Movimento dos Focolares

Evangelho vivido: unidos a Deus e disponíveis aos outros

[vc_row][vc_column][vc_column_text]Um tesouro inestimável que recebemos do próprio Jesus é a sua palavra, que é a palavra de Deus. Esse dom “[…] acarreta para nós uma grande responsabilidade […]. Deus deu-nos a sua Palavra para que a fizéssemos frutificar. Ele quer ver concretizada, na nossa vida e na nossa ação no meio do mundo, aquela transformação profunda que a Palavra produz”[1]. Confiança renovada Nossa situação econômica estava muito delicada. Um domingo, com tristeza, deixamos de fazer um passeio, porque não tínhamos dinheiro nem para a gasolina, e fomos a pé até a igreja. Durante a missa, as leituras pareciam ser dirigidas a nós, em particular as palavras: “A farinha que está na panela não se acabará e a ânfora de azeite não se esvaziará”. Voltamos para casa cheios de uma confiança renovada. De tarde, por acaso, encontramos na rua uma pessoa com quem não tínhamos fechado a venda de um terreno meses atrás. Retomamos o assunto e chegamos a um acordo em poucos minutos. (L. e S. – Itália) Ensinou-me o que é a coerência Depois do falecimento do meu pai, seguiram-se anos escuros, com experiências muito negativas e uma forte desilusão por não ter conseguido entrar na Academia aeronáutica que eu queria muito. Naquele período, conheci uma pessoa, um verdadeiro cristão, muito comprometido com a família, no trabalho, no sindicato e com as pessoas que estavam ao seu redor. Seu exemplo me ensinou o que é a coerência com o ideal cristão: estar ao mesmo tempo unidos a Deus e disponíveis ao próximo. (Ettore – Itália) Um presente a cada nascimento Quando nos casamos, eu só dava plantões médicos noturnos e minha esposa era fisioterapeuta. Vivíamos com pouco dinheiro, mas isso não nos parecia ser motivo o suficiente para nos fechar à vida. Cada nascimento de uma criança (agora temos quatro) coincidiu com uma nova etapa da carreira, quase como um presente que o novo filho nos trazia. Ainda hoje experimentamos dia após dia o amor concreto do Alto, tão abundante que conseguimos colocar uma parte do dinheiro em comum com outras pessoas. (Michele – Itália) O carteiro Eu tinha comprado um ferro e uma tábua de passar que deveriam chegar pelo correio. O carteiro me entregou só o ferro, justificando que não havia espaço no carro para a tábua e dizendo que eu poderia retirá-la diretamente no correio. Quando cheguei lá, o atendente se irritou muito, dizendo-me que o carteiro era obrigado a me entregar também a tábua mesmo que tivesse de carrega-la no fim das entregas. No dia seguinte, o carteiro me disse que tinha recebido uma bela bronca e se desculpou comigo. “Para mim, a história termina aqui”, respondi. “Continuamos amigos como antes!” No domingo seguinte, durante uma festinha, recebi de presente uma árvore de papel com a Palavra de Vida daquele mês: “Alegrai-vos sempre no Senhor”. Imediatamente me veio à mente: e se a desse de presente ao carteiro? Fiz isso e no outro dia a coloquei sobre a caixa de correio. Quando voltei para casa, encontrei um bilhete com o desenho de um coração e uma palavra: “Obrigado”. (Monica – Suíça)

Organizado por Chiara Favotti

[1] C. Lubich, Palavra de Vida outubro de 1991.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

A primeira assembleia dos jovens dos Focolares

São 195, de 67 países do mundo, dos 17 aos 35 anos. Representam todos os jovens do Movimento dos Focolares, e se reuniram para se conheceram, questionarem-se e projetar um mundo mais unido. Juntos. https://vimeo.com/363781950

