Movimento dos Focolares
Klaus Hemmerle: O sacerdote hoje/3

Klaus Hemmerle: O sacerdote hoje/3

ChiaraLubich-Klaus-HemmerleSe se pode compreender o sacerdote na sua grandeza e na sua pequenez, no seu mandato e na sua fragilidade, somente olhando para Cristo; se o sacerdote torna presente na história o despojamento que Cristo atuou em si, então nenhuma outra palavra conseguirá exprimir melhor a existência sacerdotal como a de São Paulo: “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20). Esta palavra, é verdade, vale para todos os cristãos, assim como o texto de Chiara Lubich [A atração dos tempos modernos] diz respeito a todos os cristãos. De fato, no batismo já se deu o fato decisivo para a nossa pessoa. Ela deixa de ser o “eu” que se auto-afirma contra Deus e, portanto, deve morrer, e passa, ao invés, a ser o “eu” que morto com Jesus Cristo, em Deus, dá lugar ao próprio Deus, a Jesus Cristo dentro de si. O meu “eu” pertence a Jesus Cristo, morro a cada instante nele, de modo que Ele possa viver em mim. Este é o verdadeiro modo de encontrar-se, de realizar a si mesmo. Dizer “tu” a Jesus, cada vez que digo “eu”: este é o caminho da santificação que tem o seu princípio no batismo. É assim que posso estar em contínua contemplação, em contínua união com Deus; e é ao mesmo tempo e somente assim que Ele, Deus, o Amor, que em Cristo se doa à humanidade, pode doar-se nesta época, pode comunicar-se aos homens de hoje. Não existe, neste caso, um modelo mais válido do que Maria. Ela, olhando só para Deus e para a sua Vontade e acolhendo-o inteiramente dentro de si, doa-o aos outros e o oferece ao mundo. A “gratia plena” é ao mesmo tempo, a “Theotókos”, a Mãe de Deus. Ora, se o sacerdote é aquele que, por mandato e autorização, é constituído a “àgere in persona Christi”, então tal mandato e tal autorização não podem limitar-se à realização dos atos sacramentais para os quais, num sentido restrito, foram constituídos. Tais atos sacramentais, tais realizações do poder sacerdotal se tornarão testemunho, na medida em que o sacerdote corresponder com toda a sua vida a estes mesmos atos. Portanto, quanto mais profundamente o sacerdote viver o seu cristianismo, o seu Batismo, ou seja, quanto mais for “mariano” no sentido já explicado tanto mais resplandecerá nele Cristo Sacerdote. Será plenamente sacerdote, sendo plenamente cristão! Viverá totalmente Cristo Sacerdote, vivendo totalmente Maria, a sua doação, o seu serviço! O sacerdote terá que se entregar totalmente a Ele. Não deverá ter outras coisas que o sacie, nem bens, nem exigências, nem algo de que possa dispor. Aquelas células do coração humano que poderiam ficar reservadas para as mais belas, nobres e sagradas aspirações humanas, deverá mantê-las livres só para Jesus Cristo. As suas mãos deverão estar tão vazias para conter somente Ele e poder assim doá-lo aos outros. Estar unido somente a Jesus e ter uma liberdade maior, para poder estar perto de todos e levar Jesus a todos. (continua) Klaus Hemmerle: O sacerdote hoje/1   O sacerdote hoje/2 Próximo evento para o mundo sacerdotal: Loppiano – “Networking “ 19 a 22 de agosto de 2014 Encontro com jovens sacerdotes e diáconos, seminaristas e jovens orientados ao sacerdócio, promovido pelo Movimento dos Focolares.

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República Tcheca: jovens ao trabalho com o “Summerjob”

