Movimento dos Focolares

Terremoto Haiti

Fev 2, 2010

Sinais de luz e esperança, de solidariedade e providência. Também a comunidade do Movimento dos Focolares na linha de frente para as ajudas

Na linha de frente para socorrer feridos e desabrigados. A comunidade do Movimento dos Focolares encontra-se concentrada em Mont-Organisè, cidade no norte da ilha,próxima à fronteira com a República Dominicana. Segundo as primeiras informações, obtidas por “Living City”, de Nova Iorque, a comunidade dos Focolares decidiu construir um centro de acolhida para famílias, em um terreno que havia recebido em doação, há alguns anos. Poucos dias depois do terremoto chegaram 47 mil dólares, necessários para providenciar alojamento para 20 famílias. Muitas pessoas deixaram a capital para buscar ajuda no norte do país. “Chegaram sem nada, perderam tudo, não sabem aonde ir, não comem há vários dias”. Conta Wilfrid Joachim, coordenador do Movimento dos Focolares em Mont-Organisè. “O país inteiro está devastado. Aqui quase todas as famílias perderam alguém no terremoto. Agora, depois deste desastre, todos procuram ir para a zona rural”. Mas chegam também notícias consoladoras do Haiti. “Todas as crianças que fazem parte do projeto patrocinado pelo Movimento, com as adoções à distância, estão a salvo”, afirma Joachim. Está sendo organizado um centro para a distribuição de vestuário, alimentos e remédios. As ajudas chegam por meio da comunidade do Movimento na República Dominicana. O dr. Modesto Herrera, membro dos Focolares, junto a outros 150 médicos, enfermeiros e voluntários, viajou para La Romana, cidade da República Dominicana, conseguindo chegar de ônibus a Porto Príncipe, com a previsão de ficar no Haiti por cinco dias. “As pessoas nos esperavam na igreja evangélica, onde estavam alojados. Alguns de nós trabalharam nos abrigos no campo, outros nos hospitais, atendendo até 300 pessoas por dia. O mais bonito foram os relacionamentos construídos com eles”. Um sinal de esperança é também a solidariedade que o terremoto provocou na população da República Dominicana, que imediatamente abriu as fronteiras para receber nos hospitais os haitianos feridos, colocando de lado anos de preconceitos culturais e hostilidades entre os dois países. “Será que Deus quer que nos acordemos e olhemos a estas pessoas, nossos irmãos, que vivem perto de nós?”, escreveu o bispo Francisco Ozoria, presidente da Comissão Pastoral Haitiana na República Dominicana. “Deus faz florescer a vida sobre os escombros, uma vida nova renascerá para o povo do Haiti, graças à solidariedade de todos”.

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