Movimento dos Focolares

Agosto 2012

Jul 31, 2012

"Todo aquele, pois, que se declarar por mim diante dos homens, também eu me declararei por ele diante do meu Pai que está nos céus. Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, também eu o renegarei diante de meu Pai". (Mt 10,32-33).

“Todo aquele, pois, que se declarar por mim diante dos homens, também eu me declararei por ele diante do meu Pai que está nos céus. Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, também eu o renegarei diante de meu Pai”.

Jesus lembra-nos o prêmio ou o castigo que nos esperam depois dessa vida, porque nos ama. Ele bem sabe – como disse um antigo Padre da Igreja – que às vezes o temor de uma punição é mais eficaz do que uma promessa estimulante. Por isso Ele alimenta em nós a esperança da felicidade sem fim e, ao mesmo tempo, justamente para nos salvar, suscita em nós o temor da condenação.

O que lhe interessa é que cheguemos a viver para sempre com Deus. Além do mais, essa é a única coisa que tem valor: é o objetivo pelo qual fomos chamados à existência. De fato, somente com Jesus atingiremos a completa realização de nós mesmos, a plena satisfação de todas as nossas aspirações. É por isso que Ele nos exorta a “testemunhá-lo” desde já, aqui na terra.

Se, pelo contrário, não quisermos ter nada a ver com Ele nesta vida, se agora o renegarmos, quando tivermos que passar para a outra vida, nos encontraremos excluídos Dele para sempre. Portanto Jesus, ao término de nossa caminhada terrena, não fará outra coisa senão confirmar, diante do Pai, a escolha que cada um de nós tiver feito nesta terra, com todas as suas consequências.

E ao referir-se ao juízo final Ele nos manifesta toda a importância e seriedade da decisão que tomamos aqui na terra; com efeito, está em jogo a nossa eternidade.

“Todo aquele, pois, que se declarar por mim diante dos homens, também eu me declararei por ele diante do meu Pai que está nos céus. Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, também eu o renegarei diante de meu Pai”.

Então, como podemos tirar proveito dessa advertência de Jesus? Como podemos viver essas suas Palavras?

É Ele mesmo que responde: “Todo aquele que se declarar por mim…”

Portanto, decidamo nos por Ele diante dos homens com simplicidade e franqueza.

Vamos vencer o respeito humano! Vamos sair da mediocridade e das concessões, coisas que tiram toda a autenticidade da nossa vida, inclusive como cristãos!

Lembremo-nos de que somos chamados a ser testemunhas de Cristo: Ele quer chegar a todos os homens, justamente através de nós, com a sua mensagem de paz, de justiça, de amor.

Vamos testemunhá lo onde quer que nos encontremos: por motivos de família, de trabalho, de amizade, de estudo ou devido às diversas circunstâncias da vida.

Demos esse testemunho primeiro com o nosso comportamento: com uma vida honesta, com a pureza dos costumes, sendo desprendidos do dinheiro, participando das alegrias e dos sofrimentos dos outros.

De modo especial, testemunhemo-lo com o nosso amor mútuo, com a nossa unidade, de modo que a paz e a alegria, prometidas por Jesus a quem está unido a Ele, possam inundar o nosso ser já desde esta terra, transbordando sobre os outros.

E quando alguém nos perguntar por que nos comportamos dessa forma, por que somos tão serenos, embora vivendo num mundo tão atribulado, respondamos simplesmente, com humildade e sinceridade, com as palavras que o Espírito Santo nos sugerir, dando assim testemunho de Cristo também com a palavra, inclusive no plano intelectual.

Então, quem sabe, muitos daqueles que o procuram poderão encontrálo.

Em outras ocasiões poderemos ser mal interpretados, contestados; poderemos nos tornar objeto de zombaria, até mesmo de aversão e de perseguição. Também quanto a isso Jesus nos avisou, dizendo: “Se me perseguiram, perseguirão a vós também” (Jo 15,20).

Também esse é um sinal de que estamos no caminho certo. Por isso continuemos testemunhando o com coragem, também em meio às provações, mesmo a custo da nossa vida. A meta que nos espera vale isto: o Céu, onde Jesus, que nós amamos, nos testemunhará diante de seu Pai, por toda a eternidade.

Chiara Lubich


Esta Palavra de Vida foi publicada originalmente em julho de 1984.

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