Eram mais de 60, entre professores universitários, sociólogos e estudiosos do serviço social, provenientes da Argentina, Brasil, Áustria, Alemanha, Rússia, Bélgica, França e Itália, os participantes do Seminário internacional “O agir agápico como categoria interpretativa para as ciências sociais”, organizado pelo grupo científico “Social-one, ciências sociais em diálogo”, realizado no Centro Mariápolis de Castelgandolfo, dias 17 e 18 de janeiro de 2011.
Social-One é um grupo internacional de sociólogos e estudiosos do serviço social, que deseja conduzir uma experiência de vida, estudo e intercambio, por meio de uma dinâmica de escuta e abertura recíproca, nutrindo-se do carisma de Chiara Lubich. Há mais de dez anos busca analisar alguns conceitos fundamentais das ciências sociais, através de uma dúplice leitura que, a partir da tradição sociológica, evidencie as novidades apresentadas pelo carisma da unidade.
Depois de uma série de estudos sobre a relação social, o conflito, os relacionamentos sociais e a fraternidade, há cerca de três anos iniciou-se a leitura de uma obra de Boltanski, um dos mais importantes sociólogos franceses modernos, graças à qual abriu-se a perspectiva de uma nova categoria conceitual, ligada ao agir agápico, ou seja, a um amor que supere a incerteza, o caos, o consumismo, típicos das sociedades contemporâneas.
«Nestes últimos dois anos – salienta Vera Araujo, coordenadora de Social-One – pudemos dialogar com vários sociólogos italianos e de outros países, sobre esse assunto, enriquecendo-nos e sentindo-nos encorajados a prosseguir».
O seminário – patrocinado por sete Universidades e Institutos Científicos – tinha justamente o objetivo de apresentar à comunidade científica algumas pistas de trabalho sobre o agir agápico, definido como “uma ação, relação ou interação social, na qual os sujeitos oferecem mais do que aquilo que a situação exija” – explica Gennaro Iorio, sociólogo, professor associado da Universidades dos Estudos, de Salerno. “Não é um agir utilitarístico, de troca de mercado. Para ser ativado, o comportamento agápico não parte do pressuposto que o outro retribua o gesto”.
O seminário foi enriquecido com mais de 20 relações científicas, que proporcionaram novas possibilidades de pesquisa.
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