Movimento dos Focolares
Paraguai: o nosso agradecimento ao Papa Francisco

Paraguai: o nosso agradecimento ao Papa Francisco

giovani_paraguayOre aguije Papa Francisco pe, ha peeme avei pe ñembo’ehaguere ore rehe. Em guarani: «O nosso obrigada ao Papa Francisco, e a todos vocês, pelas orações feitas por estes dias». «Como havíamos imaginado, e muito mais, foram superabundantes as graças que caíram sobre todo o povo paraguaio durante a presença de Sua Santidade entre nós», escrevem Nelson Benites e Margarita Ávalos, responsáveis pelos Focolares no Paraguai, após a passagem do Papa. «As crianças, os doentes, os mais pobres e os jovens foram os principais protagonistas da visita. Mais de 80 mil “servidores”, quase todos jovens, de todo o país, trabalharam dia e noite durante três dias. Mas os preparativos duraram ao menos três meses. Um fato concreto que traz uma verdadeira esperança!». «Fui um “servidor” do Papa – conta Nhuel Espinola – e foi genial! Tenho 15 anos e não sei quando voltarei a viver algo assim. Espero que as suas mensagens cheguem a todos os jovens». «Um feeling imediato com o povo», e algumas imagens nunca serão canceladas da memória: as crianças do coro de Luque correndo para um abraço coletivo no Papa, as milhares de pessoas nas ruas, a parada diante da penitenciária feminina. «As crianças doentes de câncer em um hospital, quando souberam que o Papa viria não queriam voltar para casa». E ainda, a visita ao “Bañado Norte”, um dos bairros mais pobres da capital, onde o Papa entrou na casa de uma senhora doente. «Para a ocasião ela havia preparado a “chipa” e a “sopa paraguaia”, pratos típicos que o Papa gosta. Ou a visita, fora do programa, à paróquia de Cristo Rei, para visitar o coração conservado do mártir e primeiro santo paraguaio, São Roque González de Santa Cruz». Em Caacupé o Papa consagrou o Paraguai a Maria. Depois o encontro com a sociedade civil. Um dos momentos mais marcantes, onde falou sobre o diálogo, convidando a dialogar sabendo perder tudo para entender o outro, entrar no outro. «Conceitos como: desenvolvimento com semblante humano, colocar a pessoa em primeiro lugar, não usar os pobres como objeto, tocaram-me muito», afirmou Julia Dominguez, do grupo da Economia de Comunhão no Paraguai, «agora não devemos nos deter no sentimentalismo mas viver isso, todos os dias». E César Romero, que atua no mundo da família, acrescenta: «No frescor e no dinamismo da programação vi uma Igreja que faz um enorme esforço para atualizar-se, nos métodos e mensagens». «Nestes três países da “periferia” da “sua América Latina”, o Papa Francisco colocou-se decididamente do lado dos “descartados”, vítimas da injustiça e da iniquidade, mas para fazê-lo não “atacou” ninguém senão as misérias humanas, únicas fontes dos graves e dramáticos problemas desses países (corrupção, egoísmo, democracia de baixa qualidade)», escreve Silvano Malini, jornalista do Paraguai. «As exortações do Pontífice caíram no terreno preparado pela Igreja no Paraguai, como pudemos ver no meeting com os representantes de quase 1500 organizações da sociedade civil». «O Papa Francisco – continua Malini –deu a eles, com autoridade, uma aula de diálogo prático, daquilo que custa, mas que permite avançar com passos pequenos mas seguros, rumo a um projeto comum». nu_guazu«No campo de Ñu Guasú o aguardavam pelo menos um milhão de fieis. O sol brilhava sobre a multidão que esperava até havia 15 horas, na lama por causa da chuva dos últimos dias. Mas nada detinha a festa». «Nem a lama nem o cansaço nos fizeram perder a alegria imensa que sentíamos», conta Esteban Echagüe, «impressionou-me a afirmação do Papa, que as paróquias sejam verdadeiramente pontos de encontro com o irmão, de acolhida, de fraternidade. Porque, se não é assim, não somos verdadeiros cristãos». «Após um momento breve, mas intenso, com os bispos paraguaios, o Papa se refez “como por milagre” de uma viagem pastoral intensíssima! Sentia-se o cansaço normal de uma pessoa de 78 anos… mas todos tinham certeza que com os jovens Francisco iria se transformar». Eram mais de 200 mil que o esperavam nas margens do rio Paraguai! O convite a ter sempre um coração livre e depois «continuem a fazer “barulho”», «mas um barulho organizado». «O Papa acordou nos jovens, e em todos, o desejo de ser melhores… porque nos viu no nosso “dever ser”- confidenciou Leonor Navarro – e através dos seus olhos o mundo nos descobriu. Agora todos desejamos espelhar o que os seus olhos viram!». No caminho de retorno ao aeroporto, ele se comoveu ao abençoar um lugar que recorda tanto sofrimento ao país. São as ruinas de um supermercado onde, dez anos atrás, 400 pessoas morreram em um incêndio. «Por meio de D. Adalberto Martínez, secretário geral da Conferência Episcopal Paraguaia, fizemos saber ao Papa que o Movimento dos Focolare reza por ele. Como presente mandamos a ele um livro sobre a cultura guarani e sobre o desenvolvimento da Economia de Comunhão no país», explicaram Nelson e Margarita. «Essa visita – concluem – como a de São João Paulo II, 27 aos atrás, trará importantes frutos positivos, espirituais e também na vida civil do país. Papa Francisco falou claro, mas com a ternura de um pai. Cabe a nós fazer desses momentos de graça “um antes e um depois” da visita do primeiro Papa latino-americano ao Paraguai».

