Movimento dos Focolares

Chiara Lubich: Liberdade, igualdade… que fim levou a fraternidade?

Fev 24, 2015

Trecho do discurso no Parlamento em Westminster, Londres, no dia 22 de junho de 2004. #politics4unity

«Em raros momentos o nosso planeta sofreu tanto pela desconfiança, pelo temor, inclusive pelo terror quanto no nosso tempo. Basta pensar no dia 11 de setembro de 2001, e ainda mais próximo, no dia 11 de março de 2004, sem esquecer outras centenas de atentados que, nesses últimos anos, alimentaram a nossa crônica cotidiana.

O terrorismo: uma calamidade tão grave quanto as dezenas de guerras que ainda ensanguentam o nosso planeta!

E quais são as causas? Muitas. Porém, por força reconhecemos que uma das mais graves é o desequilíbrio econômico e social que existe no mundo entre países ricos e pobres. Esse desequilíbrio gera ressentimento, hostilidade, vingança, favorecendo o fundamentalismo, que ali encontra um terreno adequado para crescer.

Se o quadro é este; então, para que o terrorismo perca a sua força e desapareça, a guerra não é a solução. Temos que buscar os caminhos do diálogo, soluções políticas e diplomáticas. Mas não só; é preciso suscitar no mundo mais solidariedade entre todos e uma mais justa comunhão de bens.

Sem contar que são muito mais numerosos os temas candentes que interpelam a política em dimensão nacional e internacional. Também o modelo de desenvolvimento econômico do mundo ocidental já está indiscutivelmente em crise. Essa crise requer não só poucos ajustes, mas uma revisão global, para superar a recessão em curso.

A marcha irrefreável da pesquisa científica deve ser controlada por meios que garantam a integridade e a saúde da espécie humana e de todo o ecossistema.

O reconhecimento da função essencial dos meios de comunicação no mundo moderno deve estruturar regras claras frente às específicas exigências de promoção dos valores e de tutela das pessoas, dos grupos, dos povos.

Outra questão central provém da necessidade de defender e valorizar a riqueza proveniente das diferenças étnicas, religiosas, culturais, mesmo no horizonte dos irreversíveis processos de globalização em andamento.

Esses são alguns dentre os maiores desafios apresentados pela atualidade que demandam fortemente a ideia e a prática da fraternidade, e, pela vastidão do problema, de uma fraternidade universal».

Discurso integral Centro Chiara Lubich

___

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Subscrever o boletim informativo

Pensamento do dia

Artigos relacionados

Pasquale Foresi: os anos de trabalho pela encarnação do carisma

Pasquale Foresi: os anos de trabalho pela encarnação do carisma

Há 10 anos, no dia 14 de junho de 2015, faleceu o teólogo padre Pasquale Foresi (1929-2015), que Chiara Lubich considerou como cofundador do Movimento. Foi o primeiro focolarino sacerdote e o primeiro copresidente do Movimento dos Focolares. Há alguns meses, saiu o segundo volume da biografia de Foresi, escrito por Michele Zanzucchi. Falamos com o professor Marco Luppi, pesquisador de História Contemporânea no Instituto Universitário Sophia de Loppiano (Itália).

Renascer das trevas: um apelo à unidade

Renascer das trevas: um apelo à unidade

Nos dias da festa de Pentecostes, celebra-se nos países do hemisfério sul a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Mayara Pazetto, uma jovem teóloga pentecostal do Brasil, conta a história que a levou a empenhar-se e a promover o diálogo entre as várias Igrejas cristãs.