Movimento dos Focolares

O Amor com “A” maiúsculo

Set 25, 2010

“Chiara Badano, uma luz para todos”, assim afirmou o Papa durante o Angelus. Conexão com a Basílica de São Paulo Extramuros, super lotada de jovens, na conclusão da Santa Missa em Ação de Graças pela beatificação da jovem de Sassello

Audio mp3 – Discorso Maria Voce nella Basilica di San Paolo fuori le Mura. “Voltando da viagem à Inglaterra com o Santo Padre, sentado ao seu lado no avião, falamos de Chiara Luce Badano, e ele me disse que esta nossa beata é um exemplo para os jovens, que deve ser valorizado”. Foi uma confidência feita pelo Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Bertone, durante a homilia aos jovens que lotavam a grande basílica romana, na presença de três cardeais, 15 bispos e 200 sacerdotes concelebrantes. O cardeal recordou o mandato de Chiara Luce aos jovens: “Eu não posso mais correr, mas quero passar a tocha, como nas olimpíadas”. “A participação de vocês – ele acrescentou – é sinal de que acolheram esse mandado”. E recordou o convite de João Paulo II na Jornada Mundial da Juventude, em agosto de 1989: “Jovens, não tenham medo de ser santos! Voem alto!”. Na sua homilia o secretário de Estado repassou os aspectos salientes da vida de Chiara Luce. Uma fé decidida e constante no amor de Deus, que se refletia no amor ao próximo; uma vida alegre, cheia de interesses e de amizades sadias; uma precoce maturidade cristã demonstrada pelo modo como soube enfrentar de maneira heróica e consciente a doença e a morte. Falou dos fatores que contribuíram à sua formação. A família, antes de tudo, que “desempenhou perfeitamente a sua função educadora”, assim como a comunidade eclesial e o ambiente social de Sassello. “Na história e na formação de Chiara Badano – acrescentou – o Movimento dos Focolares teve uma função essencial”. De fato, ela conheceu o Movimento com nove anos, e nele “fez uma progressiva e forte experiência comunitária de vida cristã”, e “aprendeu a aprofundar o seu relacionamento pessoal com Deus”, até viver a última e extraordinária etapa da sua vida, que realizou a sua escalada rumo à santidade. Chiara Badano, concluiu o secretário de Estado, foi e é um exemplo que torna concretas as recentes palavras da mensagem do Papa aos jovens, na Jornada Mundial da Juventude de Madri: “Muitas vezes a cruz nos amedronta, porque nos parece ser a negação da vida. Na realidade é o contrário! Ela é o ‘sim’ de Deus ao homem, a expressão máxima do seu amor e a fonte da qual brota a vida eterna”. Maria Voce, presidente do Movimento dos Focolares, recordou com profunda emoção, em seu agradecimento final, que a Basílica de São Paulo Extramuros foi também palco da última saudação a Chiara Lubich, no dia 18 de março de 2008. “Estas duas celebrações – ela disse – fundem-se numa só. Desta basílica o testemunho que Chiara Luce nos deu é lançado a todos. Agora é a nossa vez”. Palavras simbolizadas pela imagem dos jovens que, no final da celebração, receberam uma tocha, para continuar a corrida com Chiara Luce. O cardeal Bertone fez ainda a surpresa de entregar aos pais de Chiara Luce uma benção especial do Papa Bento VXI para a comemoração próxima dos seus 50 anos de matrimônio. A multidão na basílica explodiu num aplauso espontâneo, que falava por si mesmo, exprimindo o agradecimento ao casal, cujo testemunho é um exemplo para todos. As palavras do Papa Bento XVI, no Angelus, foram recebidas pelos jovens com alegria e emoção, numa conexão entre Castelgandolfo e a Basílica: «Caros amigos, só o Amor com A maiúsculo dá a verdadeira felicidade! Demonstra-o também outra testemunha, uma jovem que ontem foi proclamada Bem-Aventurada aqui em Roma. Falo de Chiara Badano, uma garota italiana nascida em 1971, que uma doença levou à morte a pouco menos de 19 anos, mas que foi para todos um raio de luz, como diz seu apelido: “Chiara Luce” [Clara luz]. Sua paróquia, a diocese de Acqui Terme e o Movimento dos Focolares, ao qual pertencia, estão hoje em festa – e é uma festa para todos os jovens, que podem encontrar nela um exemplo de coerência cristã. Suas última palavras, de plena adesão à vontade de Deus, foram: ‘Mamãe, tchau. Seja feliz, porque eu sou feliz’. Louvemos a Deus, porque seu amor é mais forte que o mal e a morte; e agradeçamos à Virgem Maria, que conduz os jovens, mesmo em meio a dificuldades e sofrimentos, a se enamorarem por Jesus e a descobrirem a beleza da vida».

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