Movimento dos Focolares

Em caminho, com Carmen

Jul 20, 2016

Faleceu no dia 19 de julho, aos 85 anos, Carmen Hernández, que, com Kiko Argüello, deu início ao Caminho Neocatecumenal. Uma profunda amizade liga o Movimento dos Focolares ao Caminho, ao qual exprime proximidade e gratidão. O copresidente dos Focolares, Jesús Morán, estará presente no funeral.

CarmenHernandezNeocatecumenali«Carmen, que grande ajuda para o Caminho! Que mulher forte! Jamais conheci alguém como ela». Com estas palavras, Kiko Argüello anunciou a morte de Carmen Hernández em uma carta dirigida a todos os itinerantes, aqueles que aderem à proposta do Caminho Neocatecumenal. Kiko Agüello escreve ainda que Carmen foi, para ele, «um evento maravilhoso», e recorda «a mulher, o seu grande gênio, o seu carisma, o seu amor pelo Papa e, principalmente, o seu amor pela Igreja». Com Kiko Argüello e padre Mario Pezzi, Carmen Hernández era responsável do Caminho em âmbito internacional. O seu funeral será no dia 21 de julho, na Catedral de Madri (Espanha), presidido pelo arcebispo, D. Carlos Osoro Sierra. É relembrada pelas mais de 30 mil comunidades neocatecumenais, presentes em 120 países. Estarão presentes muitos bispos e cardeais próximos à realidade neocatecumenal. Nascida em Olvega, na Espanha, Carmen teve uma vida longa e atenta à escuta do Espírito, que a levou, após os estudos de química, a reencontrar a vocação missionária que havia sentido nos anos da juventude. Depois, a experiência num instituto missionário, os estudos de liturgia no contexto da profunda renovação conciliar, e um período de dois anos na Terra Santa. Enfim, em 1964, o encontro com Kiko Argüello, entre os favelados de Palomeras Altas, na periferia de Madri. O entusiasmo evangelizador de Carmem tomou ali uma nova forma, juntamente com a comunidade cristã que começava a formar-se, com Kiko, no meio dos pobres. A presença de Carmen ofereceu uma sólida base teológica e litúrgica à força das catequeses de Kiko, e a ação deles tornou-se uma verdadeira formação pós-batismal. Fundamental o seu papel na redação dos Estatutos do Caminho, que teve a aprovação da Santa Sé em 2011. Em 2015 recebeu o Doutorado Honoris Causa em Sacra Teologia, da Universidade Católica da América, de Washington (USA), em reconhecimento pela sua grande contribuição à formação cristã, em todo o mundo. «Vocês receberam um grande carisma, para a renovação da vida batismal», disse o Papa Francisco no seu discurso aos aderentes do Caminho Neocatecumenal dia 8 de março passado, a última vez que Carmen Hernández foi vista em público. Mas o Santo Padre falou com ela pessoalmente, pelo telefone, no dia 1º de julho, durante uma audiência privada concedida a Kiko Argüello e padre Mario Pezzi. O Movimento dos Focolares une-se na oração e no agradecimento, mantendo viva a recordação da comunhão entre os movimentos eclesiais, sancionada na Pentecostes de 1998, quando João Paulo II encontrou, pela primeira vez, os Movimentos e Novas comunidades, cada um deles um fruto especial de um carisma doado pelo Espírito Santo à Igreja e à humanidade, para responder às necessidades do nosso tempo. Maria Chiara De Lorenzo

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Subscrever o boletim informativo

Pensamento do dia

Artigos relacionados

Nostra Aetate: 60 anos de caminho no diálogo interreligioso

Nostra Aetate: 60 anos de caminho no diálogo interreligioso

No dia 28 de outubro de 2025, celebra-se o 60º aniversário de “Nostra Aetate”, a declaração do Concílio Vaticano II sobre as relações da Igreja com as religiões não-cristãs. Depois de seis décadas, o documento que inspirou e guiou os passos do diálogo interreligioso nos convida a renovar nosso empenho, continuando a construir relacionamentos de fraternidade verdadeira.

Dilexi te: o amor aos pobres, fundamento da Revelação

Dilexi te: o amor aos pobres, fundamento da Revelação

Foi publicada a primeira Exortação apostólica do papa Leão XIV. É um trabalho começado por Bergoglio que coloca no centro o amor e o serviço aos pobres. É uma herança preciosa, imagem da continuidade e unidade do Magistério da Igreja. Seguem algumas reflexões do professor Luigino Bruni.