Movimento dos Focolares

Proteção das crianças e adolescentes: formação, prevenção e tolerância zero

Mar 28, 2019

Após a conclusão do primeiro Congresso internacional dos encarregados dos Focolares pela proteção das crianças e adolescentes a Presidente Maria Voce e o Copresidente Jesús Morán escreveram uma carta a todos os membros do Movimento sobre o compromisso dos Focolares nesse campo.

Após a conclusão do primeiro Congresso internacional dos encarregados dos Focolares pela proteção das crianças e adolescentes a Presidente Maria Voce e o Copresidente Jesús Morán escreveram uma carta a todos os membros do Movimento sobre o compromisso dos Focolares nesse campo. “Convidamos todos vocês a se comprometerem com grande responsabilidade por este objetivo tão importante de promover a proteção integral e a garantia das crianças e dos adolescentes”. São essas as palavras da Presidente Maria Voce e do Copresidente Jesús Morán numa carta enviada no dia 27 de março a todos os membros dos Focolares no mundo após a conclusão do primeiro congresso internacional dos encarregados dos Focolares para a proteção de crianças e adolescentes. (Ver carta em anexo) Com 162 participantes provenientes de 38 Países de todos os Continentes este encontro, realizado de 14 a 17 de março, em Castel Gandolfo (RM), foi uma ocasião para fazer um balanço do compromisso dos Focolares pela proteção e garantia de cada pessoa; compromisso desde sempre presente no Movimento como demonstram as múltiplas atividades de formação, as iniciativas e os projetos realizados no mundo inteiro para a promoção da infância e da adolescência. Diretrizes e comissões para a proteção das crianças e adolescentes De abril de 2014 o Movimento produziu também as “Diretrizes para a proteção integral e garantia dos direitos fundamentais de crianças e adolescentes”  e em 2015 foi constituída uma Comissão Central para a Promoção do Bem-estar e a proteção da criança e do adolescente (CO.BE.TU.). No mundo foram constituídas comissões locais ou estão presentes encarregados qualificados. A função dela é “promover atividades de formação para os nossos membros, especialmente para aqueles que desempenham atividades com crianças e adolescentes”. As Comissões têm também a tarefa de receber denúncias de supostos abusos e realizar verificações internas. Maria Voce e Jesús Morán explicam na carta que nesses anos receberam cerca de vinte dessas denúncias e comunicam: “Com profunda tristeza, devemos reconhecer que, inclusive na nossa grande família dos Focolares, se verificaram alguns casos de abuso contra menores causados por pessoas do Movimento ou por pessoas que participaram de manifestações organizadas por nós. A maioria dos episódios ocorreu em um passado distante (até mesmo há mais de 20 anos), mas infelizmente alguns aconteceram em um passado recente. E também estavam envolvidos membros consagrados”. A instituição da Comissão Central e daquelas locais – afirmam com grande gratidão a Presidente e o Copresidente – foi de ajuda não só para facilitar as denúncias de casos de supostos abusos, mas também “para entender como fazer justiça às vítimas, como acompanhá-las, bem como as suas famílias e que medidas internas efetuar em relação aos autores dos abusos, além, naturalmente, do percurso judicial previsto pelas leis dos respectivos países”. Tolerância zero Maria Voce e Jesús Morán reafirmam a linha de “tolerância zero” do Movimento dos Focolares em relação a qualquer forma de violência, abuso, maus tratos, bullyng, atuados diretamente ou pela Web, em relação a qualquer pessoa, com especial atenção aos menores e aos adultos vulneráveis. “Isso também significa – explicam – denunciar às comissões locais ou à Central qualquer suspeita de abuso ou violência”. E consideram “uma verdadeira tentação pensar em não relatar casos para o bem do nosso Movimento, para evitar um escândalo, para proteger a boa reputação de alguém”. De modo especial acrescentam que “cada único caso significa uma profunda purificação para o Movimento. Nós a aceitamos com humildade e com profunda compaixão por aqueles que, talvez até por nossa falta de atenção, sofreram traumas indescritíveis.” Um compromisso global, que não se limita aos membros dos Focolares e que, como Maria Voce e Jesús Morán observam na conclusão da carta, deveria se abrir sempre mais para toda a humanidade. “não podemos deixar de sentir, como nosso, o grito de dor de todas as crianças e adolescentes do mundo. (…) ”. Carta Maria Voce e Jesús Morán -Proteção de crianças.PT  

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