Um hino à alegria

Sacerdote nascido no norte da Itália, o padre Mario Bodega, depois de trinta anos como pároco, diretor espiritual de um colégio e capelão no hospital Niguarda, na diocese de Milão, foi para o Centro do Movimento dos Focolares em Grottaferrata, Roma, e foi pároco por dez anos da paróquia de Loppiano, a cidadela internacional do Movimento dos Focolares. Quando você pensa no padre Mario Bodega, o que vem à mente são as notas do Hino à Alegria de Beethoven. E isso ocorre por muitos motivos: a alegria era realmente sua característica e essa canção estava entre suas preferidas e a tocava frequentemente na gaita. Tinha aprendido a tocar no seminário e a música havia acompanhado-o em vários momentos da sua vida. Quando era capelão no hospital, durante o período natalino, era costume passar de quarto em quarto tocando gaita. “Agora, sim, é Natal”, diziam alguns pacientes assim que ouviam as notas. “Você tocou para mim o Hino à Alegria”, escreveu-lhe um detento da cadeia de Bollate, perto de Milão, “e me fez entender que nem todos passam ao nosso lado para nos julgar. Há também pessoas que amam e basta” e exprimia gratidão por ter feito-o reencontrar Deus, por quem pensava ter sido abandonado. E justamente de alegria e profunda felicidade também falou o arcebispo de Milão, monsenhor Mario Delpini, após ter recebido a notícia de sua morte: “Acompanhamos com alegria o encontro de Deus com um homem, um padre, um amigo que guardava o sorriso de uma íntima e profunda alegria nos dias de juventude, e de velhice, e de doença, quando estava cheio de empenhos pastorais e nos anos em que as atividades diminuíram por causa da redução da força”. Padre Mario nasceu em 15 de setembro de 1942, em plena Segunda Guerra Mundial, em Lecco, no norte da Itália. Ao terminar a escola, entrou no seminário e lá, por meio do reitor, conheceu a espiritualidade do Movimento dos Focolares. Ordenado sacerdote em 1968, ficou por trinta anos na diocese com várias funções, depois, acolhendo a proposta do, naquela época, bispo Martini, colocou-se à disposição do Movimento dos Focolares. Nos onze anos em Grottaferrata, Roma, aprofundou o relacionamento com Chiara Lubich, a quem, durante sua vida, escreveu 135 cartas. Em uma de suas respostas, a fundadora do Movimento indicou-lhe uma Palavra da Escritura para viver em particular: “Seguindo a sua misericórdia, abandonaram as realidades vãs e falsas”. E Credo la Misericordia (“Creio na Misericórdia”, em tradução livre) é o título do livro com experiências escritas por ele que o bispo de Fiesole monsenhor Meine deu a todos os sacerdotes da diocese na quinta-feira santa de 2018. Em 2009, de fato havia chegado a esse território, como pároco da cidadela de Loppiano. Lá, além de criar uma comunhão mais profunda entre os habitantes, foi para muitos um guia seguro no caminho espiritual. Sua participação em “Percursos de Luz” para casais em dificuldade foi fundamental. Contribuiu também no desenvolvimento do Instituto Universitário Sophia. “Sua casa, a igreja paroquial de San Vito em Loppiano, pertinho do nosso Instituto, e o presbitério que tradicionalmente fica anexo”, escreve o presidente Piero Coda, “virou a nossa casa, onde a presença e condução do padre Mario eram luz, bálsamo, escola de vida. E nosso Instituto também virou um pouco a sua casa. Tanto que, entre os ecos mais comoventes suscitados por sua morte, estão aqueles comunicados pelos nossos amigos muçulmanos do projeto ‘Wings of Unity’.” Em 2018, celebrou o 50° aniversário de sua ordenação sacerdotal. Pouco antes, em ocasião da visita do Papa na cidadela, devido à piora de suas condições físicas, não queria se apresentar para Francisco. O bispo, com amor paterno, o convenceu. “Sou um padre doente, caminho com dificuldade e não consigo mais trabalhar.” “Se não pode trabalhar de pé, trabalhe sentado”, foi a resposta do papa. E padre Mario continuou a fazê-lo, com perseverança e alegria, nos próximos 365 dias que a vida lhe presenteou. Partiu, de fato, exatamente um ano depois, no dia 10 de maio de 2019.

Anna Lisa Innocenti

Evangelho vivido: uma ajuda, uma palavra, um sorriso

Cada cristão tem a sua “missão” na própria comunidade social e religiosa: construir uma família unida, educar os jovens, se comprometer na política e no trabalho, cuidar das pessoas frágeis, iluminar a cultura e a arte com a sabedoria do Evangelho vivido, consagrar a vida a Deus pelo serviço dos irmãos. Férias O meu marido e eu temos modos diferentes de repousar. Eu gosto de fazer esporte e nadar, já ele ama visitar lugares novos e visitar museus. Neste ano, ao se aproximarem as férias, sentia mais do que nunca a necessidade de recuperar as forças, mas uma voz interior me sugeria que não exprimisse e impusesse as minhas preferências, mas antes me adequasse aos desejos do meu marido. Mas também ele procurou fazer o mesmo comigo. Isto comportou para ambos o desapego dos próprios projetos pessoais e tornou as nossas férias belas e repousantes como nunca. (B.S. – EUA) O exemplo Um jovem migrante tinha acabado de bater à minha porta para vender meias. Estávamos conversando, me interessando por ele, quando passou uma minha vizinha que eu sabia não ter ideias positivas a respeito dos migrantes. Para minha surpresa, ela o convidou para passar também na casa dela, lhe dizendo que tinha algo para ele. No dia seguinte eu soube que lhe havia dado sapatos, medicamentos, e também tinha se comprometido a prover a outras necessidades. Eu realmente não esperava por isso! (C.V. – Itália) A serviço dos outros Nosso filho sofria de depressão. Não conseguíamos ajudá-lo de modo algum, fugia de nós. Uma tarde de verão, decidiu deixar esta vida. Pessoalmente me senti punida e com muita sensação de culpa. Aos poucos, com o apoio da comunidade paroquial, comecei a rezar e me coloquei à disposição de quem podia precisar de uma ajuda, uma palavra, um sorriso. Um dia, veio me procurar uma mãe, ela também tinha perdido uma filha como eu. Comuniquei-lhe como procurava preencher aquele vazio, me colocando a serviço dos outros. Embora não sendo crente, também ela reencontrou uma certa serenidade fazendo o mesmo. (G.F. – Itália) De inimiga a irmã Uma minha colega no hospital, também ela enfermeira como eu, me fazia sofrer me aprontando de tudo. Um dia, fui ao trabalho com um ramalhete de flores e o ofereci a ela com um sorriso. Nunca esquecerei a sua expressão de espanto. Foi o início de uma nova fase do nosso relacionamento. Agora nos tornamos como irmãs. (Annamaria – Itália)

Organizado por Chiara Favotti

Tonadico nas Dolomitas

Tonadico nas Dolomitas: “Mirar ao alto” – rostos e vozes da Mariápolis Europeia. Jovens e adultos, participantes do Leste e do Oeste fizeram uma importante experiência de abertura, conhecimento de diferentes culturas e diálogo na Europa.

https://vimeo.com/363782449