Papa Francisco na Bolívia: uma harmonia multiforme que atrai

Papa Francisco na Bolívia: uma harmonia multiforme que atrai

Al II incontro mondiale dei movimenti popolari - (C) Copyright Osservatore Romano

No II encontro mundial dos movimentos populares

«Descobri que o Papa privilegia os excluídos. De certa forma essa é também a minha opção, mas entendi, com a sua proposta, que às vezes continuo a excluir, ou me encontro no grupo daqueles que ficam calados diante de exclusões ou injustiças», afirmou Ana Maria Ceballos, assistente social na Bolívia. Uma impressão que revela uma verdadeira conversão para com os excluídos, um dos temas fortes desta etapa da viagem do Papa Francisco à América Latina. Também Nestor Ariñes, de Cochabamba, que mora na “Casa de los Niños”, um projeto social animado pela espiritualidade da unidade: «Em Palmasola o Papa disse: “reclusão não é o mesmo que exclusão”. Naquele, que é o maior centro penitenciário da Bolívia, foi tocante a sua atitude de escutar, antes de tudo, e depois a afirmação de que ele também é um homem que comete erros e que deve fazer “penitência”. Uma mensagem de esperança para todos os presos». «A visita do Papa à Bolívia deixa-nos muito a refletir – continua – mas creio que é muito clara a sua opção preferencial pelos pobres, esse lema, dado pela igreja latino-americana em Puebla, em 1979, lembra-nos que o Evangelho traz a boa nova a todos, mas especialmente aos excluídos e descartados da sociedade. Senti que o Papa falava diretamente a nós». «As suas palavras são um chamado à conversão – disse Pat, uma focolarina boliviana, após o encontro com sacerdotes, religiosos e consagrados – mas é também muito mais do que isso: a sua presença em meio a tantas “flores raras de todas as idades”, que um dia disseram o próprio sim a Deus, levou-me a um compromisso maior com a santidade, que significa viver com coerência a escolha feita». «Da Bolívia o Papa falou ao mundo inteiro», escreveu Lucas Cerviño, que está há 11 anos na Bolívia, docente de missiologia e teologia intercultural. «Na Missa em Santa Cruz havia muitos latino-americanos de países vizinhos, que escutaram o seu apelo a não cair no desespero diante das situações difíceis que o mundo nos apresenta e que nos leva à exclusão». No encontro com os movimentos populares – com representantes de diversos continentes, que o acolheram com entusiasmo e atenção – Papa Francisco indicou claramente o caminho para a renovação social, seja local que global. «Terra, teto e trabalho – continua Cerviño – são direitos sagrados que nos permitem dialogar com todos para contribuir ao bem da casa comum. O Papa salientou claramente aos membros dos movimentos sociais e populares, que fundamental é o processo, dar início a processos, para uma economia a serviço dos povos, para unir os povos no caminho da paz e da justiça, pela defesa da mãe terra». «Enfim – conclui Cerviño – deixou ao povo boliviano um mandato claro: “A Bolívia está atravessando um momento histórico: a política, o mundo da cultura, as religiões são parte deste lindo desafio à unidade. Esta terra onde a exploração, a avidez, os múltiplos egoísmos e as perspectivas sectárias tem obscurecido sua história, pode estar hoje num tempo de integração. É preciso trilhar esse caminho. Hoje a Bolívia pode criar, é capaz, com a sua riqueza, de criar novas sínteses culturais, Como são belos os países que superam a desconfiança doentia e integram os diferentes, e que fazem dessa integração um novo fator de desenvolvimento! Que beleza quando são espaços que se congregam, interagem, favorecem o desenvolvimento do outro! A Bolívia, na integração e na busca pela unidade, é chamada a ser “esta multiforme harmonia que atrai” e que atrai na estrada rumo à consolidação da pátria grande».

