Após o histórico encontro do Papa Francisco e Tawadros II (Papa da Igreja Ortodoxa Copta e Patriarca de Alexandria), que aconteceu no Vaticano no dia 10 de maio de 2013, pela primeira vez em Alexandria houve uma celebração das duas Igrejas, para comemorar aquele dia. Com efeito, a visita de Tawadros II ao Papa Francisco ocorrera três meses depois da sua eleição, precisamente 40 anos depois da histórica visita de Shenouda III a Paulo VI. O Patriarca ortodoxo copta, naquela ocasião, havia proposto que se comemorasse, no dia 10 de maio de cada ano, o dia da amizade entre as duas Igrejas. No dia 7 de junho passado, no Centro Cultural dos Jesuítas, em Alexandria (Egito), com o patrocínio do Patriarca católico copta, Ibrahim Ishak, foi recordado o evento na presença de Tawadros II, acompanhado por oito bispos ortodoxos coptas e cinco sacerdotes. Estavam presentes também o Núncio Apostólico , D. Bruno Musarò, o bispo latino, D. Adel Zaki e cerca de 100 religiosos, religiosas e sacerdotes católicos. Um dos promotores do evento foi o atual diretor do Centro Cultural, ex-aluno do Instituto Universitário Sophia (IUS). Outro promotor foi um seu amigo da Igreja Ortodoxa. Depois de um momento de orações, com leituras e cantos, foram relembradas as várias etapas do histórico encontro das duas Igrejas, por meio de um documentário. Na mensagem enviada pelo Papa Francisco, ele afirmou, entre outras coisas, que “o que temos em comum é maior do que aquilo que nos divide”, e que “nós possamos perseverar no nosso caminho em direção à plena comunhão e crescer no amor e na compreensão.” A resposta do Patriarca copta foi imediata: naquela mesma tarde ele telefonou ao Papa Francisco, confirmando a “vontade de prosseguir no comum empenho pela unidade dos cristãos”, como referiu o Padre Lombardi, porta-voz do Vaticano. Tawadros II, no seu discurso muito afetuoso pelo bispo de Roma, expressou a sua convicção de que “o mundo, atualmente, tem fome e sede do amor concreto. A unidade entre as Igrejas tem necessidade de heróis da fé”, e indicou alguns pressupostos necessários para chegar à unidade, entre os quais, uma mente aberta, rezando todos os dias: “Dá-me, ó Deus, uma mente aberta, como Nosso Senhor Jesus se comportou com a samaritana e com o ladrão que estava à sua direita.” Mas, também, um coração grande, capaz de “ir além do seguimento ao pé da letra”. E, ainda, uma alma humilde que “conserva as dádivas e as graças concedidas por Deus.” Sua Santidade recordou, com comoção, a sua profunda impressão pela humildade do Papa Francisco, quando o encontrou e, mais uma vez, repetiu: “Devemos festejar este dia todos os anos!” As pessoas que participaram do evento ficaram com o coração repleto de alegria e Tawadros II cumprimentou cada um dos participantes. No fim daquela alegre cerimônia, foi lembrado “o ecumenismo de sangue”, em homenagem aos mártires egípcios e etíopes na Líbia.
Colocar à disposição as nossas capacidades
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