27 Out 2017 | Sem categoria
Enquanto em várias partes do mundo multiplicam-se processos de ruptura e isolamento do contexto global, no Instituto Universitário Sophia abre suas portas um novo Centro, corajoso e visionário, o Sophia Global Studies, que pretende «fornecer instrumentos de compreensão, gerenciamento e transformação de processos e relações globais – explica Pasquale Ferrara, embaixador da Itália na Argélia e presidente do novo Centro de pesquisas -. É o fruto de dez anos de experiência acadêmica e tem o objetivo de formar uma nova geração de líderes, capazes de enfrentar a complexidade e motivados a atuar pelo diálogo e a paz».
«Nenhum país, nenhum grupo, pode permitir-se estar isolado do outro – afirma Paolo Frizzi, docente de Religiões e Processos Globais e coordenador do Centro – . Estamos no meio de uma passagem incerta, transitória e múltipla». O Instituto Universitário Sophia, nascido de uma intuição de Chiara Lubich, a partir deste ano triplica a oferta: Mestrado em Economia e Administração, Ontologia Trinitária e Cultura da Unidade, com os respectivos doutorados. Explica o reitor, Pe. Piero Coda: «A complexidade dos horizontes nacionais e mundiais exige uma ação incansável, orientada à unidade da família humana e guiada por um novo pensamento. Sophia, nestes dez anos, cresceu como centro intercultural, inter e transdisciplinar, aonde promove-se uma relação integral entre estudos, experiência e pesquisa».
Até hoje, mais de 400 estudantes, de 50 diferentes nações, escolheram Sophia como itinerário de estudos superiores. Cerca de 130 são os diplomados até agora, cerca de 20 com doutorados. Para Elena De Stefanis, de Turim (Itália), curso trienal em Filosofia e Mestrado em Cultura da Unidade, estudar em Sophia significou «superar a hiperespecialização, com uma formação que colocou em relação estudos humanísticos, técnicos e filosóficos». Maria Voce, Presidente do Movimento dos Focolares e Vice Grã Chanceler do Instituto, falando na inauguração afirmou: «Sophia é um sonho que se tornou realidade tangível. Traz o semblante de todos aqueles que se formam nestas salas. Todos sentimos na pele os desafios imanes e urgentes que a sociedade de hoje apresenta. Desafios articulados, que exigem respostas em todos os níveis. Um deles é o da formação, especialmente da alta formação, como a que o IUS oferece. Estamos bem conscientes de que a criatividade do homem e o seu desejo de entender a realidade e dar uma resposta a ela, encontram um ponto de coagulação na experiência universitária. O conhecimento é caminho e é resposta aos tantos males que temos diante de nós. O Instituto coloca-se nesta perspectiva» dando, ao mesmo tempo, «uma contribuição característica, do ponto de vista seja do conteúdo que metodológico».
«No nosso Instituto – explica – a reflexão teórica e a vida prática deveriam ter uma coerência evidente, visível. Isso nos e vos empenha, em percursos acadêmicos inter e transdisciplinares, nos quais seja possível a compenetração das diversas disciplinas para uma contribuição mais integral ao desenvolvimento do pensamento e da ação. E vos e nos empenha a estabelecer com todos (do corpo docente aos estudantes e a quem aqui trabalha) relações de confiança sincera e estima recíproca, até formar uma verdadeira comunidade de vida e de reflexão». Metas exigentes e inovadoras. «Não podemos renunciar a estas metas – continua Maria Voce. Já as vemos como iniciadas, de certo modo, em Sophia, ainda que sejamos conscientes dos desafios que temos diante de nós para consolidar e desenvolver o nosso Instituto». «Concluídos os estudos, os jovens retornam a seus países com competências e experiências interdisciplinares e relacionais extremamente valorizadas no mundo do trabalho – acrescenta Luigino Bruni, economista e professor do IUS. Hoje são muito procuradas figuras humanas e profissionais completas, para enfrentar os desafios da mundialização». As palabras de Valentina em nome de todos os alunos de Sophia.
26 Out 2017 | Sem categoria
Um grupo de jovens arquitetos colombianos, estudantes da Universidade “de La Salle” em Bogotá e italianos da Universidade “G. D’Annunzio “em Pescara, Itália, estão desenvolvendo um tipo di workshop itinerante” Habitandando “, organizado pela rede do Movimento dos Focolares – Diálogo em Arquitetura. De 24 a 28 de outubro, se fará uma viagem de Bogotá para o interno do país, com etapas em alguns países coloniais e na planície amazônica. De 30 de outubro a 5 de novembro se fará uma semana de estudo no distrito de Altos de Cazuca, nos arredores de Bogotá. É uma área desfavorável, sem infraestrutura primária conhecida por problemas de segurança. O objetivo é projetar e experimentar, através de design criativo e trabalho colaborativo, soluções arquitetônicas e de planejamento urbano que tragam mudanças e criem espaços para a comunidade local. Um contexto extremo, ao limite de recursos, possibilidades tecnológicas, sustentabilidade ambiental, social e cultural.
