Out 2, 2015 | Focolare Worldwide, Senza categoria
“Acolher o extraordinário no ordinário, aprimorando o olhar para ver a árvore que cresce: se faltassem os profetas a vida seria um espaço de pessimismo e não da esperança que nos une”. Nestas palavras do economista Luigino Bruni é possível resumir a Convenção Nacional das Redes de Economia de Comunhão, na Itália, realizada por ocasião da sexta edição de LoppianoLab, que contou com mais de dois mil participantes, provenientes de toda a Itália e do exterior. Economia de Comunhão, modelo para a retomada. “Somente regenerando as relações se vence o medo e retoma-se a economia: enquanto hoje a desconfiança e o pessimismo freiam a retomada, na Europa e no Ocidente, nós ousamos olhar a economia com os olhos dos jovens africanos – assim iniciou o discurso de Bruni. Se queremos contribuir ao renascimento da economia, é necessário regenerar os territórios, as famílias, as relações, redescobrir e praticar as virtudes civis”. “Além do medo. Cultura do diálogo, cidadania ativa, economia civil”, não por acaso, foi o título escolhido para a edição de LoppianoLab 2015, promovida pelo grupo editorial Città Nuova, Pólo Lionello Bonfanti-Economia de Comunhão (EdC), Instituto Universitário Sophia (IUS) e Centro Internacional de Loppiano (Florença). Obviamente urgente tratar do setor econômico, no âmbito do qual, na Itália, são 200 as empresas, 800 no mundo, que aderem e colocam no centro do agir econômico a pessoa e a dimensão relacional, aderindo ao projeto da Economia de Comunhão.
Sonhando a África. Muitas as referências feitas ao Congresso Internacional EdC realizado em maio passado, em Nairóbi, a propósito do qual Geneviéve Sanze, economista centro-africana, narrou a “vitalidade”. Na África, atualmente, são trinta as empresas que aderiram ao projeto e teve origem uma rede de apoio aos jovens por parte dos empresários EdC. “A Economia é uma ciência da riqueza, assim gostariam que pensássemos: acredita-se que, para praticá-la, é necessário ir às grandes metrópoles, mas com a EdC tornou-se ciência de comunhão”, ela afirmou. “Intercambio, diálogo, fraternidade: em Nairóbi compreendemos que cada pessoa possui riqueza na sua compreensão e na sua unicidade, assim como o empresário com criatividade procura enriquecer o seu lugar, o seu território sem conformar-se a padrões distantes da atenção às periferias necessitadas. Falar de economia em âmbito mundial partindo da África é realmente um processo novo, mas, o é ainda mais quando se fala sobre a contribuição que a África pode dar – mais que receber – proporcionando confiança e novo ardor aos próprios africanos para aumentar as suas possibilidades nos próprios países”. A África é um continente jovem, testemunharam dois estudantes africanos inscritos no Instituto Universitário Sophia, em Loppiano, Gloria e Melchiot: “Proporcionar sonhos aos jovens na África significa evitar o fenômeno da imigração: por que não pensar em fundar empresas na África, criar vagas de trabalho lá?” Dois projetos EdC. “Em Nairóbi foram iniciados dois projetos econômicos e, também, foi anunciada a criação de um curso universitário de Economia de Comunhão, na CUIB (Catholic University Institute of Buea), na República dos Camarões, disse Anouk Grevin, economista (Universidade de Nantes e Instituto Universitário Sophia). A partir de 2017 terá início o projeto “Siobhan”, para apoiar a fundação de novas empresas na África. O segundo projeto, intitulado a François Neveux, pioneiro Frances da EdC, colocará em contato empresários do mundo inteiro, criando uma rede de acompanhamento econômico e de projetos, destinada especialmente aos jovens empresários”. Fonte: Città Nuova
Out 1, 2015 | Focolare Worldwide

Foto © Renato Araujo
Filadélfia é uma cidade estratégica nos Estados Unidos – aqui foram redigidas, em 1976, a Declaração de Independência e a Constituição Americana. E foi aqui que se concluiu a visita do Papa: dias históricos que tocaram profundamente o povo americano. Na Sala da Independência, com o sorriso de sempre, o Papa Francisco esclarece que não é nem de esquerda nem de direita. Ressalta a importância da liberdade religiosa e do diálogo numa sociedade multicultural, mas salienta o positivo que já existe no povo americano: «Recordamos as grandes lutas que levaram à abolição da escravatura, à extensão do direito de voto, ao crescimento do movimento dos trabalhadores e ao esforço progressivo para eliminar toda forma de racismo e preconceito contra as sucessivas ondas de novos americanos», disse o Papa. E a saudação de um Papa que provem de uma família de imigrantes, aos imigrantes hispânicos: «Vocês trazem muitos talentos à sua nova nação. Não se envergonhem