2014_07_REP_CECA2Que o verão seja a estação em que muitos jovens, especialmente estudantes, procuram algum “emprego temporário”, é algo que se sabe; mas o Summerjob, literalmente «trabalho de verão», no qual se engajaram 130 jovens de toda a República Tcheca, de 29 de junho a 6 de julho, realmente não é a mesma coisa. Trata-se de uma semana de atividades em regiões carentes – das periferias das cidades aos povoados – que já há cinco anos os jovens do Movimento dos Focolares propõem a seus amigos, iniciando durante o inverno a procurar os locais e fazer os contatos com prefeitos, bispos, párocos e a população, para individualizar a melhor maneira de dar a própria contribuição, lá onde há necessidade. 2014_07_REP_CECA__3A edição 2014 do Summerjob, com o tema “Onde o trabalho recebe uma nova dimensão”, aconteceu próximo a Brumov, no noroeste do país, onde os jovens ajudaram em seis povoados, a cerca de 90 famílias. Os trabalhos foram os mais variados: cortar e empilhar a madeira para o inverno, cortar capim, envernizar janelas, limpar estalagens, celeiros e sótãos, ajudar os agricultores nos jardins ou nos campos, reforçando os relacionamentos em toda a comunidade. Mas Summerjob não é só trabalho: a sala da prefeitura, de dia montada como refeitório para os jovens que estavam hospedados como podiam na escola, à noite tornava-se local de encontro. E alternavam-se momentos esportivos e culturais, apresentações de teatro e música, uma noite temática “anos 60” e outras ainda. Não faltou a dimensão espiritual, já que nos locais que recebem Summerjob, as igrejas, quase sempre abandonadas, se transformam em “catedrais” com missas animadas pelos jovens e a adoração na noite conclusiva, com a presença também da população local. Justamente para manter os contatos iniciados durante as atividades o projeto repete-se por três anos na mesma região e depois muda-se o local. 2014_07_REP_CECA_1Significativas as impressões de alguns jovens: “Estou aqui pela primeira vez – contou Pavel – e admito que fiquei perplexo diante do grande número de participantes e pelo próprio trabalho. A surpresa para mim foi descobrir que esse trabalho pode ser um enriquecimento, especialmente pelos relacionamentos entre os jovens e entre eles e os moradores”. “Vim aqui para aprender algo de novo – disse Kristina – e fazer uma espécie de escola da arte de amar a todos. Queria tentar ajudar alguém. No final quem recebe é você. Aprende-se a dar”. Martin, que participou das cinco edições chegou a afirmar que veio “para descansar do escritório onde trabalho. Este repouso é melhor do que estar na praia: conheço muitos jovens e ajudo as pessoas”. Summerjob suscitou a atenção da mídia. A rede de televisão nacional tcheca fez uma breve reportagem no telejornal e uma galeria de fotos no próprio site e alguns artigos apareceram nos jornais.

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Belém, a arte como instrumento de unidade

Campus 2014_08_betlemme_1Coreografias de hip hop, jazz, dança contemporânea e dança aérea em tecido constituíram o espetáculo “Os olhos de quem acredita”, no dia 14 de julho. Duzentos expectadores num lugar realmente especial: Belém, na Judeia. Foi a realização do sonho de levar a mensagem de paz do Projeto Harmonia à Palestina, uma terra onde parece impossível até estar simplesmente juntos, para conhecer-se. Em março, a Custódia da Terra Santa, na pessoa do Padre Ibrahim Faltas, OFM, convidara a associação DanceLab Harmonia a realizar justamente ali o Campus 2014. Hospedados na Fundação João Paulo II de Belém e em colaboração com a Associação “Crianças sem Fronteiras”, bailarinos e professores viveram, de 14 a 16 de julho, um acampamento de dança e artes figurativas com crianças e jovens palestinos. Um evento com sabor de algo extraordinário e de grande intensidade emocional, que gostariam que se tornasse anual. A prefeita de Belém, Vera Baboun, satisfeita com a iniciativa, agradeceu ao Pe. Ibrahim Faltas e à diretora de DanceLab Harmonia, Antonella Lombardo, por “esta grande ideia, que dá esperança e felicidade às crianças nestes dias difíceis de guerra”. Campus 2014_08_betlemme_2Nos Campus Internacionais de alta formação na dança (atualmente a associação DanceLab Harmonia desenvolve seis) são engajados jovens de vários países, e descobre-se juntos como a arte ajuda a romper as barreiras de cultura e religião; os jovens suam e trabalham juntos, compartilhando os mesmos sonhos e necessidades e criando um clima de verdadeira fraternidade. Este ano o coração do projeto foi o 5º Campus de arte que envolveu cinquenta crianças e adolescentes palestinos, dos 5 aos 16 anos, muçulmanos e cristãos, que viveram momentos de paz e harmonia por meio do estuda da dança e da pintura. No final do espetáculo muitos pais vieram agradecerCampus 2014_08_betlemme_3: “Um momento de espetáculo, grande e emocionante, que certamente ficará impresso no coração das nossas crianças – afirmou um pai – mas agradeço-lhes principalmente pelos dias nos quais deram a eles a felicidade verdadeira. Eles voltavam para casa satisfeitos por terem experimentado algo de grande e belo. Vocês trouxeram um vento de novidade nesta terra. Deram a oportunidade aos nossos filhos de abrir suas mentes e ter novos horizontes”. “Não obstante a guerra, os palestinos demonstraram ser livres na própria força de vontade e no trabalho”, declarou Antonella Lombardo voltando da Terra Santa. O Campus recebeu também o encorajamento do Papa Francisco que, com uma carta, enviou a sua benção “como sinal de paz e prosperidade” estimulando a “perseverar, a fim de que se realize o verdadeiro bem das pessoas”.

