Economia de Comunhão: um novo paradigma para o desenvolvimento africano é o título da primeira Escola de Verão Pan-africana da Economia de Comunhão, que se realizará de 23 a 25 de janeiro, em Nairobi, Quênia. Os participantes serão 110 jovens empresários que desejam aprender como fazer uma empresa de comunhão, ao lado de especialistas da EdC provenientes dos Estados Unidos, Filipinas e Itália. São esperados jovens de toda a África (Costa do Marfim, Burkina Faso, Mali, Togo, Camarões, África Central, Congo, Quênia, Uganda, Burundi, Tanzânia, Madagascar, África do Sul e Angola), serão faladas quatro línguas: inglês, francês, português e italiano.
Formação, reciprocidade e inculturação são os principais pilares da escola. «A Escola de Verão Pan-Africana baseia-se em três pressupostos. – nos diz Luigino Bruni, responsável mundial do projeto EdC – O primeiro: atualmente a cooperação ao desenvolvimento se faz com as pessoas e não com o capital, sem universidades de qualidade não é possível criar um desenvolvimento sério. Segundo: o método da escola é a reciprocidade; não se pensa em professores do ocidente que vão ensinar jovens africanos. Partindo da grande estima que temos por esta cultura, todos aprenderão com todos. Terceiro: o desenvolvimento não acontece sem uma cultura empresarial e na África de hoje esta ainda falta. A África precisa abrir-se ao mercado salvando as raízes de “comunidade”, muito fortes no DNA da sua cultura. Por isso compreende-se porque a Economia de Comunhão pode ser, de fato, uma oportunidade importante aqui».
Nos dias imediatamente sucessivos, de 26 a 28 de janeiro de 2011, na Universidade Católica de Nairobi (The Catholic University of Eastern Africa), se realizará a Conferência Internacional sobre Economia de Comunhão, para a qual são esperadas mais de 300 pessoas. É a primeira vez que o projeto será apresentado em uma universidade africana. O reitor da Faculdade de Comércio dessa prestigiosa universidade, dr. Aloys Blasie’ Ayako, desejou com força a realização deste evento – no qual se dará uma atenção especial à “cultura da empresa” – porque vê na EdC uma grande esperança para o seu povo.
Para dar continuidade a este momento importante, estão em fase de projeto, na CUEA, cursos de aprofundamento sobre o tema, para difundir uma cultura econômica de empresa para a África, e cuja realização será confiada ao grupo de economistas e estudiosos que, no mundo inteiro, trabalha para o desenvolvimento da Economia de Comunhão.
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