«Três dias em Uganda para celebrar a solenidade dos Mártires Ugandenses: o Papa chegou no dia 27 de novembro, recebido pelo Presidente de Uganda Museveni e pelas autoridades religiosas guiadas pelo Arcebispo de Kampala D. Lwanga e pelo Arcebispo anglicano Ntagali. Etapa no Santuário Católico de Munyonyo onde os primeiros mártires cristãos do país foram mortos em 1886», relatou Simon, que trabalha no setor de vendas de New Vision, grupo editorial ugandense, e que – terminados os turnos de trabalho – corria para a rua ou para os lugares onde se esperava a passagem do Papa Francisco. E depois, Namugongo. Lá o papa visitou antes o Santuário protestante e se encontrou com o Reverendo Stanley Ntagali, e meio quilômetro mais na frente, o Santuário católico. «Uma multidão de pessoas, cheia de alegria, esperava ao longo da estrada, com o coração repleto de amor, entoando canções para o Santo Padre», contou ainda Simon. «Havia ulos, bandeiras, toques de trombetas. Algumas mulheres na multidão choravam de alegria». «No seu apelo o Papa reconheceu os mártires anglicanos e os mártires católicos, que deram a própria vida pela obra de Deus, e cuja morte por Cristo testemunha o ecumenismo do sangue. São testemunhos da própria fé em Jesus, até mesmo à custa da vida, muitos bem jovens», comentou Simon. «Os mártires de Uganda são os primeiros mártires da África moderna e são testemunhas, todos leigos, de uma fé simples, mas muito forte», explicou padre Lombardi. Francisco se inspirou no exemplo deles falando aos jovens, e convidando-os a «transformar na vida todas as coisas negativas em coisas positivas», «o ódio em amor», «a guerra em paz». Entre as impressões recolhidas por Simon, entre os seus coetâneos tem a de Alinda: «Com Jesus podemos superar todos os obstáculos, e transformar o negativo da nossa vida, como a opressão, ou as doenças como a Aids. Não devemos ter medo de pedir ajuda, inclusive através da oração». «Estender a ajuda aos necessitados, cooperar com todos para o bem comum, e defender o dom de Deus que é a vida para construir uma sociedade mais justa estão entre as mensagens deixadas pelo Papa. Além disso, salientou a importância do Espírito Santo e dos Mártires Ugandenses na história da Igreja de Cristo. O Pontífice reiterou a necessidade de ser humildes, mansos e bons para levar alegria e paz e para não se deixar tomar pelos desejos mundanos», escreveu Simon. «Não somos perfeitos, mas podemos nos perdoar e recomeçar sempre», confidenciou Tony, particularmente impressionado pelas palavras do Papa sobre a família.
Após a missa celebrada em Namugongo, o Papa se encontrou com os jovens em Kololo. O seu discurso de improviso foi precedido por dois tocantes testemunhos de jovens: uma adolescente doente de Aids desde o nascimento e um jovem que foi recrutado como criança soldado. O sofrimento transformado em esperança pela fé em Jesus é o coração da mensagem de Francisco. «No mesmo dia o Papa visitou a casa para pessoas desfavorecidas em Nalukolongo, onde se cuida dos necessitados, crianças, jovens e idosos. Existem pessoas que sofrem por deficiências ou complicações de vários tipos e não têm quem possa cuidar delas. Estavam felizes por receber o Papa, que salientou a importância de cuidar de quem está em necessidade, porque precisam do nosso amor. Não existe mais ninguém que possa amá-los no nosso lugar, disse o Papa». Aos sacerdotes e aos religiosos lançou um desafio: continuar a fazer de Uganda a “pérola da África”, seguindo o exemplo dos mártires. Enfim, concluiu Simon, «o Papa partiu no domingo, dia 29, para ir à República Centro-africana, deixando uma mensagem de amor, unidade e, sobretudo, perdão, a ser vivida nas nossas famílias, comunidades, locais de trabalho, com os vizinhos, por toda a parte».
Ouvir atentamente, falar conscientemente
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