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República Centro-Africana, a esperança na paz

2014_07_RCA_4No quase total silêncio dos meios de comunicação, foi dado um passo adiante rumo à resolução da crise político-militar na República Centro-Africana. Dia 24 de julho passado, com a assinatura de um acordo «in extremis» de suspensão das hostilidades, foi concluído o Fórum pela reconciliação nacional e o diálogo político, em andamento desde o dia 21 de julho em Brazzaville, capital da República do Congo. O acordo, que prevê «o fim imediato dos confrontos em todo o território da República Centro-Africana» foi firmado por cerca de 40 participantes do próprio país e estrangeiros. Iniciada em dezembro de 2012, a crise provocou milhares de vítimas e mais de 4,5 milhões de desabrigados e refugiados, apesar do desdobramento de soldados franceses da força Sangaris, e africanos das tropas Misca, para deter as hostilidades. Nos últimos meses, felizmente, a situação começou a melhorar, ainda que permaneça a divisão entre as zonas norte-orientais de maioria muçulmana, e as sul-ocidentais de maioria cristã e animista. De consequência a população muçulmana que ficou nas zonas sul-orientais vive muitas vezes em campos de refugiados e é descriminada, assim como os cristãos do nordeste, tanto que no início de julho foi atacada uma igreja, em Bambari, com a morte de muitos refugiados cristãos. Por isso o acordo de Brazzaville foi recebido com esperança, mas anseia-se ver novos avanços concretos. 2014_07_RCA_2«Com a comunidade do Movimento dos Focolares, diante das mil necessidades, procuramos usar a fantasia e, graças à comunhão de muitas pessoas, de várias maneiras pudemos distribuir ajudas, », explica Monica, de Bangui. Em março, por exemplo, com os Jovens por um Mundo Unido, continua Monica, «perguntamo-nos o que fazer concretamente pela paz no nosso país. Pensando no nosso ideal de fraternidade vimos que a “arte de amar”, vivida em larga escala, poderia ser uma resposta e uma solução em tantas situações difíceis que as pessoas estão vivendo. Outra questão que nos pusemos foi: onde encontrar as pessoas, neste momento? A resposta: nos campos de refugiados», que são cerca de 20, só na capital. Começamos pelo Seminário Maior que hospeda até hoje mais de 4500 pessoas. Domingo, dia 24 de março, com canções, música e testemunhos, os jovens lançaram uma mensagem forte em favor da paz, não só aos refugiados presentes, mas a muitos outros que se uniram. Infelizmente, porém, a situação piorou precipitadamente, com novos confrontos nos bairros. Nos meses passados formou-se uma “célula de crise”, composta por membros do Movimento, para responder às necessidades das pessoas em Bangui. 2014_07_RCA_3São várias as atividades que desenvolve: distribuição de sopa de fubá às crianças de uma escola infantil e elementar que não tinham uma alimentação adequada; distribuição de material escolar a crianças que interromperam os estudos no início da ofensiva militar porque era perigoso ir à escola, com o nascimento de uma associação de professores que desenvolvem atividades de educação à paz. Note-se que o material escolar foi distribuído em troca de brinquedos de armas de guerra, entregues pelas crianças. Foram ainda fornecidas ajudas econômicas a jovens estudantes em troca de trabalhos de interesse comum, assim como a pessoas que precisavam pagar despesas de saúde para crianças e idosos, ou para o aluguel. Além disso, foram feitos programas na Rádio Notre Dame, para a sensibilização à paz, nos quais foi apresentada a Palavra de Vida com testemunhos, e outras matérias sobre a espiritualidade da unidade.

