Movimento dos Focolares

Maria Voce e Jesús Morán no Quênia

Síntese da programação da viagem:

  •  15 de maio: recepção festiva na “Mariápolis Piero”
  •  17-20 de maio: participação em vários momentos da Escola para a Inculturação
  •  21-22 de maio: participação no encontro pan-africano de Famílias Novas
  •  25 de maio: saudação ao Conselho Acadêmico da CUEA (Universidade Católica da África Oriental)
  •  27 de maio: discurso à Comissão Ecumênica
  •  28-29 de maio: encontro com a comunidade do Movimento dos Focolares no Quênia e representantes do Burundi, Ruanda, Uganda, Tanzânia – inauguração da igreja “Maria da Luz”

Loppiano – Exercícios espirituais para consagradas

No Ano da Misericórdia, as consagradas que aderem ao Movimento dos Focolares promovem uma semana de exercícios espirituais na Mariápolis permanente de Loppiano, no Centro de Espiritualidade Casa de Emaús. «As consagradas terão ainda a possibilidade de aprofundar o próprio carisma à luz da espiritualidade da unidade – declara Ir. Antonia Moioli, a responsável – e neste contexto poderão viver a reciprocidade dos carismas, crescendo em ser construtoras de pontes entre todas as pessoas que encontram». Convite

Festa da Europa. A perspectiva dos Focolares

Festa da Europa. A perspectiva dos Focolares

Europe“A resignação e o cansaço não pertencem à alma da Europa; as próprias dificuldades podem revelar-se, fortemente, promotoras de unidade”, afirmou o papa Francisco na cerimônia da entrega do Prêmio Carlos Magno, no último dia 6 de maio. No dia 9 de maio, se, para boa parte dos europeus significa celebrar a integração, a unidade e a paz na Europa pela ocasião da Declaração de Schuman, datada 9 de maio de 1950, origem da União Europeia; para outros, ao invés, assinala o início do período de privação dos direitos sob o regime da União Soviética, iniciado com a declaração de vitória de Stalin na Alemanha, no dia 9 de maio de 1945. Este é a história no qual o inovador processo de integração ousado pela Europa se depara ainda hoje, após 60 anos. E é sobre contradições ínsitas nestes paradigmas culturais e sociais que atravessam os povos da Europa, que no atual contexto de crise se pergunta: é ainda válida e atual a experiência europeia? Os europeus ainda querem estar juntos? Na opinião de Pasquale Ferrara, diplomata, pesquisador e professor de Relações Internacionais e de Diplomacia, “a visão europeia da integração, ou seja, reunir-se não tanto como soberania, mas, as vontades políticas de diversos países para governar conjuntamente fenômenos que escapam ao controle de cada estado, isto permanece uma grande intuição”. Através da integraçãoa Europa demonstra que o multilateralismo pode ter, ainda hoje, um valor adjunto se o centro da atenção não é mais o estado, mas, a função política que este atua, o que significa, as necessidades dos cidadãos em um mundo global e transnacional”. dsc_5834Uma Europa capaz de estar juntos e, desta maneira, descobrir o que pode fazer a mais e melhor pelo mundo”. Maria Voce resume nestas palavras a perspectiva do Movimento dos Focolares ao fazer parte dos processos em curso na Europa. Um exemplo deste empenho é a participação no Projeto “Juntos pela Europa”, no qual convergem 300 Comunidades e Movimentos de Igrejas cristãs, uma rede que atua com objetivos partilhados em função do continente promovendo uma cultura de reciprocidade por meio da qual, indivíduos e povos podem acolherem-se, conhecerem-se, reconciliarem-se e sustentarem-se reciprocamente. “’Juntos pela Europa’ não tem como fim o próprio projeto, mas, tem uma natureza claramente politica, no sentido mais nobre do termo: se emprega para o bem desta porção de humanidade que é a Europa, com o objetivo de reavivar as suas raízes e sabendo que dá também uma contribuição para o mundo inteiro”. De 30 de junho a 2 de julho de 2016 “Juntos pela Europa” promoverá em Mônaco, Alemanha, um evento europeu de reflexão e de ação. Durante dois dias, 36 mesas-redondas e fóruns permitirão a partilha de experiências e de perspectivas sobre outras temáticas relativas à Europa. A conclusão do evento será uma manifestação pública em uma praça, no terceiro dia. Papa Francisco e o Patriarca ecumênico Bartolomeu I enviarão vídeo-mensagens pessoais. Jean-Claude Junker, presidente da Comissão Europeia, e Thorbjørn Jagland, secretário geral do Conselho da Europa, consentiram o próprio patrocínio (http://www.together4europe.org/). “No momento em que existe muita necessidade da Europa, a Europa se mostra sempre menos à altura destes desafios”, afirma Pasquale Ferrara fazendo referencia à falta, atualmente, de figuras políticas com uma visão mais ampla. E Conclui: “Mas, talvez, miramos na direção errada? Talvez, pensamos que é necessário um ou mais líderes políticos e, ao contrário, devemos contar mais com a sociedade civil, mirando mais aos jovens e a criatividade social e política deles, sobre a capacidade deles de imaginar o ‘Velho’ continente como um continente ‘novo’”. Fonte: Releases

