Movimento dos Focolares

Evangelho vivido: Deus antes de tudo

Dez 5, 2015

A Palavra de Vida do mês convida-nos a remover as barreiras que impedem o encontro com Jesus. Um sacerdote conta qual foi o momento decisivo da sua vida, em que abriu a porta para Deus.

20151205DioPrimaO que foi que te impulsionou a ser sacerdote? Pergunta ao P. Marco uma adolescente de 13 anos, durante uma entrevista informal sobre os muitos episódios dos seus anos de vida e de sacerdócio. «Não me interessava muito ser sacerdote. Apenas pedi um conselho a algumas pessoas que conheciam o mundo, mais do que eu, que eram mais maduras, para compreender o que era mais necessário hoje na humanidade. Poderia ser um professor, um engenheiro, atraía-me muito também ser arquiteto ou viajar. Eu gostava de muitas coisas e ia bem na escola. Eram os anos de uma explosão em nível econômico e eu tinha todas as possibilidades de sucesso. Estava indeciso porque tinha uma bolsa de estudos na universidade, mas queria ser útil. Então, marquei uma hora para falar com o bispo da minha cidade. Queria perguntar-lhe o que é que ele pensava, o que mais poderia servir para a humanidade. Ele estava tão ocupado que não teve tempo para falar comigo, fiquei sozinho esperando durante horas, tanto que cheguei a pensar: “certamente a humanidade não precisa de mim, mas talvez nem a igreja precise de mim. Quem foi que te disse que és tão importante? Talvez eu não sirva para nada… porém eu amo Jesus e o amarei para sempre, mesmo se fosse sempre inútil”. Quando finalmente o bispo teve tempo de falar comigo e perguntou-me o que queria, eu já não queira mais nada! E então disse-lhe apenas que talvez pudesse colaborar em alguma coisa… Ele ficou surpreso, indeciso, mas no fim disse-me: “Ontem eu pus a primeira pedra de uma igreja. Quando esta igreja daqui a seis anos ficar pronta, não teremos nenhum padre. Gostarias de ser o pároco daquela igreja?” Mas a minha experiência da escolha de Deus já tinha acontecido antes, isto é, não tinha escolhido ser sacerdote, mas seguir Deus e amar Jesus, mesmo se tivesse que me sentir sempre inútil. Eu sabia que, de qualquer modo, Jesus certamente me faria fazer alguma coisa». (P. Marco – Itália)    

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