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A Escola nos Andes

Assista o vídeo do projeto Fotogallery 2014_07_scuola_ande3Uma cidadezinha a 3200 metros de altitude, numa zona inacessível da Cordilheira dos Andes, que com uma única escola pública – além de tudo, escassa de meios – não consegue receber todas as crianças e adolescentes em idade escolar, que chegam até lá depois de horas de caminho dos povoados das montanhas. Trata-se de Bolívar, uma das províncias mais pobres do Peru, no extremo nordeste da região La Liberdad. Foi lá que, em 2011, surgiu uma escola dedicada a São Francisco de Assis, graças à iniciativa do pároco, padre Emeterio. A escola não faz concorrência com a pública, mas coloca-se ao lado dela, recebendo cerca de 80 crianças das vilas mais distantes e carentes, e servindo inclusive uma refeição quente a cada uma. O próprio Estado reconheceu a importância dessa obra, garantindo o pagamento dos salários dos professores. Porém, é preciso que a escola mude-se para uma sede maior do que a atual – que é alugada – para permitir que todas as crianças de Bolívar recebam instrução. A AMU deu início ao projeto «Uma escola nos Andes», para apoiar a construção do novo prédio. Serão construídas 11 salas, um laboratório de informática e a secretaria. Assim será possível receber novos alunos até completar os ciclos da escola fundamental e média, fornecer material didático e assistência nutricional, e ainda, acompanhar a formação e atualização dos professores. A escola, em sua capacidade total, receberá 220 alunos por ano, acompanhados por 12 professores, dois auxiliares e o diretor. Todo o projeto é conduzido em colaboração com os parceiros locais, a diocese de Huamachuco e a paróquia de São Salvador, em Bolívar. 2014_07_scuola_ande_2Serão feitos cursos de aprofundamento para os professores, em três níveis: disciplinas de ensino específico, técnicas pedagógicas e acompanhamento no aprendizado, educação cívica e moral. Com professores competentes e motivados deseja-se oferecer uma educação de qualidade, com metodologias eficientes e um acompanhamento mais amplo no processo educativo de crianças e adolescentes. Para completar o currículo, a escola disponibilizará alfabetização informática e acesso à internet. Não existem, no território, outro locais onde os jovens possam aprender a usar os sistemas modernos de comunicação. E enfim: cursos de alfabetização para adultos que não tiveram acesso à instrução. Os prazos: até o final de 2014 estará pronto o novo prédio da escola; em março de 2015 todas as atividades serão transferidas para lá. O desafio agora é recolher os quase 630 mil euros necessários para a realização do projeto, em parte cobertos pelos parceiros locais e pelo Ministério de Instrução peruano, e em parte pela AMU. Os custos, distribuídos em três anos, compreendem a cifra necessária para a construção do edifício, a aquisição de material didático, a formação dos professores e a alimentação para os estudantes. Contribuições, de qualquer valor, podem ser feitas na conta corrente seguinte: • c/c bancária n. 120434 Banca Popolare Etica – Filial de Roma código IBAN: IT16 G050 1803 2000 0000 0120 434 código SWIFT/BIC: CCRTIT2184D pagável a: Associazione “Azione per un Mondo Unito – Onlus” Via Frascati, 342  00040 Rocca di Papa (Roma, Italia), especificando a motivação:    “PERÙ – UNA SCUOLA SULLE ANDE”.

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Evangelho vivido, perdão em ação

O pão do papai Freshly_baked_bread_loavesA separação de meu marido gerou uma grande falta de confiança em mim mesma, além do grave sentimento de culpa. Eu tinha perdido todas as referências. Depois, com a ajuda da minha família e de pessoas amigas, reencontrei um pouco de força para viver. Aprendi a desapegar-me das minhas ideias, a respeitar as escolhas de vida do meu marido e a não julgá-lo. Não foi tudo assim simples… ao contrário, os passos não são dados de uma vez para sempre, é preciso recomeçar a cada dia. Mas, estando em paz, pude tomar algumas decisões exigentes, por exemplo, ficar na casa que me lembra a minha vida de casal. Falando com os meus três filhos mais velhos entendi que era melhor assim, para que eles tivessem as condições de continuar a viver no próprio ambiente. No dia da crisma de Gael, o caçula, meu marido também veio e começou a fazer o pão. Procurei fazer com que todos se sentissem em casa e o perdão teve a última palavra. Foi um dia maravilhoso que alcançou seu ponto alto quando partimos o pão feito pelo papai. B. G. – Ilhas Maurício O violão2014_07_chitarra Judy e Tom: um casal que vivia na beira do abismo entre a droga e o álcool. Tocada pela nossa amizade, Judy decidiu deixar a droga, mas Tom continuava a nos tratar com hostilidade. Uma noite que fomos visitá-los vi um violão encostado no canto e pedi para Tom tocar alguma coisa. Ele tocou e, aos poucos, começou a abrir-se, o primeiro passo para a grande decisão de voltar a trabalhar e deixar a droga. Com outros amigos o ajudamos de todos os modos. Quando completaram 10 anos de casados Judy manifestou o desejo de renovar as promessas do matrimônio, «agora que Deus entrou na nossa vida». E organizamos para eles uma grande festa. G.L.O. – USA Um pacto Eu tinha grandes problemas de relacionamento com meu pai, tanto que pensava em ir embora de casa, embora tivesse só 16 anos. Depois de falar sobre isso com os amigos da paróquia entendi melhor que devia querer bem o meu pai, sem esperar nada dele. Poucos dias depois dessa decisão eu fiquei em casa, trabalhando com ele. Horas de silêncio. No final do trabalho ele me fez uma confidência: «Entendo que você gostaria de ter um pai carinhoso, mas peço que me aceite assim como eu sou». Para mim foi como se tivéssemos feito um pacto. M.T. – Bélgica Fonte: Il Vangelo del giorno (Suplemento do n. 11/2014 da revista Città Nuova)