«A semente foi lançada e começou a germinar, tímida, mas vigorosa e rica de promessas. Por isso a grande e sincera gratidão a todos aqueles que com dedicação e generosidade deram a própria contribuição para o nascimento e os primeiros passos do Instituto. Ao caminhar nos demos conta da beleza, originalidade e responsabilidade da “ideia” de universidade que Chiara Lubich, com intuição inspirada e uma enorme confiança, nos confiou». São palavras do teólogo Piero Coda na entrevista (publicada no portal do IUS) após a confirmação da sua nomeação como reitor para os próximos quatro anos. «Hoje, Sophia é uma realidade».
Quais as futuras perspectivas acadêmicas? Responde ainda o reitor:
- Distinção de algumas especializações (ontologia trinitária, estudos políticos, economia e administração, no contexto mais amplo da cultura da unidade nos seus aspectos antropológicos e sociais), no segundo ciclo;
- Sucesso do ciclo de doutorado e início da “escola” de pós-doutorado;
- Inovações no aspecto didático (inter e transdisciplinar) e de formação integral da pessoa, com um projeto educativo;
- Abertura intercultural e inter-religiosa;
- Sinergias de pesquisa e colaboração em vários níveis, no próprio território e em âmbito nacional e internacional.
A comunicação chegou ao Instituto Universitário Sophia durante o mês de julho. Aliás, o decreto da Congregação para a Educação Católica era esperado. Datado em 11 de julho de 2012 e enviado à Maria Voce, presidente do Movimento dos Focolares e Vice-Grã Chanceler do Instituto, confirmou a reeleição do teólogo italiano Piero Coda como reitor do IUS para o período 2012-2016. A primeira nomeação, por parte da Congregação, em 2008, aconteceu por proposta da própria Chiara Lubich dois meses antes, dia 12 de março daquele ano, dois dias antes de seu falecimento.
A eleição do Reitor é um fato relevante e que segue um procedimento articulado: pretende-se salvaguardar seja a plena autonomia da Instituição acadêmica seja a ligação essencial com o Movimento dos Focolares, sendo que nomeação e confirmação por parte do Conselho vaticano responsável pelos estudos universitários conferem distinção à imagem acadêmica própria do Instituto.
Quais as prioridades que orientarão o exercício do seu segundo mandato nos próximos quatro anos? O reitor responde: «Duas coisas interessam-me especialmente: a fidelidade à “ideia” geradora da qual nasceu e se alimenta a vida do Instituto e o crescimento da fraternidade como alma criativa da comunidade acadêmica nas suas diversas componentes; o desenvolvimento do projeto acadêmico segundo as linhas de luz que somos chamados a discernir e interpretar, o compromisso de fazer nascer, com realismo e profecia, um lugar onde se possa exercitar e aprender a arte inédita de “pensar juntos”.
O verdadeiro diretor é o Espírito de Jesus Ressuscitado que sopra e ilumina lá e quando nos dispomos a acolhê-lo com liberdade e escutá-lo com inteligência, desarmados de tudo. E não é esta a “Sophia”? Tão divina porque tão humana, e vice-versa, que nos fascina e que queremos amar e partilhar com todos aqueles com quem somos chamados a caminhar rumo ao mundo novo que já renasce das contradições do nosso tempo?».
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