Mar 23, 2016 | Focolare Worldwide
Num comunicado intitulado «Em Bruxelas, Deus chora conosco», o Movimento dos Focolares na Bélgica afirma: «Os dramáticos atentados perpetrados na manhã de terça-feira no aeroporto de Zaventem e no Metrô de Maelbeek, coração do bairro europeu de Bruxelas, lançaram todos numa profunda consternação. Compartilhamos a dilacerante dor de todas aquelas famílias que choram os seus entes queridos e as sustentamos com a nossa oração. Rezamos também por todos aqueles que, no mundo inteiro, sofrem a violência e por aqueles que cometem tais atos insensatos que estão em antítese com a paz. Diante de um tamanho absurdo surge espontânea, no nosso coração, uma pergunta: “Meu Deus, será possível que nos abandonaste?”. A Paixão de Cristo, que comemoramos na Sexta-feira Santa, nos ajude a acreditar que cada sofrimento encontra um eco no grito de abandono de Jesus na Cruz e a Ressurreição faz com que tenhamos esperança na aurora de um mundo melhor. Os atentados de terça-feira, 22 de março, são um sinal eloquente que nos convida a redobrar o nosso empenho para fazer com que triunfe a paz, fruto da solidariedade e da fraternidade. Uma proposta: nos encontrarmos todos os dias, onde quer que estejamos, para o TIME-OUT: um minuto de recolhimento pela paz, ao meio-dia». Fonte: Focolares Bélgica online
Mar 23, 2016 | Focolare Worldwide, Senza categoria
Perante a situação de conflito armado alargado, que se torna cada vez mais injustificável, amplos sectores da sociedade civil continuam a manifestar-se para travar a acção dos governos que, com as suas opções, alimentam o tráfico de armas que é reconhecidamente uma das causas que impedem qualquer solução para os conflitos. Desde há muito tempo que também o Movimento dos Focolares em Itália se tem empenhado neste domínio, através da revista Città Nuova e pela ação do Movimento Político para a Unidade, especialmente com as suas “escolas de participação política”, bem como com a denúncia do envolvimento da Itália na produção bélica. Com efeito, o nosso País, onde estão sediadas várias bases militares estratégicas, continua a produzir armas de alta tecnologia que são vendidas também para os Países do Médio Oriente – como já denunciou a Città Nuova. Pelos portos da Sardenha passam bombas destinadas à Arábia Saudita, país interessado no conflito sírio e que lidera uma coligação envolvida na guerra no Yemen, com milhares de vítimas, já condenada pela ONU.
Que fazer então? Durante um ano, os jovens, acompanhados por peritos em geopolítica internacional, trabalharam na elaboração de uma petição com propostas concretas, a qual foi apresentada aos deputados e senadores interessados:
- Cumprimento da lei 185/90 sobre o «controlo da exportação, importação e trânsito de armamento». Solicita-se especialmente que se interrompa a exportação e o trânsito de armas em território nacional, para países em conflito ou onde se cometam graves violações dos direitos humanos.
- Alocação de fundos para a reconversão da indústria bélica para fins civis, com referência do estabelecido no artº 1, nº 3, da lei 185/90.
- Transparência e controlo das transacções bancárias relacionadas com importações, exportações e trânsito de armamentos.
A estas exigências acrescem ainda o pedido para que sejam inseridos na agenda política os temas da integração e do acolhimento, bem como o investimento de maiores recursos na cooperação internacional. Os jovens promotores deste encontro de 16 de março estão perfeitamente conscientes dos interesses e poderes em jogo, e sabem bem que as suas diligências serão, com alguma benevolência, consideradas como ingénuas. Mas, como eles mesmos dizem, «temos a consciência da nossa responsabilidade, que advém precisamente dos ideais que nos movem, e portanto não podemos calar nem olhar passivamente a realidade que nos circunda. Trabalhamos no nosso dia-a-dia para construir a fraternidade e é este o nosso ponto de partida para interpelar os governantes». A reflexão no Parlamento foi enriquecida com o contributo de Pasquale Ferrara, diplomata e docente universitário de Relações Internacionais; de Shahrzad Houshmand, teóloga islâmica, docente na Pontifícia Universidade Gregoriana; do director de Città Nuova, Michele Zanzucchi; e ainda do professor Maurizio Simoncelli, co-fundador do Istituto di ricerche internazionali archivio disarmo.