de suas tradições», afirma com força, seguido de um aplauso espontâneo. Entre outros valores, Francisco menciona a fé ardente e o profundo senso da vida familiar dos hispânicos: «Trazendo a própria contribuição, vocês não apenas encontrarão o seu lugar aqui, mas ajudarão a renovar a sociedade a partir de dentro». Comenta Jeniffer Huertas, de Porto Rico, há dois anos nos Estados Unidos: «O Papa diz para não esquecermos as nossas raízes, e ver sempre a unicidade de cada pessoa. Sim, a diversidade não é um mal, porque cada ser humano é único». Apenas algumas horas mais tarde, a conclusão da Jornada Mundial da Família, tão aguardada pelos participantes: famílias jovens, outras formadas por muitas gerações, casais, pessoas solteiras, religiosos e religiosas com seus hábitos, sacerdotes, todos recebidos pela cidade que preparou cuidadosamente cada detalhe. Após escutar os testemunhos de seis casais e famílias, que contam como conseguiram superar os desafios da vida com a fé em Deus, o Papa faz um discurso caloroso, evidenciando a importância da vida em família. Um menino pergunta-lhe o que Deus fazia antes de criar o mundo. «Deus amava, porque Deus é Amor», responde. E o que Deus cria de mais útil, para compartilhar esse amor, é a família, e o demonstra o fato que «Deus manda o seu Filho em uma família». Nem tudo são rosas e flores, «às vezes os pratos voam, mas as dificuldades são superadas com o amor», afirma. 
Foto © Andrea Re
As suas palavras deixam meio milhão de pessoas – que esperaram longas horas no Parque Benjamim Franklin– encantadas e felizes: «Foi fantástico ver o Papa», diz Thea, uma jovem de Los Angeles. «Gostei quando ele disse que Deus não colocou Jesus num reino, mas numa família. Hoje muitos visitam seus pais só raramente, muitos amigos meus vivem assim e isso me faz pena. Também na minha família nem sempre é fácil, temos dificuldade em nos escutar até o fim, mas as palavras do Papa vão me ajudar a enfrentar melhor essas dificuldades». Um dia depois, as multidões atraídas por Francisco submetem-se com paciência aos longos controles de segurança, cantando e dançando. Sem perder a calma, sorriem e agradecem aos policiais que fazem seu trabalho. «Hoje o meu filho faz dois anos, mas eu e minha esposa pensamos que essa é uma ocasião que acontece só uma vez na vida», diz uma guarda da segurança. Cerca de um milhão de pessoas participam da Missa, e mais um milhão a acompanham na televisão. Francisco cumprimenta todos, abençoa as crianças antes de começar a Missa, com leituras também em espanhol e vietnamita. A liturgia do dia tem palavras fortes, onde, primeiro Moisés e depois Jesus, afirmam que também quem não pertence ao seu grupo pode fazer milagres em nome do Senhor. «Não devemos nos escandalizar do amor de Deus», diz o Papa, e lança uma mensagem clara, para um Igreja que deve aceitar as diversidades e que tem confiança na ação do Espírito Santo. O Papa Francisco convida as famílias a fazerem pequenos gestos de amor e compaixão: um jantar aconchegante após um dia de trabalho, uma benção, um abraço: «O amor se manifesta nas pequenas coisas»¸ afirma. Isso quer dizer «ser profetas, superar “o escândalo de um amor restrito e mesquinho”». Mais significativos ainda os encontros particulares, com os presos, com as vítimas de abusos sexuais por parte do clero. A esse respeito o Papa afirma: «Deus chora»; é como uma missa negra, «não existem desculpas». Na conclusão desses dias não somente a Igreja católica dos Estados Unidos está mudada, mas o país inteiro. O Papa voltou a evidenciar as riquezas culturais, a partir da fundação do país, e chamou os americanos a serem fieis a esses valores: o amor, a família, a dignidade de cada ser humano, o cuidado com os pobres. E deixando os Estados Unidos escreve uma mensagem, no Twitter: «Com a minha gratidão, que o amor de Cristo guie sempre o povo americano! #GodBlessAmerica». Susanne Jansen e Sarah Mundell
Set 30, 2015 | Focolare Worldwide
“Um dia estávamos fechando a clínica quando, às 16:30, chega uma mãe com uma criança de oito meses, para fazer um exame de sangue”. Aline M. é enfermeira e bióloga na clínica universitária, em Kinshasa. Na República Democrática do Congo a taxa de natalidade é muito alta, assim como a da mortalidade, e especialmente a mortalidade infantil. A expectativa de vida no nascimento e a idade média da população são muito baixas. “Os meus colegas já tinham fechado o caderno de registros e queriam ir embora. Lembrei das palavras do Evangelho, que nos ensina a amar o próximo como a si mesmo: “eu tenho que receber essa mãe”, pensei. Eu mesma tirei o sangue do bebê, e quando terminei a mãe disse com voz firme: “Que Deus lhe abençoe, senhora”.