26 Out 2017 | Focolare Worldwide
É atualmente um dos maiores bancos rurais das Filipinas. Mas quando Francis Ganzon (67 anos), assumiu a sua direção, em 1989, tinha uma única filial. Desde então, a Instituição se dedica ao apoio e à potencialização das pequenas e médias empresas (PME), mediante a oferta de serviços financeiros de qualidade, “com uma força de trabalho unida a Deus”, como se lê no site do Banco, no item “mission”. Após se diplomar em Direito, Ganzon, se dedica ao salvamento de uma Instituição, o Ibaan Rural Bank, Inc. (IRB), envolvido em casos de fraude. «Promovi um estilo de trabalho diferente, mirando no respeito às leis, no profissionalismo e na centralidade das pessoas, e promovendo novas práticas alinhadas com os valores cristãos». Ganzon assumiu para si o espírito da Economia de Comunhão, a rede internacional de empresários comprometidos em pôr em prática a Doutrina social da Igreja. «Em seguida, criamos a fundação Ibaan Rural Bank, com o objetivo de estender os programas de microcrédito inclusive para estudantes merecedores, mas em dificuldades econômicas, através das bolsas de estudo. A crise financeira asiática de 1997 também atingiu o nosso banco, mas não fechamos graças à confiança dos nossos clientes. No mesmo ano, o Banco celebrou os 40 anos de vida e o renomeamos Bangko Kabayan, com um esforço a mais para fornecer, a pessoas necessitadas de uma ajuda, a possibilidade de ter acesso a microcréditos para elevar o próprio teor de vida».
«Muitos clientes – continua Ganzon – não dispunham de garantias colaterais, mas, de qualquer forma, para nós eram pessoas dignas. Isto criou uma relação de confiança recíproca: o banco confiava nas pessoas, concedendo empréstimos, e os clientes confiavam no banco. Deste modo o Bangko Kabayan teve um forte impacto social, melhorando a vida de muitas pessoas e de muitas pequenas empresas. Em seguida, se tornou o fornecedor de crédito preferido pelas PME na nossa região, abrindo 23 filiais nas províncias de Batangas, Quezon e Laguna». No futuro próximo, o Bangko Kabayan estará empenhado em construir um portfólio equilibrado de empréstimos e tesouraria e em investir ulteriormente nas novas tecnologias, em especial na Internet banking. Bangko Kabayan recebeu até agora diversos reconhecimentos. Em 2007, recebeu o melhor Capital Build-up nos PremiLandbanks e foi incluído entre as cem melhores instituições, em nível mundial, para o microcrédito. De 2008 a 2011 e ainda em 2013 e em 2015, foi nomeado, na região onde tem sua sede, parceiro do Banco Terra das Filipinas. Além disso, recebeu o acesso Microenterprise ao prêmio MF EAGLE dos serviços bancários de 2003 a 2007 e ainda em 2010 e em 2011. «A determinação e a integridade serão sempre recompensadas» conclui Ganzon. «Espero ansiosamente o dia em que as transações bancárias poderão ser feitas com um aperto de mão, em vez de no papel».
25 Out 2017 | Sem categoria
O conjunto internacional Gen Rosso está realizando uma tournée no Brasil: Toda vida tem esperança, organizada pela Fazenda da Esperança. Depois da primeira etapa em Joinville a tournée prossegue no centro e no norte do país. Joinville, distante 535 km de São Paulo, é uma cidade moderna, ponto de referência para todos os amantes da dança, não só para a América do Sul. Além de Moscou, é a única cidade no mundo que possui uma escola do Teatro Bolshoi, na qual se ensina o clássico método russo. Na “capital nacional da dança”, de 24 de setembro ao dia 1º de outubro passado, nove entre bailarinos e bailarinas do Bolshoi e outros quatro da escola do Centro de Cultura contribuíram na preparação e apresentação do musical. Streetlight é um projeto original, que coloca em cena mais de 200 jovens com problemas de dependência química. Três dias de intenso trabalho, aprendendo e aperfeiçoando passos e música, lado a lado artistas e jovens, com o mesmo slogan: um pelo outro. Depois, a certo momento, a cortina se abre e começa a apresentação. Não é um trabalho “para” os jovens; mas, “com” os jovens, como foi evidenciado pela Rede Globo, que dedicou ao projeto publicidade e entrevistas. Paralelamente, um workshop dedicado a educadores e agentes sociais que trabalham na cidade, aborda temáticas relacionadas aos processos psicológicos, sociais e familiares ligados à recuperação de várias formas de dependência.
Padre Luiz, atual presidente da Fazenda, junto a Angelúcia, Nélson e Iraci, que são os pioneiros da “fábrica” de esperança – que do Brasil difundiu-se na América Latina, nas Filipinas, na África, na Rússia e na Europa Central – trabalham estreitamente unidos ao Gen Rosso que, para a ocasião se apresenta com uma composição mais alargada, que envolve também outros membros da comunidade local do Focolare. Entre os jovens envolvidos na cena, o entusiasmo é enorme. “Vale a pena tentar superar os próprios limites. Agradeço a Fazenda por ter-nos dado esta oportunidade de trabalhar com o Gen Rosso.” Envolvido pela música e pelo ritmo, um jovem que, no passado, era chefe de uma gang violenta, comentou: “Para mim o efeito da adrenalina que eu experimentava quando fazia coisas más era o máximo. Agora eu vi que é possível ser ainda mais feliz quando se faz o bem, sem droga e sem álcool. Para mim isto é uma novidade.”
