Movimento dos Focolares

O meu primeiro Natal

Dez 26, 2017

Gisele, que mora em Cuba, há pouco tempo tornou-se cristã e este ano festejou o seu primeiro Natal.

«Na minha família o Natal não tem nenhum significado religioso, ainda que na noite do dia 24 de dezembro seja uma tradição jantar todos juntos. Mas, este ano para mim tudo mudou: festejei o meu primeiro verdadeiro Natal! “Gisele, vou lhe apresentar algumas moças que moram em Santiago e que vivem o Evangelho”, uma amiga me havia dito alguns meses atrás. Através delas, as gen da minha cidade, eu conheci Jesus, e este encontro mudou a minha vida. Eu recebi de presente até um presépio que, pela primeira vez, entrou na minha casa. Eu sabia que não iria poder festejar o Natal como desejaria, porque os meus familiares continuam a pensar como antes. Mas, este ano, queria fazer algo diferente. Passei a vigília do Natal nos preparativos para o jantar, como todos os anos, mas ao contrário das outras vezes, depois da ceia eu iria a Missa, junto com meus amigos. Porém, apesar de todos os preparativos, ninguém veio para o jantar. No início eu fiquei bem chateada e cheguei a pensar que tivessem feito isso de propósito para gozar de mim. Mas depois tive um pensamento: o que é importante para mim não necessariamente dever ser para os outros, aliás, estava claro que não era! Antes do jantar recitei, em silêncio, uma oração de agradecimento. Era a minha primeira ceia de Natal. Depois fui à Missa. Quanto eu desejaria partilhar com meus familiares a alegria pelo nascimento de Jesus! Talvez, pensei, eles não estejam ainda prontos, e talvez nunca estejam. Mas, da minha parte, queria fazer de tudo para que eles também recebessem aquele presente que mudou a minha vida: conhecer Jesus. É o que mais desejo para aqueles que amo. Quando voltei para casa, e todos já estavam dormindo, embrulhei pequenos presentes, apenas lembrancinhas, para fazer uma surpresa a eles. Os coloquei perto da árvore com um bilhete escrito: “Feliz Natal! Siga a flecha e encontre o seu presente”. Às cinco e meia da manhã o meu pai foi o primeiro a levantar, e logo notou o bilhete. Foi acordar minha mãe. Perto de nove horas me acordaram, e também ao meu irmão que é muito forte e me carregou nos braços até a sala. Não conseguiam mais esperar pela alegria de fazer-me uma surpresa; eles também tinha preparado um presente para mim! Fiquei muito comovida. Foi maravilhoso ver o que o Amor faz, inclusive em quem não sabe que nome dar a ele. Para a minha família, o Natal continua a não ter nenhum significado, e mesmo assim eles sentiram todo o amor que deixei para eles ao lado da árvore. E não há quem possa resistir ao Amor».

___

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Subscrever o boletim informativo

Pensamento do dia

Artigos relacionados

Maria Voce voltou para a casa do Pai

Maria Voce voltou para a casa do Pai

Maria Voce, a primeira presidente do Movimento dos Focolares depois da fundadora Chiara Lubich, faleceu ontem, 20 de junho de 2025, em sua casa. As palavras de Margaret Karram e Jesús Morán. O funeral será realizado no dia 23 de junho, às 15 horas, no Centro Internacional do Movimento dos Focolares em Rocca di Papa (Roma).

Obrigado, Emmaus!

Obrigado, Emmaus!

Carta de Margaret Karram, presidente do Movimento dos Focolares, por ocasião da partida de Maria Voce – Emmaus.

A que serve a guerra?

A que serve a guerra?

Neste momento, em que o mundo está dividido por conflitos hediondos, compartilhamos um trecho do célebre livro escrito por Igino Giordani em 1953, com nova publicação em 2003: A inutilidade da guerra. «Se queres a paz, prepara a paz»: o ensinamento político oferecido por Giordani neste livro poderia ser resumido neste aforisma. A paz é o resultado de um projeto: um projeto de fraternidade entre os povos, de solidariedade com os mais frágeis, de respeito recíproco. Constrói-se, assim, um mundo mais justo; assim deixa-se de lado a guerra como prática bárbara, que pertence à fase mais obscura da história do gênero humano.