Assim que consigo convencer a minha colega do banco de sangue a aceitar esta emergência, se apresenta uma situação ainda mais grave. Nessas alturas eram já 17:00hs. Chega uma mãe em lágrimas, sem condições de pagar pela assistência médica, com o seu filho de 4 anos nos braços com o diagnóstico de uma profunda anemia. A minha colega afirma decidida que não seria possível aceitar mais ninguém, “eu vou perder o trabalho!”, exclama Sensibilizada com este sofrimento, pego um papel e atesto por escrito a minha responsabilidade com os custos da transfusão de sangue no menino. Diante disso a minha colega aceitou em fazer o seu trabalho, salvando assim a vida dessa criança. A mãe do menino me disse: ¨Deus a recompensará, vai devolver o dinheiro. Disso eu tenho certeza! “.
De volta para casa, eu me perguntava: “Como é que, no final de uma jornada de trabalho, eu me encontro com duas mães com crianças sofrendo tanto assim?”. Li então a Palavra de Vida, e encontrei conforto. Alguns dias depois recebo um telefonema do Serviço de Saúde Pública, dizendo que eu tinha sido escolhida, entre todos os meus colegas de trabalho, para participar de um curso profissional de três dias, na minha área, com todas as despesas pagas: um total de $150! Era a resposta de Deus. Por ter dado $25 dólares por uma transfusão de sangue eu tinha recebido duas bênçãos no mesmo dia, e agora uma contribuição financeira que me permitia também pagar as despesas escolares para os meus filhos.
Set 29, 2015 | Focolare Worldwide
“Start Now!”, ou seja: comece aqui e agora. A fazer o quê? A construir relações autênticas, a gerar confiança. Um convite que “pesa ouro”, alguém poderia dizer, e é o que o Gen Verde colocou no título do concerto-workshop apresentado no palco do Tágas Tér Festival, dia 25 de setembro passado, em Szeged (Hungria), e que teve como protagonistas, em oito workshops com as artistas, mais de 120 estudantes de duas escolas médias, sendo uma delas profissionalizante, frequentada por jovens que têm nas costas histórias familiares difíceis. “Tágas Tér, que literalmente significa espaço aberto – explica um dos organizadores –, é um grande evento ecumênico, que mostra a rede das centenas de atividades do mundo da solidariedade civil. Szeged está a 15 km da fronteira com a Sérvia e, portanto, no espetáculo havia pessoas que cotidianamente vivem e assistem a passagem dos milhares de migrantes, com o mar de dúvidas e sofrimentos que essa situação traz consigo. “On the Other Side”: no outro lado – Do concerto fazem parte muitas peças do último trabalho do Gen Verde, “On the Other Side”, lançado menos de um mês atrás. Mas, “qual é o outro lado?”, pode ter sido a pergunta espontânea de muita gente. “É o lado de quem está diante de mim, de quem pensa de modo diferente que eu; é aquela pessoa que não estimo, ou que até rejeito”, explica Adriana Garcia, baixista mexicana do grupo.
