Movimento dos Focolares

Dar esperança ao mundo

Jul 8, 2018

Concluiu-se em Manila o Genfest 2018. Os 6.000 jovens lançaram o projeto “Pathways for a United World”: percursos para construir relacionamentos de fraternidade.

MANILA (Filipinas) – Acabou de terminar a 11ª edição do Genfest, em que 6.000 jovens do Movimento dos Focolares de mais de 100 países do mundo lançaram o projeto “Pathways for a United World”: percursos e ações que visam aproximar pessoas e povos, construindo relacionamentos de fraternidade nas áreas da economia, justiça, política, meio ambiente, diálogo intercultural e inter-religioso a serem colocados em prática em todo o mundo. “Em tempos de migrações crescentes e de nacionalismos que avançam, como reação a uma globalização exclusivamente econômica que não leva em consideração a diversidade de cada cultura e religião”, recapitula Maria Voce, presidente do Movimento dos Focolares, “o Genfest propõe aos jovens uma mudança de perspectiva: não parar do lado de cá dos muros pessoais, sociais e políticos, mas acolher sem temor e preconceito todo tipo de diversidade”. Nos próximos anos, portanto, os Jovens por um Mundo Unido do Movimento dos Focolares se empenharão em dar vida a uma série de atividades, visando enraizar nos próprios ambientes e países, mentalidade e praxe de paz e solidariedade. “No dia 6 de julho fomos à sede da FAO e da UNESCO aqui em Manila”, conta Marco Provenzale, “para apresentar nossos projetos e garantir às organizações internacionais o comprometimento de muitos jovens que se tornarão embaixadores de fraternidade nos próprios países com uma missão precisa: promover ações ‘beyond all borders’, como diz o título do Genfest, além das fronteiras culturais, sociais e políticas”. O Genfest foi, ao mesmo tempo, festa e empenho, e até mesmo arte e espetáculo buscaram exprimir a superação das fronteiras, como as duas noites de concerto que levaram a Ásia ao resto do mundo e vice-versa. Também foi muito visitada a Explo, mostra multimídia e interativa que propôs uma leitura reversa da história do mundo, vista sob uma ótica dos passos de paz da humanidade e colocando ao centro o empenho pessoal em construí-la. E para não ficar só na teoria, a ação Hands for Humanity oferecia aos participantes a possibilidade de “colocar a mão na massa”: os jovens podiam escolher entre 12 atividades de solidariedade, acolhida e requalificação urbana a serem desenvolvidas em diversos pontos de Manila.

Já Aziz (Iraq)

Histórias além dos muros As verdadeiras protagonistas dessa 11ª edição foram as histórias dos jovens que vivem o drama da migração e da segregação no cotidiano. “Hoje se fala pouco de quem vive no limite no cotidiano”, explicam os organizadores, “de quem convive com os muros, com o sentimento de impotência e vontade de resgate”. São histórias da atualidade, como a de Noé Herrera (México) e Josef Capacio (EUA) que vivem na fronteira de Estado entre os dois países. Noé deve enfrentar todos os dias horas de fila para poder ir à escola do outro lado da fronteira. De onde vem a esperança? Da amizade com Josef e outros meninos estadunidenses com quem trabalha para levar uma mentalidade de respeito e conhecimento recíprocos. Já Aziz é iraquiano: agora mora na França e faz uma pergunta aos participantes do Genfest: “Alguma vez já aconteceu com vocês de pensar que um dia, de repente, poderiam perder tudo: família, casa, sonhos… E você, vocês, o que fariam?”. Egide e Jean Paul, um de Ruanda e outro do Burundi, se conheceram em uma circunstância dramática. Em um ponto de ônibus, Jean Paul foi agredido e deixado à beira da morte. Egide o salvou, ajudando-o por meses. Um gesto extraordinário se pensarmos na ferida nunca curada causada pelo conflito recente entre os dois países. Então, existe uma receita para superar os muros e fronteiras quando tudo parece empurrar na direção oposta? É isso que se pergunta o povo do Genfest. Maria Voce propõe três palavras que também são um programa de vida para todos os jovens que estão voltando agora aos seus países: amar, recomeçar e compartilhar. Amar os povos dos outros como o próprio; recomeçar sem nunca perder a esperança de que um outro mundo é possível; e compartilhar riquezas, recursos e dores pessoais e coletivos. E conclui desafiando os jovens a serem homens e mulheres de unidade, pessoas que levam no coração os tesouros de cada cultura, mas que também sabem doar aos outros e ser – definitivamente – homens e mulheres globais.

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Subscrever o boletim informativo

Pensamento do dia

Artigos relacionados

Uma rede de famílias: o diálogo cria comunidade

Uma rede de famílias: o diálogo cria comunidade

Uma experiência de diálogo e acolhimento que se transformou em uma rede de suporte e amizade para o bem comum. É o que nos conta Andreja, da Eslovênia, membro do Movimento dos Focolares, que, juntamente com o marido, faz parte de Famílias Novas. No vídeo, a voz dos protagonistas desta experiência.

Emergência em Gaza e no Oriente Médio

Emergência em Gaza e no Oriente Médio

A Coordenação do Movimento dos Focolares para as “Emergências” iniciou uma arrecadação de fundos para Gaza e o Oriente Médio, para ajudar as pessoas que sofrem devido aos conflitos nesses países.

Projeto Together WE Connect

Projeto Together WE Connect

Há alguns meses, teve início na Terra Santa um programa de formação de jovens com o apoio da comunidade dos Focolares e dos grupos internacionais Gen Rosso e Gen Verde, para formar jovens promotores da reconciliação e do diálogo.