Movimento dos Focolares

Na Argentina foi inaugurado o novo curso anual para os jovens, na Mariápolis Lia

Mar 19, 2012

Terça-feira, dia 13 de março, aconteceu o ato acadêmico de abertura da Escola Gen. Participam dela 80 jovens, de 17 diferentes nacionalidades.

Era uma tarde ensolarada de fim de verão. Na Mariápolis Lia havia um clima sereno de festa. Estavam sendo celebrados os quatro anos de falecimento de Chiara Lubich, e este ano, de modo especial, desejava-se colocar em evidência a relação da fundadora do Movimento dos Focolares com os jovens. Não havia uma ocasião melhor para realizar o ato acadêmico de abertura do “Curso básico de Cultura da Unidade” do ano de 2012, para os jovens gen, provenientes de 17 nações, nessa escola muito original. São 80, de todos os países do continente americano e alguns da Europa, que interromperam os estudos, por um ano, e vieram a esta Mariápolis permanente, mergulhada nos pampas argentinos para formarem-se e tornarem-se construtores de fraternidade nos ambientes onde irão viver depois. “Toda a vida, cada momento do dia, o trabalho nas várias oficinas, o esporte, o tempo dedicado às aulas de liturgia, assim como os cuidados e o acompanhamento dado aos visitantes da Mariápolis, tudo é considerado ‘formativo’”, explicou-nos Adriana Otero, especialista em microbiologia e ambiente, responsável pela escola das gen. “De fato, – acrescentou Omar Diaz, pedagogo, responsável pela escola dos gen – como Chiara nos havia sugerido, a vida dessa escola deve girar ao redor de quatro ‘comunhões’ cotidianas: a Eucaristia, a Palavra vivida em todos os momentos e situações, o irmão e Jesus em meio à comunidade, uma presença que torna-se palpável quando existe a reciprocidade do amor”. A maior parte dos jovens concluiu o ensino médio e aqui vai ter a sua primeira experiência de trabalho. Moram em grupos de 7 a 10 jovens, com tudo o que a convivência comporta: cozinhar, manter a ordem e a harmonia da casa, estar atentos às necessidades dos outros… e tudo, naturalmente, temperado com aquele típico sabor que só a internacionalidade pode dar! “É muito bonito constatar que todos os anos chegam adolescentes que, na hora de voltar às suas cidades de origem, vão como pessoas adultas, com a alma e a mente dilatadas sobre a humanidade inteira”, explicou Silvana Verdún, psicopedagoga boliviana, professora da escola. Quais as expectativas dos jovens? Luce – 17 anos, argentina – propõe-se crescer como pessoa e pensa que conviver com meninas de diversos lugares seja uma oportunidade muito rica. Andrés – 19 anos, venezuelano – espera aprender e crescer integralmente. Thomas – 21 anos, da Eslováquia – deseja aprofundar a sua relação com Deus e com os irmãos. Eles têm um ano inteiro para viver. Um caminho no qual encontrarão estradas retas, curvas, subidas e precipícios. Um caminho que, embora bem definido, poderá apresentar também surpresas inesperadas! Uma meta que será alcançada com o esforço de cada um em transformar em vida, em fatos concretos, tudo o que for descobrindo, dia após dia.

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Subscrever o boletim informativo

Pensamento do dia

Artigos relacionados

Nostra Aetate: 60 anos de caminho no diálogo interreligioso

Nostra Aetate: 60 anos de caminho no diálogo interreligioso

No dia 28 de outubro de 2025, celebra-se o 60º aniversário de “Nostra Aetate”, a declaração do Concílio Vaticano II sobre as relações da Igreja com as religiões não-cristãs. Depois de seis décadas, o documento que inspirou e guiou os passos do diálogo interreligioso nos convida a renovar nosso empenho, continuando a construir relacionamentos de fraternidade verdadeira.

Dilexi te: o amor aos pobres, fundamento da Revelação

Dilexi te: o amor aos pobres, fundamento da Revelação

Foi publicada a primeira Exortação apostólica do papa Leão XIV. É um trabalho começado por Bergoglio que coloca no centro o amor e o serviço aos pobres. É uma herança preciosa, imagem da continuidade e unidade do Magistério da Igreja. Seguem algumas reflexões do professor Luigino Bruni.