Um show forte, envolvente, e ao mesmo tempo capaz de colocar em discussão posições, opiniões e estilos de vida, como alguém afirmou. Porque o que emerge das músicas e dos textos é a certeza de que o caminho para a solução, num mundo fragmentado e subdividido por muros, aparece se sabe-se colher a riqueza ínsita na diversidade. Entre as onze peças do álbum há a história do sofrido caminho de um povo inteiro, na música “Voz de la Verdad”, sobre o bispo salvadorenho Oscar Romero, ou a canção sobre a divisão das duas Coreias, extremamente atual e composta com melodias K-pop, quase para mostrar que, entre os jovens coreanos, a ferida ainda não deixou de sangrar. “São histórias que não nos permitem ficar adormecidos na indiferença – comenta uma jovem – ou esquecer os nossos irmãos, separados de nós por uma fronteira. Sentimos um apelo forte: dar até a vida na luta pela justiça”. “É inútil dizer que, talvez por aquilo que estamos vivendo no nosso país com a questão da imigração, o momento mais forte do concerto foi a canção “Quem chora por ti”, uma doce canção de ninar dedicada a uma menina sepultada na tumba azul do Canal da Sicília” – confidenciou uma amiga que trabalha na mídia. E o pastor da Igreja Reformada, Gábor Czagány, um dos organizadores do festival: “O que mais me tocou foi a fisionomia dos jovens das escolas, que participaram dos workshops. Havia alegria, participação, compromisso. Podia-se intuir o efeito da experiência, sete dias que deixaram uma marca. Agora cabe a nós fazer com que nada de tudo isso seja perdido”.
Dos jovens, uma esperança de unidade – Alessandra Pasquali, atora e cantora do Gen Verde, faz questão de precisar que “o nosso trabalho não é subir num palco, cantar, exibir-nos e ir embora; não podemos prescindir da construção de relacionamentos autênticos com as pessoas, de ‘captar’ o que vivem aqueles que vem assistir os nossos shows, em que mares navegam os jovens com quem fazemos os workshops”. É por isso que as entrevistas, feitas com os jovens que participam das oficinas e projetadas antes do início do show, em Szeged, faziam mesmo parte do espetáculo, porque, de fato, eles o tinham construído. Eis algumas vozes dos jovens: “O projeto ‘Start Now!’ abriu os meus olhos, ensinou-me a não julgar os estrangeiros. E isso exige trabalho, é preciso constância e confiança”. “Aprendi a prestar atenção uns nos outros”. “Entendi a importância de manter junta uma comunidade e que a humanidade, para ser uma família, precisa da colaboração de cada um”. “Estou muito feliz por a minha escola ter participado do projeto ‘Start Now!’com a outra escola. No início não nos conhecíamos, precisou um pouco, mas depois adquirimos a confiança recíproca e agora posso dizer que nos movimentamos como uma única pessoa, estamos absolutamente felizes!”.
Set 28, 2015 | Focolare Worldwide
A participação como método, a capacidade de dialogar respeitando não só ideias e convicções diferentes, mas, também, os sofrimentos do próximo; uma biodiversidade que valoriza as riquezas culturais, o fato de não se contentar com a “justiça já, mas, buscar a justiça ainda a ser atuada”, transformar a indignação em ação coletiva para mudar o mundo. São estes valores que fundamentam as dezenas de ações e projetos, expressões da vitalidade da atual sociedade civil italiana. Concluiu-se com uma pluralidade de declarações, ações e estímulos que iniciam “pela base”, na Itália e em outros países, a sexta edição de LoppianoLab. Mais de 2000 participantes, que qualificaram o debate e o diálogo entre empresários, políticos, professores, cidadãos, jovens, agentes de comunicação e secretários municipais, em outras palavras, a sociedade civil nas suas multíplices expressões.

