Movimento dos Focolares
Jornada Mundial da Solidariedade

Jornada Mundial da Solidariedade

InternationalHumanSolidarityDayInstituida pelas Nações Unidas no dia 20 de dezembro de 2005 – o mesmo dia em que, em 2002, foi criado o Fundo Mundial de Solidariedade, com a finalidade de promover o desenvolvimento humano e social nos países em vias de desenvolvimento – a Jornada pretende chamar a atenção para o respeito pela diversidade e para a imçportância da solidariedade entre as pessoas. Se forem unidos e solidários, os homens podem opor-se com maior eficácia à inquidade. A solidariedade, entendida como um dos valores fundamentais e universais do viver humano, deve tornar-se a base da procura de soluções globais, podendo desempemhar um papel decidivo na resolução dos problemas do mundo. A solidariedade é também mencionada como protagonista na Delaração do Milénio, subscrita por todos os Estados-Membros da ONU, em setembro de 2000, para contrapor às injustiças de caráter económico, social, cultural e humanitário. A Declaração elege este valor como um pilar das relações internacionais do século XXI.  

Um lugar para Jesus no Natal

Fazer regressar Jesus ao coração do Natal não é algo de paradoxal. Neste período, especialmente nos países ricos, o consumismo e um certo sentimentalismo ofuscam, se não excluem de todo, a centralidade do nascimento de Jesus. De resto, há dois mil anos não foi muito diferente: quando chegam a Belém, José e Maria não encontram um alojamento, e têm que procurar um refúgio ocasional, onde o Menino pudesse nascer. “Desalojaram Jesus!” – repetem por todo o mundo os Gen4, meninas e meninos do Movimento dos Focolares. «Que ao menos nas nossas casas se repita bem forte Quem nasceu! Façam nascer Jesus no meio de vocês, com o vosso amor» – foi esse o convite de Chiara Lubich. Daqui partiu, em 1996, a ideia, que se repete todos os anos, de fazer pequenas estátuas de gesso do Menino Jesus que são oferecidas, pelas ruas e nas praças, às pessoas apressadas que porventura não sabem, ou não se recordam, que o Natal é antes de mais a festa de Jesus. «Nós dizemos: “queres levar Jesus contigo?”. Alguns dizem logo que não, outros passam sem sequer parar. Mas há também aqueles que param, e nós damos-lhes estas estatuetas ou os presépios que preparamos. Nas praças das grandes cidades, nos centros comerciais, nos lares para idosos, procuramos atrair a atenção com as nossas bancas ou com as festas que organizamos para as crianças. É como uma onda de felicidade que envolve a todos e que recoloca no centro do Natal o verdadeiro festejado». Para dar Jesus aos outros, procuramos primeiramente conhecê-lo melhor. Na Mariápolis “Paz, nos arredores de Tagaytay, nas Filipinas, realizou-se recentemente um encontro para os Gen4, durante dois dias. No final, todos os participantes escreveram uma cartinha a Jesus. Assim escreveu Sam: «Jesus é o meu herói. Quando tenho medo, Ele protege-me. Quando me comporto bem, sou como Ele». Kenneth: «Peço-te que a minha família não se separe». E Gioia escreve que aprendeu a amar a todos, «mesmo os inimigos, em primeiro lugar, e a partilhar os sofrimentos e as alegrias dos outros». E ainda April: «Obrigada por me teres dado os meus pais e uma boa irmã». Em muitos lugares do mundo, desafiando o frio e as dificuldades ou a indiferença, com um sorriso que desarma qualquer um e a candura típica desta idade, os Gen4 abrem uma janela inédita sobre o Natal, chamando a atenção para o seu verdadeiro significado. Da América Central, onde o Natal é vivido intensamente, mesmo sob o aspeto religioso – por exemplo com a tradição das “Posadas”, que recordam a difícil busca de um alojamento por parte de Maria e José – escreveram-nos os Gen4 de El Salvador e da República Dominicana. Walter Francisco, de 8 anos, estava com os outros Gen4. «Oferecer os nossos Jesus a todos aqueles que passavam por nós foi uma experiência maravilhosa!». Adriana e Juan Pablo são dois irmãos de 9 e 6 anos. «Primeiramente, fomos a uma casa para crianças órfãs e com elas partilhamos os nossos alimentos. Depois oferecemos-lhes os nossos ‘Jesus Menino’, e as ofertas que recebemos fomos dá-las aos pobres». A comunidade de Santa Tecla tinha recebido naquela altura uma grande quantidade de alimentos e brinquedos recolhidos. «Fomos levá-los também aos meninos que fazem a lavagem dos vidros dos carros, perto dos semáforos». Na cidade de Santo Domingo, mais de quarenta crianças trabalharam na fabricação de duzentas e setenta estatuetas do “Menino”, todas feitas com grande cuidado. Depois, foram oferecê-las nas ruas perto do Shopping, em algumas paróquias e num jardim de infância: «Jesus pode nascer também hoje, nos corações de todos» – contam eles. E as ofertas recolhidas foram enviadas às crianças de Porto Rico.

