A função da Mariápolis não é a de entrar na dialética política. A mensagem que se quer dar é que a unidade da Europa é um valor a ser protegido, no respeito das identidades dos países individualmente: se a Europa se rompe voltamos às fronteiras fortificadas; ao invés, pontes e estradas ampliam o olhar e trazem bem-estar. O Movimento dos Focolares entra em rede com outras realidades da Igreja, como sobre a moção contra as exportações das armas no Iêmen, ou então em relação à batalha contra o jogo de azar”. A crise de confiança para com os partidos se aguçou e os cidadãos renunciam à participação ativa. Como reconstruir confiança? “Ao lado da crise da política, vejo também a dos meios de comunicação que enfatizam as más notícias. Muitos prefeitos arriscam a vida para combater a criminalidade organizada ou arriscam a reputação cumprindo atos corajosos pela própria cidade. Também em nível nacional existem políticos que lutam pelo bem comum. Saiamos da indiferença, existe muita gente boa hoje na política”. Ser coerentes com os próprios ideais às vezes pode significar desagradar alguém. Qual é, então, o critério do agir na política? “Se se faz política, é preciso estar dispostos aos compromissos, porque vivemos numa realidade complexa, mas não a qualquer compromisso. Diante de práticas ilícitas ou fatos graves é preciso dizer não, e isto significa também arriscar: muitos administradores caíram porque disseram não e não foram compreendidos nem mesmo pela própria gente. Mas se se rejeita o compromisso e se entra na política para defender as próprias ideias se traz divisão. É uma estrada difícil que encontra resistências, mas o político é chamado a ouvir os interesses particulares, a compô-los num mosaico”. Você pode falar de iniciativas de colaboração entre os partidos da sua cidade? “Estavam construindo uma ponte perto da estação ferroviária de Turim – Porta Susa que une duas partes de cidade que eram separadas pela ferrovia. Junto a outros da minha circunscrição e daquela que seria ligada pela outra parte da ponte, propus dar o nome à estrutura de ‘União Europeia’, símbolo da unidade entre povos diferentes. O projeto foi votado por unanimidade e várias forças políticas estavam presentes no momento da nomeação. Foi um momento de esperança: faço votos de que sinais como estes possam reconstruir nos cidadãos a confiança para com a política”.

Claudia Di Lorenzi

Immagine:© Ufficio stampa Mariapoli Europea

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