Por ocasião da “Jornada mundial do doente” propomos uma breve reflexão de Chiara Lubich sobre a doença e sobre as comunidades do Movimento em que vivem pessoas doentes. Vocês sabem que toda a nossa vida, porque é vida cristã, é uma revolução. É uma revolução do modo de pensar, é ir contra a corrente. Ora, se repararmos como o mundo considera os doentes, observaremos que, sobretudo se a doença se prolongar ou for incurável, eles passam a ser considerados diferentes dos sadios, como se formassem uma categoria à parte. Com efeito, a sociedade de hoje, não compreendendo o valor da dor, e querendo esquecê-la – como tenta fazer com a morte –, marginaliza os enfermos. É uma atitude anticristã, muito grave, porque o primeiro marginalizado deveria ser, então, Jesus Cristo na cruz. Por isso, essas comunidades especiais em que vivem pessoas doentes, se, por um lado, são sem dúvida iguais às outras, por outro lado são também especiais pelo bem que produzem e porque têm a possibilidade de testemunhar ao mundo o que é a dor para um cristão. A dor é um dom que Deus concede à criatura. E isso não é apenas uma frase feita, para nos consolar ou para consolar os doentes. Todos os que não estão bem de saúde são realmente amados por Deus de maneira especial, porque são os que mais se assemelham ao seu Filho. (Chiara Lubich, Por que me abandonaste?, 1998, Cidade Nova, pág.104-105)
Dar atenção aos outros
Dar atenção aos outros
0 Comments