D.Nunzio Galantino, Secretário da Conferência Episcopal Italiana
“Não devemos nos render à crise atual. Estamos aqui para encontrar luzes”. Dom Nunzio Galantino, secretário da Conferência Episcopal Italiana, se fundamenta no pensamento antropológico de Antonio Rosmini, grande pensador, no seu discurso durante o evento cultural LoppianoLab, promovido pelo Istituto Universitario Sophia (IUS) e por Città Nuova, na tarde do dia 25 de setembro, intitulado “Uma ideia de pessoa, uma ideia de sociedade, uma ideia de economia. O humanismo de Antonio Rosmini”. “Fechar-se ao próximo e negar a relação significa negar si mesmos – continua o secretário da CEI – referindo-se às palavras pronunciadas pelo Papa Francisco nestes últimos dias, nos Estados Unidos – é necessário recuperar iniciativas culturais fortes que ajudem a humanidade a colocar-se diante da crise cultural, antes ainda da crise humanitária, que o mundo está vivendo”. Acrescentou ainda que é o tempo atual – com os seus muros, as suas contradições e as suas muitas interrogações existenciais sobre o sentido e o destino do homem – que requer uma visão unitária e completa da pessoa, não governada somente pelas ciências, mas formada também de espírito, de relação, de proximidade. Pistas de LoppianoLab 2015 Cidadania ativa – Retomando as palavras de Chiara Lubich, fundadora dos Focolares, Lucia Fronza Crepaz, coordenadora de projetos Escola de Preparação Social, de Trento, no simpósio central de 26 de setembro, intitulado “Além do medo”, fundamentou a tarefa social das pessoas que fazem política: “Não queremos fazer ações ‘pelos pobres’, mas, com os pobres que são sujeitos e padrão da sociedade que queremos construir, e indicou a cidade como “academia”, para o treinamento da fraternidade universal. Essas palavras encontraram eco em Carlo Petrini, fundador e presidente de Slow Food e Terra Madre, confirmando que a cidadania ativa é o espaço generativo de novos cidadãos, novas empresas, de consumidores conscientes. Profunda a consonância com a encíclica Laudato si’ do Papa Francisco, para a qual escreveu o prefácio para uma das edições lançadas nas livrarias. “Uma oportunidade – ele afirmou – inesperada. Tudo poderia ter acontecido na minha vida, mas, eu nunca imaginei que, com 67 anos, um Papa me telefonasse, eu que sou agnóstico. Este é o novo humanismo. Nós precisávamos dele. Não existe hoje no mundo um líder político mais incisivo, que tem visão e ações concretas, do que este papa”. O sociólogo Mauro Magatti acrescentou: “Se não recuperarmos a dimensão das relações como parte constitutiva da nossa condição, a humanidade está destinada a sucumbir. É necessário voltar a ‘produzir valores’ junto aos outros”. 
Luigi Bobba, subsecretário do Ministério do Trabalho – Luigino Bruni, economista
Empenho civil – Luigi Bobba, vice-secretário do Ministério do Trabalho e das Políticas Sociais, definiu o tempo atual um vento de novidades do qual se deve desfrutar a energia para suscitar instituições capazes de dar forma à transformação. Está em plena sintonia com o economista Luigino Bruni quando afirma que as minorias podem transformar o mundo e são capazes de transformar a indignação em ação política e economia coletiva. Cultura do diálogo – “É necessário superar a perspectiva eurocêntrica, quando se fala de migrações: não é somente um fato humanitário, mas questões de política internacional”. Afirmou Pasquale Ferrara, diplomata e Secretário Geral do Instituto Universitário Europeu de Florença. “Os imigrantes são o testemunho trágico das mudanças históricas. Com eles a história caminha e tornam-se evidentes todos os nós intricados ainda não desfeitos pela política internacional. A Declaração Universal dos Direitos Humanos tem como destinatários todos os homens. Ela cria uma segunda cidadania e por isto ninguém pode ser considerado clandestino e ninguém pode ser considerado ilegal”. 
Vincenzo Morgante, diretor TGR Rai – Michele Zanzucchi, diretor Città Nuova
Vincenzo Morgante, diretor do Telejornal Regional RAI, representou o setor da comunicação, observatório privilegiado da “capacidade” de diálogo nas comunidades italianas. “Por meio do trabalho dos jornais regionais, eu constato que existe a cultura do diálogo, mas não é incrementada suficientemente. Muitas vezes prevalece a cultura do embate. Seria necessário falar menos sobre os fenômenos e mais sobre as histórias, sobre as pessoas que estão vivendo tais histórias”. LoppianoLab 2015 concluiu-se também com uma ampla participação do setor social, mas, os projetos, as ações e o empenho concreto e cotidiano de milhares de cidadãos continua em vários lugares. Trabalha-se para reconstruir um tecido social muitas vezes dilacerado, através de processos de reconciliação e reconstrução de comunidades que não sejam somente estruturas de multíplices interesses, mas, capazes de uma tomada de consciência pessoal e coletiva. Fonte: Comunicado da Assessoria de Imprensa Focolare Loppiano Outras informações, na língua italiana: Città Nuova online: Giustizia sociale. Segnali di vita dopo la lunga notte Galantino: la comunione è una risposta alla crisi Essere musulmani al tempo dell’Isis Alleanza uomo-donna (e bambini) Muri contro gli immigrati e l’accoglienza secondo Rosmini GeneriAMO idee Loppiano.it Dalla Convention EdC il microcredito per l’Economia di Comunione Mons. Nunzio Galantino: Solo una visione unitaria della persona può ricomporre le divisioni dell’umanità