Na raiz de tudo isto está a espiritualidade de Chiara Lubich que, na sua cidade de Trento, presenciou os horrores da II Guerra Mundial, e que, durante toda a sua vida, através do diálogo com pessoas de crenças e culturas diferentes, lançou as sementes de uma convivência pacífica. Em 1948, com 28 anos apenas, Chiara foi recebida no Parlamento italiano, onde se encontrou com Igino Giordani. «Fazemos votos de que os jovens consigam influenciar a agenda política, como habitantes que são do presente e do futuro» – declara Silvio Minnetti, presidente do Movimento político para a Unidade em Itália (MPPU). «Os jovens colocam-nos questões, provocatórias, exigentes, e aqueles que trabalham no campo político querem acolhê-las e comprometer-se, em primeira pessoa, nas próprias decisões de voto, mas também dando viabilidade a uma reflexão séria, para que as respostas sejam concretas». Com a finalidade de influenciar ainda mais a agenda política, o MPPU-Itália apresentou um plano para a organização, nos próximos meses, no Montecitorio, de um Laboratório de auscultação recíproca e diálogo sobre o apelo dos jovens, com a participação de parlamentares, peritos, jovens e representantes do Governo. Ler também: Construir a paz, cada dia (texto do apelo em italiano)
Mar 22, 2016 | Focolare Worldwide, Senza categoria
“O mais belo e comovente concerto que já assisti”. “A música de vocês faz bem à alma”. “Não posso ficar indiferente ao mundo que me cerca, devo fazer alguma coisa”. Com estas e outras expressões, o público exprimiu a sua aprovação a “On the other side” (“Do outro lado”), o último show da banda internacional Gen Verde, apresentado em Hong Kong, Macau e em quatro cidades de Taiwan (Haulien, Taipei, Kaoshiung e Taichung). Uma banda totalmente feminina, com pouco mais de 20 membros, provenientes de 14 países, de quatro continentes. Mulheres que assumem todos os papeis: compositoras, cantoras, musicistas, bailarinas, técnicas de luz e som, empresárias, etc. Mulheres que, em teatros ou ginásios lotados e cheios de participação, mostram um repertório entrelaçado com histórias pessoais, apelos, evocações, tantas maneiras de dar voz ao seu ideal, a unidade, apresentado como elemento basilar para que a humanidade caminhe rumo à fraternidade universal. No ritmo de uma envolvente pop music, com as mais variadas nuances, as canções prosseguem, completadas por coreografias que reforçam seu significado; e no telão acendem-se as palavras-chave, compostas com elementos gráficos e imagens de um grande impacto artístico.
Talvez porque algumas músicas foram apresentadas nas línguas, locais tornando a mensagem mais direta. Ou talvez ainda porque nos dias anteriores aos shows, em três cidades, com o apoio das comunidades locais dos Focolares, a banda envolveu estudantes do ensino médio e das universidades no projeto “Start now”, e com a linguagem universal da música levou os jovens a um diálogo que supera as diversidades, para construir o espetáculo “juntos”. O fato é que a cada exibição, a participação e o entusiasmo foram vitais. Os participantes desejaram comprometer-se, com as artistas, na mensagem que elas lançavam.
