Jul 14, 2017 | Focolare Worldwide
Um projeto que já é experiência de vida e ação social, um convite a construir pontes de fraternidade e contribuir para fazer desmoronar as barreiras da indiferença, dos preconceitos, do egoísmo. Nascido em 1973 de uma ideia de Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares, o Genfest é um encontro de jovens provenientes de todas as latitudes. A de Manila, será a 11ª edição. O Genfest se afirmou no tempo como um grande festival de ideias, pensamentos e iniciativas que inspiraram milhares de jovens de culturas, etnias e religiões diferentes a mudar e orientar a própria vida na direção dos ideais da fraternidade e do mundo unido. O programa central se realizará no World Trade Center Metro Manila, enquanto que todos os workshops se realizarão na Universidade “De La Salle”. BEYOND ALL BORDERS (para além de toda fronteira), título da próxima edição, quer salientar as fronteiras a serem superadas, em nível pessoal e social, para construir um mundo mais unido e feliz, para respirar, amar, trabalhar e viver com um olhar aberto e inclusivo. Diversas as manifestações artísticas e musicais, os fóruns, os momentos de exposição previstos. O logotipo do Genfest 2018 pode ser sintetizado numa palavra: essencialidade. “Less is more”, menos é melhor. Num mundo em que a comunicação e a informação são superabundantes e excessivas, a mensagem de Manila será marcada pela simplicidade e pela potência que cada palavra pode levar ao mundo. Por este motivo o logotipo do Genfest é feito somente de letras e uma simples linha sob o título. Um sinal essencial que lembra para ir além, ultrapassando as fronteiras, para salientar a única coisa que vale na vida: ir na direção de todos para chegar juntos a realizar a fraternidade universal. Entre em contato conosco: info@y4uw.org As inscrições serão abertas a partir de outubro de 2017 Fonte: Y4UW International https://www.youtube.com/watch?v=C8NvjNYgNEc
Jul 13, 2017 | Focolare Worldwide, Senza categoria
Elisa mora no Focolare de Welwyn Garden City, a 35km ao norte de Londres, no condado de Hertfordshire. Uma “cidade-jardim”, fundada na década de 1920, com graciosos edifícios no estilo neogeorgiano, com roseiras ao redor dos pórticos e com ruas arborizadas. Ela nos conta: “Eu nasci no norte da Itália, em uma cidade pequena na Província de Novara. Tenho dois irmãos, são mais novos que eu. A minha família nos transmitiu os valores cristãos, como, por exemplo, “ocupar-se dos outros”. Quando eu tinha 20 anos terminei o curso de francês e inglês e estava procurando trabalho. Mas, em uma cidade pequena era difícil e eu estava muito desanimada. Uma amiga me convidou para participar de um encontro para o qual se organizava uma viagem a Roma, para participar do Genfest, uma grande manifestação dos jovens do Movimento dos Focolares, no estádio Flamínio. Transcorria o mês de maio de 1980. Eu fui somente para passar um final de semana diferente. Mas, ao contrário, eu fiquei muito impressionada e comovida com tudo o que eu vi: os pôsteres que transmitiam mensagens do mundo unido, o entusiasmo de milhares de jovens. Eu tive a forte sensação de ter encontrado algo precioso. Voltei à minha cidade e permaneci em contato com aquelas pessoas. Havia alguma coisa nelas que me atraía. Comecei a frequentar o focolare enquanto, intimamente, tornava-se claro o que eu gostaria de fazer na vida. Até que compreendi: doar-me a Deus e aos irmãos, no focolare. Encontrei um bom trabalho na Caritas, uma instituição social da diocese. Um trabalho interessante e de responsabilidade. Depois de três anos, eu devia mudar para Bolonha, mas, o sacerdote diretor da Caritas procurava, insistentemente, convencer-me a não me transferir. Justamente naquele dia o Evangelho dizia “Aquele