Dia internacional dos migrantes

No ano 2000, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o dia 18 de dezembro de cada ano o Dia internacional pelos direitos dos migrantes. Dez anos antes, no mesmo dia, aprovara uma Convenção internacional sobre a proteção dos direitos dos trabalhadores migrantes, em seguida a um grave acidente rodoviário em que perderam a vida, sob o túnel do Monte Bianco, 28 trabalhadores originários do Mali, que viajavam há dias, escondidos dentro de um caminhão, em direção à França, em busca de um trabalho e de melhores condições de vida. O Dia dos migrantes toca um tema não novo na história da humanidade, mas que nos últimos anos está assumindo uma relevância mundial, especialmente nos países ocidentais. No dia 30 de setembro passado, dirigindo-se a uma Associação que reúne as Prefeituras italianas, Papa Bergoglio disse: «Precisamos de una política que não deixe à margem quem chega no nosso território», mas para isto servem «espaços de encontro pessoal e de conhecimento mútuo».

Uma Cátedra para a fraternidade entre as Igrejas

Uma Cátedra para a fraternidade entre as Igrejas

20171218_04Um unicum no panorama acadêmico e cultural internacional, diante do quadro de uma crise dos equilíbrios políticos, sociais e religiosos, no Oriente Próximo e Médio e entre as margens do Mediterrâneo: a instituição de uma Cátedra ecumênica, intitulada ao Patriarca Atenágoras e a Chiara Lubich, é o símbolo daquela Europa que ainda quer respirar com “dois pulmões”. Foi inaugurada no dia 14 de dezembro passado, emoldurada pela cidadezinha internacional de Loppiano, não distante de Florença e da sua vocação universalista. A vizinha cidade do centro da Itália, de fato, ostenta uma longa tradição de reconciliação entre Oriente e Ocidente, desde a metade do século XV. Instituída conjuntamente pela Igreja católica, na pessoa do Arcebispo de Florença, Card. Betori, e pela Igreja ortodoxa, na pessoa do arcebispo ortodoxo da Itália e Malta, Gennadios Zervos, a Cátedra se preestabelece o objetivo de aprofundar o significado cultural e as implicações sociais da caminhada ecumênica rumo à plena unidade das Igrejas cristãs do Oriente e do Ocidente, num contexto altamente qualificado, como o do Instituto Universitário Sophia (IUS), onde a reflexão e o diálogo da vida são estreitamente ligados e experimentados. 20171218_03A ideia de uma Cátedra ecumênica nasceu em 2015, quando o IUS, com o aplauso do Papa Francisco, outorgou o primeiro Doutorado h.c. em Cultura da unidade ao patriarca ecumênico de Constantinopla Bartolomeu I. “Naquela ocasião – explica o Instituto Sophia – brotou o desejo de instituir uma específica Cátedra Ecumênica intitulada ao Patriarca Atenágoras e a Chiara Lubich, que faça uma releitura e atualize a sua herança espiritual”. A Cátedra, da qual são cotitulares o prof. Piero Coda, reitor do IUS, e Sua Eminência Maximos Vgenopoulos, metropolita de Selyvria, foi inaugurada na presença do metropolita da Itália e Malta, Gennadios Zervos.  «O Patriarca Atenágoras e Chiara Lubich são duas dignas e bem-aventuradas personalidades que Deus iluminou – afirmou o metropolita – para destruir as divisões e as inimizades religiosas. Com o encontro deles, restauraram a amizade e inauguraram o “Diálogo da caridade”». «Creio que Chiara, com a sua espiritualidade – prosseguiu – tenha preparado as duas principais e preciosas Pontes: a primeira é Paulo VI, a segunda, Atenágoras». 20171218_02Na ocasião, Papa Francisco enviou uma mensagem: «Alegro-me com a louvável iniciativa, voltada a fazer memória do encontro entre o Patriarca Ecumênico e a fundadora do Movimento dos Focolares, que cinquenta anos atrás, marcou o início de uma profícua caminhada de conhecimento e colaboração recíprocos e que ostenta hoje muitos frutos, entre os quais os do diálogo e da amizade fraterna». «Tal projeto acadêmico – disse Maria Voce, presidente dos Focolares – representa um momento importante nas relações ecumênicas em andamento entre as Igrejas irmãs do Oriente e do Ocidente e abre perspectivas fascinantes para um estudo centrado no diálogo respeitoso, que se prefigura ainda mais enriquecedor no dom recíproco em nível de reflexão teológica e de uma antropologia de comunhão». 2017 12 14 INAUGURAZIONE CATTEDRA PATRIARCA ATHENAGORAS- CHIARA LOBICHA longa história de amizade e cooperação com o Patriarcado ecumênico de Constantinopla remonta a junho de 1967, quando Chiara Lubich encontrou pela primeira vez o Patriarca Atenágoras. «É uma grande coisa se conhecer», lhe confidenciou o Patriarca. «Por muitos séculos vivemos isolados, sem ter irmãos, sem ter irmãs, como órfãos! Os primeiros dez séculos do cristianismo foram para os dogmas e para a organização da Igreja. Nos dez séculos seguintes vivemos os cismas, a divisão. A terceira época, esta, é a do amor». Durante o ano acadêmico estão previstas conferências, aulas e uma Summer school para jovens católicos, ortodoxos, judeus e muçulmanos. No próximo mês de março, se realizará um ciclo de aulas sobre o tema “A eclesiologia da Igreja Ortodoxa e a caminhada do diálogo ecumênico com a Igreja Católica”, dirigido a todos aqueles que queiram se preparar para oferecer a própria contribuição à promoção da plena unidade, a serviço do encontro entre os povos e as culturas. Foto  Flickr

Papa Francisco faz 81 anos

Domingo 17 de dezembro, Francisco faz 81 anos, gozando de boa saúde e realizando o seu trabalho com grande intesidade. Como sabemos, regressou há pouco de uma viagem muito empenhativa a Myanmar e ao Bangladesh e já se prepara para a sua vigéssima segunda viagem, no próximo mês de janeiro, desta vez ao Chile e ao Perú. Há um ano, no seu 80º aniversário, confidenciava: «Desde há alguns dias que me vem à mente uma palavra que pode soar mal: velhice. Assusta! Pelo menos mete um pouco de medo. Mas quando se olha para ela como uma etapa da vida que serve para dar alegria, sabedoria, esperança, então recomeça-se a viver». Com imensa gratidão pelo dom da sua vida, toda ela orientada para o amor a Deus e às pessoas, com uma prelileção muito especial pelos mais fracos e pelos marginalizados, apresentamos os mais sinceros parabéns ao Papa Francisco. Asseguramos-lhe a nossa oração quotidiana, ao mesmo tempo que pedimos ao Espírito Santo que lhe dê muita força e luz para levar por diante, com serenidade, a sua pesada tarefa, para a alegria de todos.