EXPO: fogões solares para o Haiti

EXPO: fogões solares para o Haiti

haiti_poor_int«O Haiti foi uma das mais florescentes colônias francesas, a pérola das Antilhas; hoje é um dos países mais pobres do planeta, devastado por uma grave catástrofe ecológica», afirma Ronald La Rêche, ex-deputado, candidato ao senado de Mont-Organizé. São, na verdade, milhares as pessoas que não tem acesso às fontes tradicionais de energia, como eletricidade ou gás. A constante utilização de lenha para queima tem como consequência o desmatamento selvagem, que incide negativamente sobre as mudanças climáticas, causando a desertificação e a progressiva diminuição da água à disposição. Surge daqui a ideia de apoiar a população do Haiti utilizando energias renováveis, especialmente a energia solar. O projeto “Fogões solares para Mont-Organizé”, foi idealizado e realizado por AFNonlus – associação que se inspira nos valores dos Focolares – em colaboração com PACNE (Ação contra a Pobreza no Nordeste, na sigla em francês), Instituição Nacional de Microcrédito, Departamento Agrário da Universidade dos Estudos de Nápoles Federico II, e Tesla I.A. srl, e patrocinado pela SIOI  (Sociedade Italiana para a Organização Internacional). Seu objetivo é introduzir os fogões solares nos centros sustentados por AFN no Haiti, no território de Mont-Organizé. O fogão solar adota uma tecnologia muito simples, de fácil manutenção e montagem, é possível aprender a montá-los localmente, favorecendo a fácil difusão na comunidade. É constituído por um dispositivo baseado num sistema de concentração solar: por meio de uma lente a energia solar transforma-se em energia térmica que é armazenada numa bateria. A apresentação do projeto aconteceu no sábado, 4 de julho, por ocasião do encontro “Fogões solares, uma resposta às problemáticas dos países em vias de desenvolvimento”, na EXPO de Milão 2015, na Quinta Triulza, o pavilhão da sociedade civil. «O caminho que imaginamos prevê a utilização dos fogões solares nas escolas ajudadas pela AFN em Mont-Organizé, uma área rural, nos arredores de Ouanaminthe, haiti_expo_intno departamento nordeste do Haiti», explica André Turatti, presidente da AFNonlus. «Os passos seguintes serão os de formar instrutores, que por sua vez formarão as famílias, para envolver a população com programas de microcrédito personalizados». A atenção às tecnologias verdes e à sustentabilidade global do projeto estão entre os elementos de inovação salientados por Luigino Bruni, professor de Ciências Econômicas na Universidade de Roma, LUMSA, e coordenador da Economia de Comunhão. Acrescentam-se a eles «a valorização dos recursos locais (o sol, entre outros), das matérias primas do lugar, e o envolvimento da população». «Nisso consiste o verdadeiro sucesso do projeto – afirma o economista –, que funcionará na medida em que será sentido pela população como uma real oportunidade». «O projeto “Fogões solares” – escreve Maria Voce, presidente do Movimento dos Focolares – está em plena sintonia com o ensinamento do Papa Francisco, que chamou atenção sobre a questão ambiental ao colocar no centro da encíclica “Laudato sì” o conceito de ecologia integral, ou seja, a relação entre a natureza e as pessoas que vivem nela». «Tendo por base a atenção ao ambiente e ao desenvolvimento sustentável, que nasça dentro das comunidades beneficiadas, o projeto pode dar respostas válidas às problemáticas urgentes dos países em vias de desenvolvimento. Com efeito, o projeto busca soluções para emergências ambientais, alimentares, sanitárias e de fornecimento energético, olhando as necessidades essenciais das pessoas mais frágeis. Utilizando a energia solar de uma maneira nova, além de respeitar a cultura local, oferece ocasiões de desenvolvimento e inclusão social das categorias menos favorecidas, como as crianças que recebem formação e apoio nas escolas onde o Movimento atua».

