Inaugurada a mostra “Chiara Lubich Cidade Mundo” em Tonadico di Primiero, Itália “Não se pode compreender Chiara sem situá-la no contexto em que viveu”. Com estas palavras, Jesús Morán, co-presidente do Movimento dos Focolares, concluiu o seu discurso na cerimônia de inauguração da mostra intitulada a Chiara Lubich aberta no Palácio Scopoli em Tonadico di Primiero, no último domingo, 8 de dezembro, um dia após a inauguração da mostra na cidade de Trento. “Chiara durante a guerra doou-se pela sua cidade, Trento, mas foi em Primiero, em 1949, que Deus deu-lhe a chave de compreensão daquilo que ela tinha sido chamada a realizar. Chiara encontrou aqui, entre as montanhas, a luz, mas é preciso ir a Trento e em cada cidade para entender quais são as consequências do seu carisma.” É esta a ligação entre as duas mostras, onde aquela de Tonadico não é um apêndice daquela de Trento, mas a história de uma década de luz. A gratidão da comunidade do vale de Primiero foi expressa com ênfases diferentes pela assessora de cultura Francesca Franceschi (“Primiero representa a origem, o retiro onde Chiara encontrou respostas às suas perguntas”), pelo vice-prefeito Paolo Secco (“A nossa tarefa não é apenas manter viva a memória, mas ser uma comunidade que responde às inspirações ideais que moveram Chiara”), pelo presidente da Comunidade de Primiero, Roberto Pradel (“Chiara dedicou-se a construir relações entre as pessoas: que a semente por ela lançada traga frutos”). Giuseppe Ferrandi, diretor da Fundação Museu histórico do Trentino, destacou o significado mais profundo das duas mostras: “Pela primeira vez a nossa Fundação realiza uma mostra dedicada a uma pessoa: fizemos isto porque Chiara é uma figura com a qual o Trentino, e não só, tem um débito. O Trentino, que pode reivindicar o seu nascimento, deve descobrir a dimensão de forte ligação às tradições vivas em Chiara, fruto de relacionamentos, mas sem parar nelas para abrir-se ao mundo para que não sejam estéreis. Quem melhor do que Chiara Lubich pode-nos garantir esta capacidade de relações das quais hoje o mundo tanto precisa?” Alba Sgariglia, co-responsável do Centro Chiara Lubich, exprimiu a gratidão de todo o Movimento à Fundação: “Trabalhamos com tantas pessoas para esta etapa histórica. Daqui, destas montanhas, Chiara projetou-se para a humanidade inteira: foi esta a missão que aqui ela compreendeu”. Annamaria Rossi e Giuliano Ruzzier, curadores da mostra com Maurizio Gentilini, destacaram as suas características: grandes imagens, citações e breves legendas descorrem ao lado do Palácio Scopoli, precisamente diante da casa onde Chiara e algumas das suas primeiras companheiras foram descansar no verão de 1949. No andar térreo do edifício, que conserva destacamentos dos afrescos da capela de São Vittore, encontram-se alguns escritos e recordações daquele período e vídeos das primeiras Mariápolis, as férias de verão, que até 1959, de ano em ano, enriqueceram-se pela presença de pessoas de várias vocações, culturas e proveniências. Hoje, é significativo o testemunho das “cidadelas” do Movimento no mundo, Mariápolis permanentes, onde, como na experiência de Primiero, experimenta-se e testemunha-se uma unidade possível.
Paolo Crepaz
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