que ama pai ou mãe mais do que a mim não é digno de mim.” Eu pensei que Jesus dirigia a mim aquelas palavras. E, sem mais hesitar eu parti. De 1985 a 1987 eu participei da escola de formação na mariápolis permanente de Loppiano, nas proximidades de Florença. E depois… Eu fui para a África! A minha primeira impressão foi de encontrar-me dentro das cenas de um filme: tudo era novo e diferente. No segundo dia, em uma capela, diante de Jesus Eucaristia eu disse: “Tu és o mesmo Jesus, eu dei a minha vida por ti e agora te encontro aqui também.” Fiquei um mês em Fontem, na República dos Camarões. Depois fui para a Nigéria, onde permaneci 20 anos. Em 1989, em Lagos, iniciamos um projeto para um grupo de moças. Uma religiosa nos ofereceu dois quartos no centro missionário. Depois uma família nos ofereceu, gratuitamente, uma casa por cinco anos. Mais tarde conseguimos um terreno e muitas pessoas nos ajudaram a construir o primeiro focolare da Nigéria. Tudo foi possível graças à inesperada ajuda de Deus por meio das pessoas. Iniciamos também uma pequena empresa que produz batique, uma técnica tradicional de tingir tecidos de maneira artesanal. Este projeto ajudou inúmeras jovens por muitos anos. Em 2002, em Jos, cerca mil pessoas perderam a vida em um conflito entre muçulmanos e cristãos. Até aquele momento havia sempre uma convivência pacífica entre todos. Escolhemos justamente Jos para realizar uma Mariápolis porque era necessário experimentar o diálogo, a paz, a reconciliação, especialmente em um lugar de profundas feridas, não só feridas físicas. As pessoas haviam perdido as próprias empresas, os lugares de culto foram destruídos. Uma senhora que antes havia incitado os jovens do seu vilarejo a combater contra os rebeldes, no final da Mariápolis participou de uma viagem que durou um mês, para falar sobre a reconciliação. Ele visitou todos os vilarejos a pedido do bispo local. Em seguida eu morei em Duala, na República dos Camarões, por seis anos. E depois, desde 2013, estou em Welwyn Garden City, na Grã-Bretanha, onde no primeiro ano nevou de fevereiro a abril! Fora, tudo era diferente; mas, nada mudou. Onde Deus nos quer, ali é a nossa casa!” New City Magazine
Jul 12, 2017 | Focolare Worldwide, Senza categoria
Verdadeiramente de ouro. Já se passaram 50 anos daquele primeiro recôndito encontro, que teria produzido aberturas inimagináveis entre o Patriarcado Ecumênico da Igreja Ortodoxa e o Movimento dos Focolares. Há poucas semanas, o Metropolita Gennadios Zervos, assim se exprimiu: “Até hoje, aquele momento não foi adequadamente considerado em toda a sua grandeza” (cfr. Aquele diálogo desejado por Deus). Algo da força vital daquela semente podemos intuir se pensarmos no primeiro doutorado honoris causa em “Cultura da Unidade”, conferido ao Patriarca Bartolomeu pelo Instituto Universitário Sophia (Loppiano, Itália), em outubro passado. Nasceu dali o projeto, já realizado, de enriquecer a oferta formativa do Instituto com uma cátedra permanente para o diálogo entre Igreja Ortodoxa e Igreja Católica, dedicada ao Patriarca Atenágoras e a Chiara Lubich. No dia 13 de junho, data do aniversário, alguns de nós fomos, espontaneamente, ao Fanar, a sede do Patriarcado. Diante do lindo ícone de Maria, cantamos o Magnificat, como conclusão da nossa oração em ação de graças: “Grande coisas fez o Onipotente, Santo é o Seu Nome”. Mas de ouro foi ainda a celebração foi feita aqui em Istambul, durante a Mariápolis local. Se, no ano passado, o Papa Francisco visitou uma Mariápolis, em Roma, este ano os participantes da Mariápolis de Istambul tiveram a surpresa, a alegria, a honra de serem hóspedes do Patriarca Bartolomeu. A Escola Teológica da ilha de Halki, com seu maravilhoso parque, foi a moldura de um dia extraordinário.