William, da escola do Bolshoi, disse: “Eu aprendi que se pode dançar, além da técnica e da disciplina, também com o coração. Uma experiência de alegria e, ao mesmo tempo, harmoniosa que se exprime também com o sorriso.” E uma bailarina do Centro de Cultura: “O nosso profissionalismo encontrou-se com a força da experiência de vida de muitos jovens: uma surpresa para mim e um milagre da arte, um pelo outro!” Eles receberam também do público, comentários de surpresa e entusiasmo: “Eu vi a cidade inteira envolvida.” “É arte que se torna serviço da sociedade.” “Vocês reforçaram a unidade entre as diversas comunidades civis. Uma experiência muito preciosa que devemos dar continuidade no futuro.” Depois da apresentação do musical, em toda cidade, o grupo de trabalho constituído para coligar as várias instituições sociais que se ocupam da formação e recuperação da droga e de outras dependências, se consolida e se reforça para que não se apaguem as luzes acesas nas ruas. Vídeo de Streetlight
24 Out 2017 | Sem categoria
Os ônibus carregados de jovens “escalavam” com esforço as estreitas estradas que sobem de Incisa Valdarno (Florença) na direção de Loppiano. Uma fila interminável e inesperada que arriscava fazer saltar toda organização prevista: mas quem esperava que chegassem 10.000 jovens para aquela que depois se tornou uma grande festa destinada a se repetir todos os anos e em diferentes cidades do planeta? Uma verdadeira invasão que deixou de boca aberta e de olhos arregalados os poucos habitantes do pequeno lugarejo toscano. Nascia, num dia de um sol primaveril que rachava os rostos e os corações (após o vento e a chuva da véspera), o primeiro Genfest da história! E eu estava lá! Sim, eu estava lá! “Vivir para contarlo” (viver para contar), diria García Márquez. Tenho diante de mim aquele anfiteatro natural de Loppiano, apinhado de jovens provenientes da Itália e de alguns países europeus (com muitas horas de viagem nas costas) e de representantes de muitos países do mundo: como eu, que chegava da Argentina.
A festa desta “geração nova” (daqui o nome Genfest) que se autoconvocava seguindo o convite de Chiara Lubich a viver para construir um mundo unido, foi aberta por nós com uma canção da banda internacional Gen Rosso, da qual eu fazia parte. Canções, danças, testemunhos, discursos … tudo era motivo de festa, enquanto se instalava no coração a certeza de que o mundo um dia será unido, inclusive graças à contribuição de cada um de nós. Dentre todos, o discurso de Pasquale Foresi que trazia uma mensagem de Paulo VI, no qual o Papa se dizia satisfeito com o Genfest e manifestava o desejo de que o evento “contribua para formar uma consciência cada vez mais clara da responsabilidade que o Evangelho comporta na própria vida”.
Eram os tempos da contestação juvenil e pe. Foresi apresentou o Evangelho como a maior “revolução” social. Pensei nas minhas primas que corriam atrás, também elas, de uma revolução social, nos rastros de Che Guevara, “desaparecidas” (se fala de 30.000 “desaparecidos” na Argentina, jovens, além do mais) alguns anos depois. Talvez por este fato que me tocava de perto, uma canção me impressionou particularmente. Foi composta e cantada na mesma esplanada dois anos antes por Paolo Bampi, jovem trentino morto logo depois por uma grave doença. Embora não o tendo conhecido pessoalmente, através da sua canção nasceu um relacionamento ideal que me parecia me ligar ao Céu: “O que vocês querem, o que procuram… querem um Deus? Eu sou! Querem um Homem? Eu sou!”. Tenho a impressão de, como ele, ter encontrado em Jesus, o Caminho.
Lembro-me a um certo ponto de uma mulher com um sorriso melancólico, como que tremendo diante do microfone. O seu silêncio se difundiu rapidamente como fogo pelo gramado e os 10.000 jovens pareciam se tornarem uma só pessoa. Começou a falar com uma força incrível: “Deus é Amor e nos ama imensamente”. Era Renata Borlone, dentre as primeiras a seguir a estrada do focolare, hoje serva de Deus. Com Antônio, ele também argentino, cantamos Humanidad: “Uma nova aurora se anuncia …, desperta Humanidade, saúda o novo sol que se levanta…”. Terminávamos nos dirigindo a Deus com um “grita-nos bem forte: creiam no Amor”. Os rostos avermelhados pelo sol, apesar dos chapeuzinhos chineses que tínhamos improvisado em tempo recorde, tornavam visível a fortíssima “marca” que se imprimiu nas nossas almas. Partimos com a certeza de que “se anunciava uma nova aurora”, que um mundo unido era possível porque o tínhamos experimentado já entre nós naquele histórico 1º de maio de 1973. Gustavo Clariá