Foi importante para o Gen Verde encontrar os jovens asiáticos, para modular o show segundo a sensibilidade deles e para ver confirmada, até nesta latitude, a expectativa das novas gerações de querer compartilhar o que vivem, deixando de lado os estereótipos na busca de relações marcadas pela confiança e o altruísmo. “Muitos deles – conta uma artista do grupo – nos confidenciavam a dificuldade de viver numa sociedade competitiva, na qual se está sempre sob pressão. Ao mesmo tempo demonstravam uma enorme sensibilidade às temáticas do ambiente, da paz, da fraternidade universal e do diálogo com todos”. “Vocês nos deram coragem, energia, entusiasmo, esperança”, um dos jovens deixou escrito ao Gen Verde. E uma moça: “Em toda parte nos empurram para sermos os primeiros da turma, com vocês aprendemos que devemos seguir a nossa consciência e ser verdadeiros”. E um empresário: “Olhando para os jovens, esta noite, digo: com jovens assim Hong Kong será salva!”. Depois das revoltas violentas que, poucos dias antes, havia traumatizado a cidade, o concerto reacendeu nele a esperança. Viver por um mundo unido, lá onde estamos. É a mensagem que fica no fundo do coração de quem encontra o Gen Verde. A qualquer cultura ou fé pertença. Porque em cada um permanece a convicção de que, juntos, existe a força real para fazer do mundo um lugar melhor. Foto galleria Hong Kong – Foto galleria Taipei
Mar 21, 2016 | Focolare Worldwide
«Há mais de 40 anos – se apresenta Lívio, da província de Cuneo (Itália) – levo em frente a empresa de família, em cuja direção também estão minha mulher, os nossos 4 filhos e, do exterior, minha irmã. Junto com 28 empregados nos ocupamos de tratamentos galvânicos em manivelas, reservatórios, silenciadores para motos, peças de automóveis, aparelhos para fitness, etc. Um revestimento que serve para a estética, mas sobretudo para a resistência à corrosão. Faz alguns anos que procuramos atuar, como empresa, os princípios da Economia de Comunhão, um projeto que conjuga a necessidade de gerar lucro à aspiração de ajudar quem passa por necessidades, colocando a pessoa no centro. E isto com os empregados, entre sócios, com os clientes, os fornecedores e até mesmo com os concorrentes. Após um longo período de desenvolvimento quase constante, inesperadamente chegou a grave crise que até agora envolve muitas empresas como a nossa. Naturalmente não quisemos nos dar por vencidos e continuamos a fazer completamente a nossa parte para procurar adquirir novas clientelas. Sem nunca deixar de acreditar neste novo modo de entender a economia.
Em 2014 foram nossos hóspedes, como clientes em potencial, três expoentes de um importante grupo automobilístico alemão. Após a apresentação técnica da empresa organizada pelos filhos e outros colaboradores, vendo que os visitantes ficaram bem impressionados e curiosos, falamos da Economia de Comunhão e do seu desenvolvimento no mundo. Falamos a eles inclusive do nascimento da AIEC, na Europa e da AIPEC (da qual sou presidente), na Itália: duas associações de empresários que, na abordagem empresarial, se inspiram na “cultura da partilha”. No final, ao nos propor uma interessante encomenda, que dura até agora, declararam: “Ficamos surpresos em constatar que, embora a realidade produtiva de vocês tenha forças limitadas, vocês conseguiram realizar um processo galvânico por si só muito complexo”. O que fez a diferença devem ser, sim, os sistemas de processamento que em muitos anos de trabalho sério fomos capazes de aperfeiçoar, mas também a narração de algumas experiências, entre as quais a assunção, num momento de pouco trabalho, de alguns imigrantes e de dois jovens que por motivos diferentes atravessavam sérias dificuldades, e do empenho de todos nós em vivermos com eles relacionamentos de fraternidade inclusive fora do horário de trabalho. Outro fator de diferença achamos que seja também o nosso “privilegiar os relacionamentos” no desapego sadio da vontade de fazer negócios a todo custo».
«Sou administradora de uma empresa de processamento mecânico – diz logo em seguida Enrica, de Turim (Itália) –. Nós também temos 28 empregados. Meu pai, com o qual comecei a colaborar bem cedo, me transmitiu os valores da partilha e do espírito de sacrifício; e empenho em melhorar sempre. Em 2000 as encomendas se reduziram ao mínimo, mas ninguém foi demitido e no Natal, por falta de liquidez, decidimos pagar o décimo terceiro salário com as nossas disponibilidades pessoais. Em 2003, eis que surgiu um importante trabalho no exterior. Com meu pai nos lançamos com coragem, envolvendo e responsabilizando todos os empregados. Trabalhamos muito para angariar a confiança de bancos, fornecedores, clientes e a compacidade do quadro de trabalhadores foi a carta vencedora. Três meses depois, fomos atingidos pela grande crise e pela doença de meu pai. Graças a Deus pude contar com a ajuda de muitos e após um ano e meio de salário desemprego, todos os empregados voltaram para a empresa. Mas eu estava cansada e oprimida por tudo isso.