Domingo, 25 de junho, os 65 “mariapolitas”, de diferentes igrejas, nacionalidades e línguas, subiram à sala de audiências onde o Patriarca Bartolomeu proferiu o seu discurso: «Falamos agora de uma história que tem 50 anos, de um liame espiritual muito forte ente o Patriarcado Grego e o Movimento dos Focolares. E já podemos falar de uma tradição porque o nosso predecessor, o Patriarca Demétrio, continuou a relação com Chiara e o Movimento. E nós seguimos e levamos adiante esta tradição por 26 anos. Estamos muito felizes e é uma grande alegria para nós que a maior parte dos anos dessa tradição tenha transcorrido conosco». Não são uma novidade as manifestações de afeto e estima do Patriarca, mas ele consegue sempre nos surpreender. A expressão de sua alegria não é uma formalidade… ele é orgulhoso pela sua parte de 26 anos em 50! E acrescenta: «Mas já antes de ser patriarca, no trabalho ao lado de meus predecessores, servi com amor a este relacionamento». E continuou: «Vejo que o bom Deus vos abençoou, porque o vosso número e o vosso serviço aumentaram, porque com o testamento de Chiara, que acolhestes, prestai serviço a toda a humanidade, com o mesmo coração puro, com a mesma fé e o mesmo amor, com a mesma laboriosidade. […] Como a benção do Papa Francisco, assim a nossa benção e a nossa oração estão sempre convosco, a fim de que semeeis as sementes da paz e do amor no coração dos homens. Que Deus conduza sempre os vossos passos rumo às boas obras».
Após o discurso, a entrega dos presentes, entre os quais uma foto emoldurada de Atenágoras e Chiara, durante um de seus encontros. E depois uma canção, “Ama e entenderás”, em várias línguas (inclusive em grego), que sabemos era muito apreciada pelo Patriarca Atenágoras, e que exprime a essência da Mariápolis: a luz que emana do amor vivido. Na sala de jantar o Patriarca ofereceu a todos um delicioso almoço, e a manhã se concluiu com fotos oficiais, selfies e momentos de conversa do Patriarca com uma pessoa ou outra. É de ouro, enfim, a herança que nos deixam o Patriarca Atenágoras e Chiara, protagonistas e iniciadores do “diálogo da caridade”, “grandes idealizadores do diálogo do povo (…) iniciadores de uma nova era ecumênica; ensinaram povos, transmitindo-lhes coragem, força, paciência, fidelidade, disponibilidade, amor e unidade” (Metropolita Gennadios Zervos).
Jul 10, 2017 | Focolare Worldwide
“O Líbano esteve por muitos anos sob o controle da Síria. Por este motivo se desencadeou uma forte tensão entre os dois países, agravada pela chegada de um grande número de refugiados sírios, dois milhões de pessoas em uma população de quatro milhões e meio, quase a metade de habitantes. Com o início da guerra na Síria, algumas famílias da comunidade do Movimento dos Focolares de Aleppo se transferiram ao Líbano para afastar-se guerra. Mais tarde, com o agravamento da situação no país, não puderam mais retornar à sua pátria e foram acolhidos em um centro do movimento. Com o clima de hostilidade geral que os circundava, ajudá-los era decididamente uma escolha contra corrente, que exigia da nossa parte um esforço para cancelar todos os preconceitos que o povo libanês nutria em relação aos sírios. Queríamos testemunhar a paz e o amor entre nós. Fomos visitá-los construindo com eles um relacionamento de confiança. Todos, pais, jovens e crianças, se empenharam para que essas famílias não se sentissem sozinhas em um momento tão difícil. Passávamos os dias juntos, organizávamos momentos de convivência, tentando aliviar os sofrimentos, procurando ouvi-los e entendê-los. Não podíamos resolver os problemas destes dois países, mas podíamos, ao menos, construir um oásis de paz ao nosso redor. Eles não possuíam nada, porque partiram sem poder trazer consigo objetos ou roupas. Com a comunidade local arrecadamos vestuário e material de primeira necessidade. Tudo foi feito com muita delicadeza porque para eles não