Slotmob: uma pequena ideia que se alastra cada vez mais

Slotmob: uma pequena ideia que se alastra cada vez mais

SlotmobEstávamos no verão de 2013: do diálogo num grupo de jovens romanos nasceu a ideia de fazer algo para travar a proliferação dos jogos de azar. É cada vez maior o número de idosos e jovens colados às ‘slot machines’ instaladas em muitos bares. Nos últimos anos, apesar da crise econômica, a oferta e o consumo dos jogos de azar cresceu vertiginosamente na Itália: os italianos gastam 85 mil milhões por ano no jogo, as ‘slot machines’ da última geração são mais de 50.000, e os ‘viciados no jogo’ são cerca de 800 mil. Torna-se assim claro que o ‘jogo’ está devastando as nossas cidades, empobrecendo o tecido social e criando solidão e isolamento. Por detrás deste crescimento exponencial da oferta dos jogos de azar está uma visão da economia, na qual o lucro das multinacionais do setor se sobrepõe a tudo o resto, com o consentimento do Estado que vê nisso uma fonte de lucro. Perante este cenário desolador, um grupo de jovens romanos questionou-se sobre o que poderiam fazer… E aí nasceu a ideia de premiar os donos dos bares que optaram por não instalar máquinas de jogo nos seus bares. Para isso, começaram a ir em massa tomar o café da manhã nestes bares: assim nasceu o Slotmob. Inicialmente, propunham-se fazê-lo apenas em Roma e Milão, mas a ideia simples e concreta entusiasmou muitas pessoas de norte a sul da península. Nestes dois anos e meio realizaram-se já 120 slotmob, mobilizando mais de 10.000 pessoas e criando uma rede de mais de 200 associações. Além disso, nasceram relacionamentos entre realidades muito diferentes, criando espaços de encontro e conhecimento, e refazendo aquelas ligações sociais que o jogo tinha destruído. «Em Roma, concentramos as nossas forças numa zona conhecida como “Las Vegas” italiana – conta-nos Maria Clara. Em pouco tempo, criou-se uma rede envolvendo sete associações locais, as quais se ocupam do jogo de azar sob vários prismas. Nasceu um relacionamento sincero, não isento de dificuldades, pelo fato de trabalharmos em conjunto. Surgiu assim o projeto “Não ao Azar”, ao qual aderiram algumas escolas da cidade. Falar com os adolescentes sobre o poder das nossas escolhas e de como podemos mudar uma realidade injusta, começando por nós mesmos, não é nada fácil. Mas é muito importante construir um mundo mais justo e envolver os jovens neste processo de mudança». 1462534289E continua: «Na experiência do Slotmob temos encontrado muitas pessoas e muitas histórias que nos ajudam a compreender como e quanto o jogo de azar é uma ferida aberta na nossa sociedade. No decorrer de um destes slotmob, um senhor que nos tinha ajudado a organizar os jogos com os adolescentes, pega no microfone para contar a sua experiência de consumidor compulsivo de jogo de azar. Disse: “A minha vida é feita de luzes e de sombras: aquilo que me impele a jogar é a solidão, mas vendo hoje todos vocês aqui, já não me sinto só. Portanto, quero empenhar-me em não jogar mais. E se por acaso, me encontrardes junto a máquina de jogo, tendes autorização para me repreender e recordar-me esta promessa que faço hoje diante de vocês”». «Se olharmos para trás – conclui Maria Clara – vemos que atingimos resultados impensáveis: foram bloqueadas duas leis tendentes a reduzir o poder dos sindicatos na limitação do jogo de azar; obtivemos a proibição parcial da publicidade televisiva e uma maior atenção dos media a este assunto. Temos consciência de que o caminho é ainda muito longo: queremos que a publicidade do jogo de azar seja totalmente proibida; queremos que se coloque em discussão a possibilidade de entregar a gestão dos jogos de azar às multinacionais. Por estes motivos, no dia 7 de maio estaremos em mais de 40 praças, em toda a Itália, para afirmar o nosso ‘Sim’ a uma economia diferente, premiando esses bares que disseram não aos jogos de azar».