O III Congresso mundial, no Vaticano, foi apresentado à imprensa pelo presidente do Conselho Pontifício, D. Stanislaw Rylko, com o secretário D. Josef Clemens. Falaram sobre as expectativas dos Movimentos e Comunidades, Maria Voce, presidente dos Focolares, e Jean-Luc Moens, responsável pelas relações internacionais da Comunidade do Emanuel.
Trata-se da terceira etapa de um “crescimento rumo à maturidade eclesial”. A primeira manifestação foi em 1988 e sucessivamente em 2006, simultaneamente aos dois grandes encontros dos Movimentos, antes com João Paulo II – que definia o fenômeno dos movimentos como “uma corrente de graça”, afirmando que a Igreja esperava deles “frutos maduros de comunhão e de empenho” -, depois com Bento XVI, que via neste caminho “uma provocação salutar” para a Igreja, “minorias criativas” para o futuro da humanidade.
O Papa Francisco encontrou os Movimentos e as novas comunidades dia 18 de maio de 2013, e o III Congresso mundial toma agora as orientações da sua Exortação Evangelii Gaudium. Nela o Papa chama os movimentos a “serem verdadeiros protagonistas de uma nova etapa da missão evangelizadora da Igreja, marcada pela alegria”, lançada nas “periferias geográficas e existenciais do nosso mundo”, “próxima a todos os pobres, sofredores e excluídos – produto amargo da cultura do descarte hoje dominante”.
Diante dos jornalistas o cardeal Stanislaw Rylko assumiu o questionamento de muitos. Por que “num mundo que rejeita Deus de uma forma tão radical, encontram-se ainda muitos homens e mulheres, adultos e jovens, que descobrem a alegria e a beleza de serem cristãos”, e “escolhem Cristo e o seu Evangelho como bússola segura de sua existência?”. A variedade e a riqueza dos novos carismas “propõem itinerários pedagógicos” de vida cristã de “surpreendente eficácia, capazes de mudar a vida das pessoas e acender nelas um extraordinário vigor de evangelização”, com “sua fantasia missionária, a capacidade de encontrar modos e caminhos sempre novos de testemunho e de anúncio do Evangelho”.
O conteúdo do programa foi exposto pelo secretário do Conselho Pontifício para os Leigos, D. Josef Clemens: contexto e diferentes aspectos da evangelização, purificação de obstáculos e impedimentos, dinamismo e colaboração entre carismas, a função das mulheres e percursos de inclusão dos pobres.
Maria Voce, presidente dos Focolares, evidenciou quanto o Concílio Vaticano II seja para os leigos “impulso e espelho” da própria “vocação e responsabilidade diante da Igreja e do mundo contemporâneo”. Ao exprimir as expectativas dos leigos manifestou a esperança que o Congresso “assinale um passo de maturidade”, e que “reflexões e confronto, comunhão de sucessos e de derrotas, de experiências e de projetos, criem as condições para que Deus, Senhor da história, possa extrair dele não apenas frutos de comunhão e de enriquecimento recíproco”, mas possa orientar todos a “olhar e a viver com alegria sempre renovada pelo único grande objetivo da Igreja de Cristo: ‘Pai que todos sejam uma coisa só… que todos sejam um’. Este é o ‘sonho de Deus’. Esperamos saber responder aos anseios mais profundos dos homens e das mulheres de hoje e contribuir a fazer da humanidade uma única grande família”.
“Queremos avançar no caminho da conversão pastoral”, pede-nos o Papa, e principalmente “fazer uma experiência de comunhão”, disse Jean-Luc da Comunidade do Emanuel; e reforçou: “Para nós é muito interessante descobrir como o Espírito Santo trabalha nos outros. O Congresso será uma ocasião única para fazer essa descoberta recíproca”.
Info: www.laici.va
Das palavras de Maria Voce na entrevista coletiva para apresentar o 3° Congresso de Movimentos eclesiais e Novas Comunidades
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