era fácil aceitar ajuda material. A condição de vida era dura. Eles estavam sem trabalho, em território inimigo, muitas vezes à espera de notícias dos parentes e amigos. Os jovens pensaram em passar o dia na praia, para tentar aliviar o clima de tensão. A nossa amizade cresceu à medida que nos conhecíamos, começamos a ler juntos a Palavra de Vida para compartilhar nossas vidas e experiências. Aos poucos experimentamos que fazíamos parte de uma única família. Depois de um ano essas famílias começaram a procurar casa. Estavam angustiados e com graves dificuldades financeiras. Mas juntos acreditamos na Providência divina. Estávamos conscientes das dificuldades que deveríamos enfrentar. Procurando casas e trabalhos “para os nossos amigos sírios” tivemos muitas reações contrárias e duras. Os proprietários de apartamentos, por exemplo, propunham aluguéis muito caros para não recebê-los. No último dia, antes de deixar o local onde estavam alojados, uma família ainda não tinha encontrado uma casa e nem mesmo os móveis. Colocamo-nos nas mãos de Deus confiantes da sua ajuda. Para a nossa alegria e surpresa, no dia seguinte encontramos uma casa disponível e alguém da comunidade que estava se transferindo doou todos os seus móveis. Pudemos encontrar escolas quase gratuitas para os filhos. Com um grupo de professores iniciamos uma escola de francês, o que permitiu que as crianças sírias pudessem frequentar essa escola. Agora, todas essas famílias deixaram o Líbano e se transferiram ao Canadá, Bélgica e Holanda. Depois de algum tempo nos escreveram dizendo que no Líbano tinham se sentido apoiados, em casa. Uma família disse: “Sem o apoio das famílias libanesas não poderíamos recomeçar assim tão facilmente”. Quando foram embora deixaram tudo o que tinham para os próximos que deveriam chegar. Hoje temos três casas que usamos para ajudar as famílias sírias e iraquianas que estão de passagem. O nosso compromisso é estar sempre disponíveis para amá-los e contribuir nesta relação de paz”.
Jul 7, 2017 | Focolare Worldwide
Depois de uma guerra civil que durou 12 anos, o Burundi está atravessando agora uma crise política que gerou uma grande fratura entre as instituições e os cidadãos. Houve numerosas manifestações de protesto contra o governo e muitos jovens foram presos. Continuam os homicídios e sequestros, e muitos fogem, deixando seus povoados ou até mesmo o país. Os gen, jovens dos Focolares, comprometeram-se em “viver pela própria gente”, reconhecendo em qualquer dificuldade ou pessoa que sofre um semblante de Jesus crucificado e abandonado, para amá-lo concretamente. «Fomos socorrer os inúmeros feridos – conta Lewis. Durante uma das visitas a um hospital da capital, lavamos as roupas dos doentes e compartilhamos as refeições com alguns deles. Fomos a um orfanato e passamos a tarde com as crianças, brincando com elas, procurando deixá-las contentes. Aproveitamos também para ajudar um pouco na limpeza». Muitos dos Gen são estudantes universitários e organizaram uma «Conferência de Paz», na Universidade do Burundi, que foi muito participada. «O auditório estava cheio e isso nos confirmou que as pessoas realmente almejam a paz. A nossa banda, “Gen Sorriso”, se apresentou e foi bastante apreciada. Especialmente a canção “I believe” (veja o vídeo), que eles compuseram, encoraja os jovens do nosso país a irem contracorrente, tornando-se sensíveis ao sofrimento dos outros, com o convite a fazer a própria parte para mudar o mundo. Quando fizemos as filmagens desse videoclipe precisamos fazer um esforço para enfrentar as condições adversas que encontramos, e acreditar que, apesar de tudo, a paz sempre é possível». Para tornar mais visíveis e eficazes as suas ações, juntamente com a comunidade local dos Focolares, os jovens criaram o Projeto “TOPA” (Projeto pela paz no Burundi), que inclui uma série de iniciativas em favor da paz e da reconciliação: «Por meio de conferências temáticas, programas de rádio, atividades de beneficência, concursos de arte, poesia e canto, e com uma grande festa de encerramento, programações sempre divulgadas pelas redes sociais, procuramos envolver o maior número possível de pessoas para engajarem-se conosco na construção da paz em nosso país». https://www.youtube.com/watch?v=Q2fobgsqI7c
