Com vista para o Mediterrâneo, ao sudeste do estreito de Gibraltar – ponte entre dois continentes e o ‘ex-fim do mundo’ – ergue-se a cidade de Ceuta, que junto à próxima cidade de Melilla, representa um resíduo colonial espanhol nas terras africanas. Devido à sua posição estratégica em um litoral privilegiado, as duas cidades foram, há décadas, identificadas pelos migrantes como possíveis portões de acesso à Europa, apesar da parede divisória. Todos os dias homens, mulheres e crianças dos mais diversos países africanos, que fogem de guerras, pobreza e perseguição de todos os tipos, atravessam estados inteiros para tentar atravessar o limiar barrado ao lado da cidade, como alternativa à jornada ainda mais perigosa pelo mar. Precisamente nesta faixa de terra, que desde 1851 faz parte da Diocese de Cádiz, estamo-nos preparando para as grandes celebrações dos 600 anos da chegada daquela que desde então é chamada a “Virgem da África”, um bloco de madeira único que representa a Virgem Maria, com o Cristo morto em seus braços. Desde 1949, a pedido do Papa Pio XII, a Virgem Maria é a padroeira da cidade.
Amar a todos
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