Set 23, 2015 | Focolare Worldwide
«Desde quinta-feira, 17 de setembro – dia do golpe de estado – estamos todos em casa: escolas, repartições, lojas, tudo fechado. Começam a faltar combustível e víveres, e se se consegue encontrar alguma coisa, os preços dobraram», explica Aurora de Oliveira, do focolare de Bobo-Dioulasso, a segunda cidade do Burkina Faso. Lá sente-se o protesto, mas não tão forte como na capital, Ouagadougou (1milhão e meio de habitantes), principal teatro dos fatos da última semana, que deixaram mais de cem feridos e pelo menos dez mortos. «É uma população determinada que não quer ser dominada. Nas grandes cidades de Burkina Faso houve manifestações pacíficas. Existe muito medo, não se pode negar, porque a guerra pode explodir de um momento a outro». «As atividades em Ouaga – onde o exército entrou – diminuíram», escreve Jacques Sawadogo, da comunidade dos Focolares na capital. «Bancos, lojas e estações estão fechados. Prosseguem só as pequenas atividades de subsistência. Como membros do Movimento, em Ouagadougou, procuramos nos manter em contato, via e-mail ou por telefone. Procurarmos ser artesãos de paz nas ações e nas palavras». Por telefone conseguimos falar com padre Sylvester Sanou, vigário geral da diocese de Bobo-Dioulasso. A situação continua a evoluir e teme-se que possa degenerar. «Há uma greve geral em todo o país – explica Pe. Silvester -. Na realidade não se tratou de um verdadeiro golpe de estado, mas uma rebelião de um pequeno grupo da Guarda Presidencial, guiado pelo general Gilbert Diendéré, próximo ao ex-presidente Blaise Compaoré, que subiu ao poder com um golpe de estado em outubro de 1987, obrigado a fugir depois de 27 anos, somente em outubro de 2014, após dias de protestos populares. Desde então está refugiado na Costa do Marfim. Depois de ter agido por tantos anos como mão direita do presidente Campaoré, o general Diendéré tentou negociar a sua imunidade, daquilo que se pode entender». Não se trata, portanto, de conflitos religiosos, entre muçulmanos (50%), cristãos (30%) ou religiões tradicionais (20%), mas um conflito de natureza política. «O exército parece tomar posição em favor da população, e também os governadores das várias regiões são contrários ao golpe; até mesmo a casa de Diendéré foi queimada, na sua cidade natal. Violência chama violência», continua Pe. Silvester. «No dia 22 de setembro ficamos ansiosos pelo ultimatum dos militares do exército, que chegaram à capital vindos de quatro cidades. O futuro político do país é incerto não obstante a mediação dos presidentes do Benin e Senegal, em nome do CEDEAO (Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental), e o retorno do presidente da transição do Burkina Faso, Michel Kafando, e também do primeiro ministro Isaac Zida (feitos reféns e depois libertados)». «Eu havia retornado de alguns dias na Mariápolis Victoria, na Costa do Marfim, e encontrei-me nessa situação – conclui Pe. Silvester. O processo, já em andamento, que reunia os vários partidos em diálogo e que estava chegando a um certo consenso, foi bloqueado. Agora tudo está suspenso. Rezemos para que encontre-se uma solução veloz e sem derramamento de sangue. Com os sacerdotes, religiosos e catequistas da diocese, e com o nosso bispo, começamos o encontro pastoral que estava programado antes desses acontecimentos. Parece-nos importante seguir adiante e rezar pelo nosso povo e nosso país». «Como estamos vivendo? No início ficamos enraivecidos, desiludidos – confidencia Aurora de Oliveira – porque depois dos fatos de 2014 a situação política estava caminhando bem. A um passo das eleições, previstas inicialmente para o dia 11 de outubro (e agora adiadas para 22 de novembro), chega um grupo armado e manda tudo pelos ares. Esta foi a primeira reação, que nos fez sentir a necessidade de protestar. O passo sucessivo foi reconhecer neste sofrimento o semblante de Jesus abandonado, e procurar reforçar a unidade entre nós, para poder transmitir paz e perdão. Procuramos contatar todos os que partilham a espiritualidade da unidade, porque o amor deve vencer». «Continuamos a rezar e a viver em estreita unidade com todos vocês, certos da proteção de Maria», escreve a presidente dos Focolares, Maria Voce, à comunidade do Burkina Faso, enquanto está se realizando o encontro dos responsáveis dos Focolares de várias nações, o que torna mais próximas as esperanças e os sofrimentos de muitas partes do mundo. https://vimeo.com/140074710