Movimento dos Focolares

Equador: viver uma Mariápolis

Jun 11, 2013

Estamos no período no qual se realizam as Mariápolis, original experiência de vida que se repete todos os anos em vários países. A descoberta e a alegria narradas por alguém que participou pela primeira vez, em Esmeraldas, no Equador.

«A primeira festa, a primeira viagem, o primeiro encontro, o primeiro baile… são inesquecíveis! A primeira vez que se vive alguns acontecimentos cuja recordação nos comove e nos emociona com um sorriso ou uma lágrima. Isto já acontece comigo lembrando a minha primeira Mariápolis, que se concluiu recentemente.

Fui convidado por um caro amigo e, não obstante dúvidas e incertezas eu decidi participar. Chegando a Esmeraldas – cidade cujos habitantes são, na grande maioria, afro descendentes com tradições, culinária e ritmos particulares – eu conhecia talvez dez das trezentas e cinquenta pessoas  que participavam da Mariápolis, sentindo-me, portanto um “ilustre desconhecido!”

Eu fiquei em um quarto com outras duas pessoas desconhecidas, rezando para que não roncassem, e participei de encontros, debates, reuniões de grupos com pessoas que nunca encontrei antes… Mas, ouvindo as experiências delas, os sonhos que almejam, a maneira como buscam a própria felicidade e a do próximo, eu senti a confiança necessária para falar do que eu tenho no íntimo.

De todos os textos expostos para serem meditados o que mais me chamou a atenção foi uma carta que João Paulo II escreveu a Chiara Lubich na qual ele convida os membros do Movimento a serem “apóstolos do diálogo”. Mas, como atuar isso? Ouvindo e demonstrando abertura ao próximo. Lembrei-me do meu pai que, em breve completará oitenta e cinco anos e está ficando sem amigos porque muitos já estão no céu. Compreendi que eu posso demonstrá-lo a minha amizade escutando-o quando fala das coisas que lhe interessam: com ele eu não posso conversar usando o I-Pad ou via Internet, mas, igualmente eu posso amá-lo e passar mais tempo com ele.

O tema da Mariápolis era “O outro: diferente de mim, igual a mim”. Uma experiência muito forte neste sentido foi a visita às prisioneiras do cárcere feminino e constatar que muitos prejulgamentos e indiferenças caem por terra, descobrindo que sempre temos algo a doar: o amor!

Mas a Mariápolis não é feita só de meditações e empenhos; na “noite dos talentos”, ocasião em que cada um ofereceu aos outros os próprios talentos artísticos, eu me diverti como bem poucas vezes me aconteceu. Além disso, a Missa afro foi esplêndida: a exata representação da alegria que existe nos nossos corações quando participamos de um encontro com Deus!

Quando retornei à minha cidade, não obstante tivesse voltado com o estomago vazio – por não ter provado os famosos pratos tradicionais a base de peixes, como o corviches e o encocao -, o meu coração estava repleto de amor. Disseram-nos que a Mariápolis inicia realmente quando voltamos para casa e retomamos a nossa rotina. E assim, eu procurei colocar em prática o que eu havia aprendido especialmente no que diz respeito a ver Jesus em muitos irmãos que encontro durante o dia.

Posso afirmar, com toda certeza, que aquela de Esmeraldas foi a minha primeira Mariápolis, mas não será a última».


Mariápolis Esmeraldas Flickr photostream

Para informações sobre as Mariápolis no mundo: www.focolare.org/mariapolis/

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Subscrever o boletim informativo

Pensamento do dia

Artigos relacionados

Uma rede de famílias: o diálogo cria comunidade

Uma rede de famílias: o diálogo cria comunidade

Uma experiência de diálogo e acolhimento que se transformou em uma rede de suporte e amizade para o bem comum. É o que nos conta Andreja, da Eslovênia, membro do Movimento dos Focolares, que, juntamente com o marido, faz parte de Famílias Novas. No vídeo, a voz dos protagonistas desta experiência.

Emergência em Gaza e no Oriente Médio

Emergência em Gaza e no Oriente Médio

A Coordenação do Movimento dos Focolares para as “Emergências” iniciou uma arrecadação de fundos para Gaza e o Oriente Médio, para ajudar as pessoas que sofrem devido aos conflitos nesses países.

Projeto Together WE Connect

Projeto Together WE Connect

Há alguns meses, teve início na Terra Santa um programa de formação de jovens com o apoio da comunidade dos Focolares e dos grupos internacionais Gen Rosso e Gen Verde, para formar jovens promotores da reconciliação e do diálogo.