Pe. Salvo, pode ajudar-nos a fazer um balanço deste ano? «Foi a passagem de uma graça muito forte que tocou muitos âmbitos da Igreja para além, naturalmente, de incidir em todos os consagrados. O Papa Francisco, por meio da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica (CIVCSVA), também animou este ano a nós dedicado com conteúdos e eventos particularmente inspirados. Ainda é cedo para fazer um balanço. Estou convencido de que o ano foi vivido com profundidade e os frutos poderão ser visto no tempo». Que papel tiveram os Religiosos ligados aos Focolares? «A particular sensibilidade à unidade, típica do carisma de Chiara Lubich, oferece às pessoas do Movimento uma espécie de know how que leva a privilegiar os relacionamentos e a criar comunhão. As religiosas e os religiosos ligados aos Focolares empenharam-se nas iniciativas das próprias comunidades e dioceses, ou também nas atividades nacionais e da Igreja universal, levando um timbre da comunhão. Um espírito ansiado por toda a Igreja no seu tornar-se cada vez mais “casa e escola de comunhão”. Numa nação europeia foram precisamente os religiosos e as consagradas do Movimento que propuseram à Conferência dos Superiores Maiores o projeto de um encontro para jovens consagrados. Os responsáveis apreciaram tanto os conteúdos e as modalidades do projeto que assumiram a iniciativa como própria. Participaram mais de 250 jovens religiosos, com impressões e frutos realmente significativos». Como vê as iniciativas lançadas pelo Santo Padre e pela Congregação dos Consagrados? Foram muito importantes os convites do Papa Francisco a mostrar a alegria de viver a consagração e a agir profeticamente nas “periferias existenciais”, como está escrito na sua Carta Apostólica a todos os consagrados: “Espero que «façam despertar o mundo», porque a nota que caracteriza a vida consagrada é a profecia”. Ele salienta um proprium da Vida Religiosa caracterizado pelo ser portadores de carismas, isto é, de dons para o bem de toda a Igreja. A CIVCSVA aprofundou o pensamento do Papa Francisco com três cartas: uma dedicada à Alegria que deve distinguir os consagrados (Alegrai-vos); uma outra à sua capacidade de ser profecia para o mundo (Despertai o mundo) e a terceira à dimensão contemplativa da sua vida (Contemplai). Estes três documentos constituem um ponto de referência para o futuro da Vida Consagrada na Igreja. Em relação aos eventos não se pode não lembrar o encontro em Roma dos jovens religiosos no último mês de setembro. Foi um encontro de grande impacto, com 5 mil participantes do mundo inteiro, juntos por quatro dias. Não é uma coisa que si vê com muita frequência. Também impressionou muito, pelo significado que traz, o Colóquio ecumênico de religiosos e religiosas, realizado de 22 a 25 de janeiro de 2015. Foi o primeiro acontecimento deste gênero no Vaticano, desejado expressamente pelo Papa Francisco. Foi um sinal do progresso no caminho entre os cristãos de confissões diferentes. A vida consagrada, disse durante o encontro padre José M. Hernández, Claretiano, é chamada a “ser ponte e não um fosso” entre os cristãos. Parece-me um belo augúrio que exprime muito bem o caminho que nos resta percorrer».
Abrir a porta do coração à alegria
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