Movimento dos Focolares

Repórteres da mudança

Fev 19, 2018

Concluiu-se a segunda fase do projeto Breaking Rays, para desenvolver, em jovens envolvidos no campo da comunicação, competências profissionais orientadas a um mundo mais unido.

Logo_BR + Erasmus_resizedBreaking Rays” é um jogo de palavras do tipo de “breaking news, expressão que marca a irrupção de uma notícia de última hora. Neste caso há um projeto de fraternidade e um grupo de jovens comunicadores que, com competência e ardor, estão dando tudo de si para que ele seja conhecido. Breaking Rays aspira a construção de uma rede internacional onde experiências de vida inspiradas pelo carisma da unidade, do Movimento dos Focolares, possam sair do isolamento e “explodir” até atingir o globo, gerando inclusive mudanças a distância, em outras comunidades, com um “efeito dominó”. Financiado parcialmente pela Comissão Europeia, por meio do programa Erasmus+, e promovido pela associação internacional New Humanity em colaboração com CSC Audiovisuais (Itália) e outras Ongs, o projeto destina-se à formação de jovens cineastas, também em vista de uma colaboração com o Collegamento CH, um encontro bimestral online, com notícias e reportagens das comunidades dos Focolares espalhadas pelo mundo. Duas foram as etapas realizadas até agora, das três previstas: em Castelgandolfo (Itália), em julho passado, e na Mariápolis Ginetta, nos arredores de São Paulo (Brasil), de 3 a 10 de fevereiro. A etapa conclusiva será em julho de 2018, em Manila (Filipinas), em concomitância com o Genfest.

foto di gruppo © Davi Teixeira Breaking Rays Brazil

Foto © Davi Teixeira Breaking Rays Brazil

Na Mariápolis Ginetta – lugar acolhedor e ideal para o desenvolvimento da programação – estiveram presentes cerca de vinte jovens de vários países (Brasil, Itália, Hungria, Indonésia, Filipinas, Índia, Quênia e Burundi) e de competências variadas, coordenados por tutores profissionais: Marco Aleotti, diretor italiano, da RAI, Carlo Sgambatom diretor de fotografia, Kim Rowley, do CSC Audiovisuais, além de Isabela Reis, produtora e curadora de projetos audiovisuais e culturais. E ainda Paola Cipollone, do CSC Audiovisuais, coordenadora do projeto. Momentos de formação teórico-prática e experimentação de técnicas alternaram-se com trabalho e vida em comum, na base de uma comunhão de talentos e com uma grande abertura à crítica construtiva. O grupo visitou alguns projetos sociais locais, produzindo vídeos e entrevistas. Em outras sessões, alguns especialistas da comunicação (direção, jornalismo televisivo e radiofônico) contaram suas próprias experiências e responderam as perguntas dos participantes.
Marco Aleotti © Davi Teixeira _Breaking Rays Brazil

Foto: Marco Aleotti © Davi Teixeira Breaking Rays Brazil

«Uma experiência única para aprender e aprofundar a profissão de jornalista numa nova perspectiva», disse Lewis, do Burundi. «Mais do que um curso de produção de cinema – comentou Donald, da Índia – tratou-se de comunicar histórias potentes para construir um mundo melhor. A equipe e os especialistas ajudaram-me a desenvolver um olhar especial para os detalhes, e a descobrir como romper estereótipos e clichês culturais através de elementos audiovisuais». Explicou Isabela Reis, tutora, do Brasil: «É um tipo de projeto do qual eu creio que possamos nos orgulhar. Uma experiência forte e envolvente, de oito dias, útil para melhorar as capacidades de comunicação dos jovens. Foi importante também discutir os diferentes modos para desfrutar o melhor possível as possibilidades técnicas e o modo de utilizá-las. Para mim foi uma ocasião para renovar-me profissionalmente: aprendi muito com as experiências e os talentos dos participantes». Rafael Tronquini, brasileiro, que há alguns meses trabalha em Manila, na preparação do Genfest: «Um passo fundamental rumo a Manila. Foi muito bom passar uma semana em contato com profissionais incríveis. Os vídeos que eles fazem difundem esperança». E Kyle Venturillo, das Filipinas: «Nós viemos de várias partes do mundo. Temos línguas, culturas e personalidades diferentes. Apesar disso pudemos estabelecer uma relação aberta entre nós, que nos tornou uma única família. Somos um grupo de pessoas “meio loucas”, com ideias e perspectivas diferentes, mas um único objetivo: tornar este mundo mais unido». Colaboraram com o projeto, também, Starkmacher (Alemanha), Opus Mariae (Quênia), Focolare Ireland (Irlanda), UJ Varos (Hungria), Pag-asa (Filipinas), Civitas (Brasil), Focolare Society Bombay (Índia) e YayasanDuniaBersatu (Indonésia). Chiara Favotti

___

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Subscrever o boletim informativo

Pensamento do dia

Artigos relacionados

Buscar a paz: um caminho nas mãos de cada um

Buscar a paz: um caminho nas mãos de cada um

Eliminar qualquer desejo de dominar. Em um mundo constantemente dilacerado por conflitos, seguindo o apelo do Papa Leão XIV para construir uma paz “desarmada e desarmante”, partilhamos uma reflexão muito apropriada de Chiara Lubich, extraída de uma Palavra de Vida de 1981.

Em direção a uma pedagogia da paz

Em direção a uma pedagogia da paz

Como nos tornarmos agentes de paz na realidade em que vivemos todos os dias? Anibelka Gómez, da República Dominicana, nos conta, por meio de sua experiência, como é possível formar redes humanas capazes de semear beleza para o bem de comunidades inteiras por meio da educação.