Lisboa: saúde entre presente e futuro

Metodologia didática: abordagem interativa, com possibilidade de diálogo, intercâmbio e reelaboração junto aos professores e especialistas presentes, por meio de seminários, workshops e debates. As temáticas: propostas, analisadas e estudadas nos seis meses precedentes por uma comissão preparatória internacional, formada por alguns dos estudantes participantes e coadjuvada por especialistas.

  • A relacionalidade nas atividades sanitárias
  • A ética na prática clínica cotidiana, a partir de alguns documentos de instituições médicas internacionais, até chegar a experiências clínicas sobre aspectos como as ações terapêuticas no final da vida.

Destinatários: estudantes e jovens profissionais, entre 20 e 35 anos, das diferentes profissões da área biomédica (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, etc.), provenientes de vários países. Número máximo previsto: 50 participantes. Línguas: português, inglês, italiano, espanhol. Objetivo: oferecer aos profissionais da saúde as competências necessárias para o cuidado da pessoa e não apenas da patologia, e para prevenir a fragmentação do tratamento, garantindo ao paciente um cuidado unitário. No final do programa será dado um certificado de participação. Sede: Cidadela Arco-íris, Rua Senhora da Graça, 60 2580-042 Abrigada (Portugal) Tel. +351 263 799 995   + 351 263 790 131   Fax: + 351 263 799 091 Horários: a programação iniciará na manhã do dia 3 de setembro, às 9 horas, e se concluirá no dia 6 de setembro às 13 horas. Investimento: a quota, que compreende alimentação e alojamento para os dias da Escola de Verão (a partir do jantar do dia 2 de setembro, até o almoço do dia 6 de setembro), transporte, ida e volta, do aeroporto de Lisboa até a sede da Escola, uma excursão turística a Lisboa, é de 180 euros. Inscrições: Preencher e enviar a ficha de inscrição (www.mdc-net.org) ao endereço mdc@flars.net. A inscrição será efetivada após o recebimento do pagamento por meio de depósito bancário a: ASSOCIAZIONE MEDICINA DIALOGO COMUNIONE (M.D.C.) IBAN: IT68L0335901600100000113321 BIC: BCITITMX Para maiores informações dirigir-se a: mdc@flars.net ——————————————————————— Associazione Medicina Dialogo Comunione Via IV Novembre 7, 00046 GROTTAFERRATA (RM) Fax 06-94549841   Email: mdc@flars.net Website: www.mdc-net.org