É a este ponto que vim a saber da AIPEC, constituída justamente em 2012, e destes empresários que senti próximos porque, ao próprio modo de trabalhar, querem colocar como valor acrescentado a “cultura da partilha”. Assim, comecei a participar dos seus encontros, me confrontando com eles e com várias categorias sociais. Eu me senti acolhida, encorajada, aconselhada, até aceitar recentemente, um encargo na direção da AIPEC. Junto com os outros eleitos, descubro cada vez mais a beleza e a responsabilidade de levar em frente uma empresa na qual trabalhar ao máximo para manter uma estabilidade econômica e, ao mesmo tempo, compartilhar relacionamentos, se pôr à escuta, dar uma ajuda concreta. Porque o dom dá fruto e é fruto que permanece».
Mar 19, 2016 | Focolare Worldwide, Senza categoria
Nesta Venezuela fraturada e dividida, achamos que devemos viver o Evangelho com radicalidade, cada qual no seu local de trabalho ou de estudo, para construirmos pontes de unidade e de paz. Na câmara municipal, por exemplo, há três pessoas que vivem a espiritualidade da unidade, uma do partido do governo e duas da oposição, que procuram respeitar-se e ajudar-se reciprocamente. Quem fala é Ofélia da comunidade dos Focolares que vive num bairro periférico da cidade de Valência, chamado Colinas de Guacamaya. «Uma amiga pediu-me para acompanha-la ao médico – conta ela –. Começa então um longo processo para obter medicamentos: um idoso à procura da cura para a diabetes, um senhor que pede um comprimido para a dor de cabeça, um rapaz, na farmácia, pedindo o paracetamol… Um só comprimido, mas o dinheiro não chega». Então Ofélia lembra-se de que tem no carro uma bolsa que traz sempre consigo, com medicamentos que lhe são dados pela “Providência de Deus” (como ela diz), podendo assim oferecê-los gratuitamente aos outros. Olhares incrédulos… e gratidão! Betty e Orlando têm quatro filhos. Transferiram-se para o Centro Mariápolis “A Nuvenzinha”, na localidade de Junquito, nas proximidades de Caracas. «Para servir aqueles que se encontram em necessidade – conta Betty – organizamos, com algumas pessoas da comunidade, a pastoral social. Queríamos responder às necessidades de alimentação, vestuário e habitação de algumas famílias da paróquia. Conseguimos, por exemplo, com a ajuda da assembleia municipal, construir uma casa digna para um idoso que vivia na indigência». «A atual crise social, com os altos indícios de insegurança que vivemos no País, abriu-nos ainda mais às necessidades das famílias da nossa comunidade que, inclusive, vivem no medo de perder a própria vida. Soubemos do pai de um rapaz, o qual ficou gravemente ferido, em consequência de disparos de uma arma, e acorremos ao hospital. Internado nos cuidados intensivos, morreu poucos dias depois. Agora continuamos a dar o nosso amor concreto com atenções, cuidados e proteção à mãe e ao filho, que acolhemos em nossa casa».
A pedido do pároco – conta-nos ainda Maria Carolina, da Comunidade de Junquito – fizemos uma viagem a uma zona rural, onde só se chega de jipe. Ali fomos recebidos pela comunidade de La Florida, onde há carência de muitas coisas materiais, e que, até há poucos meses, esteve privada da corrente elétrica. Uma comunidade de pessoas muito sacrificadas, dedicadas à agricultura, que fazem quilômetros a pé, para ir à missa, uma vez por mês. Esta é uma experiência que envolveu a todos e que desencadeou uma grande comunhão de bens: de muitas partes chegam roupas, remédios, brinquedos, calçados, alimentos… Com pequenos caminhões cheios de coisas, sobretudo de esperança, levamos o nosso amor a esta comunidade. Mesmo no meio das suas dificuldades, as pessoas, à nossa chegada, saem de casa, e as crianças correm, e há aplausos… e bem depressa se cria um clima de família!». A comunidade de Puerto Ayacucho, no estado de Amazonas, encontra-se numa zona de fronteira, povoada por comunidades indígenas. Sofrem de graves problemas: a guerrilha sempre presente, a exploração do ouro, um alto índice de mães solteiras. Esta comunidade viveu há pouco uma experiência muito forte, pela morte de Filipe, um rapaz dos Focolares morto há dois meses, pelos disparos duma arma de fogo. É algo que acontece muito frequentemente na Venezuela, mas especialmente nesta região. Ele morreu para salvar a vida de seu irmão que era procurado pelos guerrilheiros. Juan, um seu amigo de coração, conta-nos: «Filipe tinha manifestado o desejo de se inscrever no catecismo, e deixou-nos precisamente no dia anterior… Tínhamos feito muitos programas para o futuro!». A morte de Filipe deixou uma marca nesta comunidade: um novo empenho em viver para construir a paz, para darmos novos horizontes e esperança, especialmente aos jovens.
