Movimento dos Focolares

Obrigado, Padre Foresi

Jun 15, 2015

Pasquale Foresi – conhecido familiarmente como Chiaretto – primeiro focolarino sacerdote e cofundador do Movimento dos Focolares, faleceu dia 14 de junho. Nós o recordamos com grande afeto e gratidão. O funeral será na quinta-feira dia 18 de junho, às 15:30, no Centro Internacional do Movimento dos Focolares em Rocca di Papa e será transmitido em direta streaming.

Live streaming: live.focolare.org


Pasquale Foresi con Chiara Lubich

Pasquale Foresi com Chiara Lubich

Viveu os últimos anos longe dos holofotes, no seu focolare em Rocca di Papa, junto com alguns dos primeiros focolarinos, companheiros de viagem de sempre: Marco Tecilla, Bruno Venturini, Giorgio Marchetti. A sua é uma figura muito importante na história dos Focolares: tinha apenas 20 anos quando, em 1949, Chiara Lubich lhe pediu para partilhar a responsabilidade do nascente Movimento. Chiara Lubich sempre percebeu que Pasquale Foresi tinha um papel especial para o desenvolvimento do Movimento dos Focolares: o da encarnação do carisma da unidade, e por isso o considerava, junto a Igino Giordani, um seu cofundador. Em 1949, ano em que conheceu Chiara e o Movimento, Pasquale Foresi era um jovem em busca. Havia sentido a vocação ao sacerdócio e frequentava o seminário de Pistoia e o Colégio Capranica, em Roma. Ele conta: “Estava contente, satisfeito com a minha escolha. Porém, num determinado momento, não tive uma crise de fé, mas simplesmente comecei a ver tudo com outros olhos. (…). Foi nesse período que conheci o Movimento dos Focolares. Nas pessoas que participavam dele notei uma fé absoluta na Igreja católica e, ao mesmo tempo, uma vida evangélica radical. Entendi que aquele era o meu lugar e, muito em breve, a ideia do sacerdócio retornou”. Tornou-se o primeiro focolarino sacerdote. Depois dele outros focolarinos perceberam este chamado especial, a serviço do Movimento. Villa Eletto 2Pasquale reconheceu, nos primeiros passos dados por Chiara Lubich e o primeiro grupo que começou com ela, “uma fonte jorrada do Evangelho que irrompeu na Igreja” e, iniciou uma colaboração que o levou a contribuir de forma fundamental para o desenvolvimento do Movimento, como estreito colaborador da fundadora. Com relação aos principais encargos confiados a ele, o próprio Foresi escreve: “Sendo sacerdote, fui encarregado de manter os primeiros relacionamentos do Movimento dos Focolares com a Santa Sé. Outra função minha, com o passar do tempo, foi a de acompanhar o desenvolvimento do Movimento e colaborar, diretamente com Chiara, na redação dos vários estatutos. Pude também suscitar e seguir obras concretas a serviço do Movimento, como o Centro Mariápolis, para a formação dos membros, em Rocca di Papa, a Mariápolis permanente de Loppiano, a casa editora Città Nuova, em Roma, e outras obras que foram se multiplicando pelo mundo”. Mas existe ainda outro aspecto característico da sua vida ao lado de Chiara, que talvez represente melhor que os outros a contribuição especial que ele deu ao desenvolvimento do Movimento. Escreveu: “Está na lógica das coisas que cada nova corrente de espiritualidade, todo grande carisma, traga incrementos culturais, em todos os níveis. Se olhamos a história constatamos que isto sempre aconteceu, com reflexos na arquitetura, na arte, nas estruturas eclesiais e sociais, nos vários setores do pensamento humano e especialmente na teologia”. Várias vezes ele interveio, com a palavra e com a escrita, ao apresentar a teologia do carisma de Chiara na sua dimensão social e espiritual, salientando, com autoridade, a novidade que encerra, seja relativamente à vida que ao pensamento. Das suas páginas brota “uma perspicácia de análise, uma amplitude de visão e um otimismo no futuro, possíveis devido à sabedoria que nasce de uma forte e original experiência carismática, além dos abismos de luz e de amor, de humildade e fidelidade, que somente Deus pode escavar na vida de uma pessoa” (Do prefácio de “Colóquios“, perguntas e respostas sobre a espiritualidade da unidade). O Movimento dos Focolares no mundo inteiro o recorda com imensa gratidão.

Releases

___

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Subscrever o boletim informativo

Pensamento do dia

Artigos relacionados

10 anos depois da Laudato Si’, o “Projeto Amazónia”

10 anos depois da Laudato Si’, o “Projeto Amazónia”

O dia 24 de maio marca os 10 anos da publicação da Encíclica “Laudato Si” do Papa Francisco. Um momento de celebração, de verificação do que foi feito e de a retomar e dar a conhecer a quem ainda desconhece o seu conteúdo. Conscientes de que “não haverá uma nova relação com a natureza sem um ser humano novo. Não ha ecologia sem una adequada antropologia” (LS, 118) apresentamos o “Projeto Amazónia”, contado por dois jovens brasileiros durante o Genfest 2024 realizado em Aparecida, Brasil.

Bruxelas: 75 anos da Declaração Schuman

Bruxelas: 75 anos da Declaração Schuman

Para acompanhar a Europa na realização de sua vocação – após 75 anos da Declaração Schuman – na sede do Parlamento Europeu em Bruxelas, em um painel de especialistas, expoentes de vários Movimentos cristãos e jovens ativistas deram voz à visão da unidade europeia como instrumento de paz. Foi um encontro promovido por Juntos pela Europa e parlamentares europeus.

O Concílio de Niceia: uma página histórica e atual da vida da Igreja

O Concílio de Niceia: uma página histórica e atual da vida da Igreja

No dia 20 de maio de 1700 anos atrás – data indicada pela maioria dos historiadores –, tinha início o primeiro Concílio ecumênico da Igreja. Era o ano de 325, em Niceia, a atual Iznik, na Turquia, hoje uma pequena cidade situada 140 km ao sul de Istambul, cercada pelas ruínas de uma fortaleza que ainda fala daqueles tempos.