Jul 5, 2017 | Focolare Worldwide
Viaja-se por diversos motivos: curiosidade, sede de conhecimento, espírito de aventura, encontrar respostas, conhecer-se a si próprio. Não foi o que aconteceu com Gianni Ricci, que, conjuntamente com Delfina Ducci, escreveu um livro: O longo caminho do “fazer-se um”, editado por Città Nuova. Muitos foram os quilómetros que ele percorreu. Poder-se-ia dizer que a sua vida foi uma “vida em viagem”, para contactar com as infinitas modulações da humanidade sofredora. Nascido em Ripalta Cremasca, no norte de Itália, numa família simples, mas digna, cresce na autenticidade dos valores cristãos. Aos vinte anos conhece o ideal da unidade de Chiara Lubich, que revoluciona o seu modelo de vida cristã, a tal ponto que ele percebe que o focolar é a estrada que deve percorrer durante toda a vida. Em 1964 parte para Loppiano (Florença, Itália), cidadela nascente do Movimento, à qual se dedica com grande espírito de entrega, ao longo de mais de vinte anos. Depois de Loppiano, a sua adesão aos planos de Deus leva-o a partir, primeiro para a Turquia, para acompanhar o desenvolvimento da comunidade nascente. Depois, Líbano, Terra Santa, Argélia, Jordânia, Iraque, Egito, Síria, Tunísia, Marrocos… «Quantas mudanças imprevistas em mim! Estou na Turquia. Aqui não me faltam momentos de graça, para fazer-me santo! Há tanto trabalho a fazer». Gianni Ricci, um “globe trotter” da alma, anota tudo aquilo que encontra, talvez passando por cima das dificuldades que se lhe deparam, especialmente nas relações com povos tão diferentes. Mesmo mostrando a tragédia das guerras que causam feridas profundas nas pessoas e frustram as esperanças de um possível futuro de estabilidade e de paz, não procura soluções nem possíveis explicações na história. Simplesmente vive ao lado daqueles que encontra, com o coração livre e aberto a uma humanidade “alargada”, que fala a mesma língua do coração e do sofrimento. «Em finais de janeiro de 1986, com Aletta (focolarina dos primeiros tempos) inicia a primeira viagem de Istambul a Ankara e daí até Beirute, no Líbano. O aeroporto está quase destruído pelas bombas! O Líbano está destroçado pela guerra civil (…). Os controlos são implacáveis, as autoridades suspeitam de tudo e de todos. Cada posto de bloqueio é controlado pelas diversas fações. Passados oito dias, Gianni inicia a viagem de regresso a Istambul. Ao longo dos 120 km que separam Beirute da fronteira com a Síria, esperam-nos 13 postos de bloqueio. No primeiro estiveram em risco de vida. Gianni detém-se diante duma guarita, onde um soldado armado até aos dentes lhe pede os documentos. Entrega-os e afasta-se. Depois de alguns metros, um rapaz intima-o a voltar atrás, fazendo notar que o guarda tem a arma apontada, pois não lhe deu autorização de se afastar. Não premiu o gatilho, garças a Allah, diz-lhe». Não se trata de uma narrativa política, mas “exclusivamente” humana. A humanidade de que fala não tem cor ou línguas, não tem passaportes, fronteiras, leis ou costumes. Em qualquer lugar para onde vai, Gianni tem uma preocupação especial pelas relações entre as Igrejas locais, com o Islão, com o mundo hebraico, numa única exigência de apoiar todas as pessoas que encontra a esconjurar o medo, a incerteza do amanhã, a tensão provocada pela guerra. Uma sucessão de recordações na perspetiva da unidade. Esta é a “lógica” que ainda move Gianni, observador atónito das coisas de Deus. As citações foram retiradas de “O longo caminho do “fazer-se um”. Experiências no Médio Oriente, Città Nuova, 2016.