Mar 18, 2016 | Focolare Worldwide
Há meses o fluxo de refugiados não para: vivem num estado de emergência nas ilhas de Lesbos, Cós, em Atenas, em Idomeni. Numerosas são as Associações leigas ou religiosas – ortodoxas, católicas, protestantes – e as ONGs que não deixam de estar presentes para socorrer e aliviar os grandes sofrimentos destas pessoas. A comunidade do Movimento dos Focolares, embora pequena, seja em Atenas seja em Tessalônica, abriu coração e braços, colaborando com várias associações, entre as quais a Cáritas, a Comunidade Papa João XXIII e outras. «Especialmente em Atenas – escrevem – fomos a diversos campos de refugiados que se abrem e se fecham segundo a afluência das chegadas. Envolvemos colegas e amigos na coleta de alimentos e roupas a serem levados nos vários centros de acolhida. De Tessalônica, todas as semanas, diversas pessoas da comunidade dos Focolares, em colaboração com a Cáritas, vão à fronteira com a Macedônia para os socorros e as ajudas urgentes».
«Fui com alguns amigos e colegas de trabalho a um campo aonde todos os dias chegam entre 500 e 1000 pessoas – escreve Mariangela, do focolare de Atenas –. Ajudamos na distribuição das refeições, na repartição e organização das coisas, brincamos com as muitas crianças. Gostaríamos de dizer a eles algumas palavras para compartilhar os seus pesos, mas às vezes a língua é um obstáculo. Não nos resta que comunicar com um sorriso, uma carícia, com gestos concretos. No final, você sente que alguma coisa passa. Tudo parece pouco neste mar de desespero, mas tentamos dar pelo menos uma gota de amor». Maristella Tsamatropoulou, trabalha na Equipe nacional da Cáritas Grega: «A atual emergência dos refugiados não faz senão ampliar o panorama de ajudas que a Cáritas já tinha posto em ação para aliviar a crise socioeconômica grega». Trata-se, explica, «de ajudas humanitárias que veem a distribuição de refeições, de bens de primeira necessidade tanto nas ilhas quanto lá onde as aglomerações exigem… Mas depois, hospedagem em hotéis onde é muito importante também a presença de animadores para crianças, de psicólogos e a oferta da possibilidade de se lavar. Os vários programas estruturados e sustentados pelos financiamentos estrangeiros não poderiam se realizar sem a corrente de solidariedade que vê empenhados muitos voluntários seja em primeira fila seja na retaguarda (aqueles que sensibilizam e recolhem o necessário)».
Na ilha de Siros, numa Confeitaria, os proprietários envolvem os clientes com ações de solidariedade, como coleta de medicamentos, roupas, alimentos e a iniciativa “um café à espera…” em que se pode deixar um café pago para quem não pode. No Natal chegaram 235 destes! Seguindo este exemplo, alguns padeiros lançaram “um pão à espera…”. «Estamos impressionados com a generosidade e solidariedade das pessoas» – escrevem ainda da comunidade dos Focolares – «o povo grego, apesar da grave crise que vive, está recorrendo a todas as suas potencialidades de fraternidade para com os mais pobres, encontrando energias inesperadas e criatividade para erguer e aliviar muitas pessoas. Uma verdadeira lição de humanidade!».