Luigino Bruni fala da história da EdC
Siga a assembleia ao vivo pelo link http://live.focolare.org/EdC2011/ É aqui, no auditório da Mariápolis Ginetta, em Vargem Grande Paulista, distante quarenta e cinco quilômetros do centro da cidade de São Paulo, que, há vinte anos, Chiara Lubich, sob o forte impulso do Espírito Santo, comunicou uma intuição: o carisma da unidade tem algo a dizer para contribuir com a inovação do sistema econômico e produtivo internacional aparentemente intransponível.
Chegaram ao Brasil 650 pessoas vindas de 37 países, com uma significativa representação de jovens,
representantes de 800 empresas envolvidas com a EdC, oito polos produtivos, presentes ao redor do mundo; como também estudiosos e alunos de disciplinas econômicas dedicados à reflexão científica e à elaboração cultural. Desde o início da
Assembleia – de 25 a 28 de maio – havia alegria e gratidão por estas duas décadas de caminhada, como também a emoção quando todos voltaram a ouvir as palavras da fundadora do Movimento dos Focolares que tiveram, como foi dito em 1991, o «efeito de uma “bomba” no campo econômico». Maria Voce, presidente do Movimento dos Focolares, voltou à esse início em sua mensagem-vídeo que chegou em tempo para somar-se aos registros dessa comemoração e celebração. «Precisamos reconhecer que o projeto EdC deve ainda se fortalecer», ressaltou Maria, parabenizando os organizadores pela escolha de um detalhe que revela, no entanto, um fundamento: «Creio que é significativo que, no logotipo das comemorações, vocês desejaram que aparecesse o
ano de 2031. Isso indica um futuro que hoje podemos apenas imaginar e que será definido graças às contribuições que vocês continuarão a dar». Sem meias palavras,
a Presidente indicou os desafios que se apresentam a EdC. E afirma que o projeto tem «o potencial de transformar interiormente o agir econômico, não só nas empresas, mas também nas famílias, nas instituições financeiras, nas políticas econômicas». Mas devemos ter em mente uma condição basilar: «A EdC terá um novo impulso se tiver como horizonte o mundo unido e só assim será capaz de mover os corações, as ações, o entusiasmo daqueles que têm a exigência de ideais elevados pelos quais dedicar as suas vidas». Deseja, então, que «nasça uma nova estação de criatividade e de protagonismo de todos, para assim responder a um grande encontro marcado com a história». De história também falou
Luigino Bruni, coordenador da Comissão Internacional da EdC, ao abrir os trabalhos da Assembleia, a fim de destacar os progressos realizados pela profecia de Chiara na esfera econômica. Quatro palavras permearam o seu discurso: festa, pelos 20 anos; responsabilidade, pela tarefa a ser feita neste momento de crise; memória, para não esquecermos as questões fundamentais que Chiara disse nesta sala, em 1991; esperança na força do projeto que a nós foi confiado e nas novas gerações de empresários e estudiosos envolvidos com a EdC.
Alberto Ferrucci
Também são inevitáveis as referências históricas para o
empresário Alberto Ferrucci, um dos pioneiros da EdC. Ele recordou a forma organizada com a qual Chiara e as suas companheiras de Trento proviam as necessidades dos pobres da cidade, indicando assim uma “vocação leiga de santidade” para todos aqueles que viriam a apoiar a EdC: houve quem vendeu pequenas propriedades, quem ofereceu pequenas economias para ajudar a comprar o terreno para os polos produtivos; houve quem deixou bons empregos e suas cidades para dar vida a intuição de Chiara.
Um heroísmo que mais tarde permitiu que o papa Bento XVI citasse a EdC em sua primeira encíclica social. Ferrucci confiou à Assembleia um desafio: «Nós precisamos desenvolver paradigmas teóricos desta nova economia, podendo ser demonstrados na prática pelos polos produtivos e pelas empresas e escolas e universidades que formam os seus agentes nesses princípios». É o encontro marcado com o futuro que a Assembleia não poderá deixar de comparecer.
Do nosso enviado Paolo Lòriga
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