Se de Kagoshima você quiser ir a Okinawa, na metade do trajeto – ou seja, após uma noite transcorrida num navio – encontra a ilha de Amami. É um lugar encantador, pelas suas belezas naturais e pelo profundo vínculo entre os habitantes e deles, com o ambiente. Conta-se que na estação do transplante do arroz era um costume se ajudarem reciprocamente, indo nas respectivas casas durante todo o tempo que fosse preciso. Um estilo de vida que na ilha ainda agora é chamado de “espírito de vínculo”. Aqui, no final do século XIX, desembarcaram os missionários trazendo a mensagem cristã, que logo se difundiu entre as pessoas. Com orgulho, os habitantes de Amami podem bem se gabar dos três bispos originários de sua ilha, além de um grande número de sacerdotes, religiosos e religiosas. Foi justamente um destes sacerdotes que, em 1996, por ocasião de um retiro pregado por ele na ilha, lançou uma ideia: “Vocês não gostariam de conhecer o Focolare? É um lugar onde vivem o amor evangélico e a unidade.” Imediatamente alguns dos presentes entraram em contato com o centro em Nagasaki e no ano seguinte dois deles, que acrescentaram à noite passada no navio mais 5 horas de automóvel, chegaram a Sasebo, a duas horas de Nagasaki, onde se realizava a Mariápolis: uma convivência de alguns dias para todos os que desejavam aprofundar a espiritualidade dos Focolares. Certamente estas duas pessoas não imaginavam que 19 anos depois também se realizaria uma Mariápolis em Amami! Foram 19 anos em que a caminhada nem sempre foi fácil. Alegrias, novas energias espirituais, mas também incompreensões e sofrimentos de vários tipos – superados pelo amor mútuo vivido intensamente – consolidaram na unidade a nova comunidade. E já que a unidade é sempre difusiva, a comunidade si alargou com o desejo de fazer com que muitos conhecessem tudo o que se ia descobrindo. Falaram disso a amigos e conhecidos. Visitaram 7 paróquias. Entre os participantes da ilha e alguns que vieram de fora, em maio passado eram 150 as pessoas que compunham a Mariápolis de Amami. Entre elas existe quem não frequenta ambientes religiosos, outros são budistas e ainda outros de diversas convicções. Lá estavam também 5 sacerdotes e o bispo de Kagoshima, D. Koriyama, que confirmou: “O Focolare é apropriado para o espírito de vínculo de Amami”. Inesperadamente, algum tempo depois, chegou para a comunidade uma sua carta de agradecimento: “… entre os frutos que o Focolare traz, eu vi o enraizamento de uma nova cultura de fé e a possibilidade de que inclusive os não cristãos possam entrar livremente em contato com a Igreja sem temores”. E faz os votos de que a Mariápolis não permaneça um evento isolado, mas que se repita de alguma maneira durante o ano. Este encorajamento criou asas. Depois de se terem consultado, partiu uma carta para todos os párocos de Amami, comunicando o pensamento do bispo e o projeto de um dia de Mariápolis para o dia 25 de outubro passado. A mesma carta chegou também para o bispo, que escreveu: “Parabéns! Fico feliz por este dia de Mariápolis, digno de ser celebrado e inscrito na história de uma fé nova… Exorto vocês a construírem, com um só coração, a tradição de uma nova fé para a evangelização da Ilha de Amami”.
Favorecer a comunhão
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