Em todo o mundo tornou-se notícia a erupção do vulcão Taal, iniciada em doze de janeiro passado, a poucos quilômetros de distância da Mariápolis Paz, dos Focolares, em Tagaytay, na ilha de Luzon. Por meio das redes sociais, as fotos das casas e ruas cobertas de cinzas e lama chegaram a toda parte, assim como a notícia das tantas pessoas que nestes dias estão deixando a região turística de Tagaytay, a cerca de 60 km de Manila. As autoridades filipinas solicitaram a evacuação total de cerca 500 mil pessoas depois do alerta emitido pelo Instituto de Vulcanologia e Sismologia das Filipinas (PHILVOLCS). Com efeito, existe o temor de uma erupção explosiva. “Parece andar numa cidade fantasma – comenta uma jovem no Facebook, descrevendo Tagaytay, a sua cidade – tudo tem uma só cor cinzenta, falta eletricidade, água e os tremores de terremoto são frequentes”. A cerca de 30 km do vulcão Taal está também a Mariápolis Paz, dos Focolares. Foi fundada em 1982 com uma forte vocação ao diálogo entre pessoas de diferentes religiões, e esta manhã conseguimos contato com Ding Dalisay e Chun Boc Tay, responsáveis pelos Focolares nas Filipinas, para ter notícias de seus moradores; eles nos asseguraram que foi quase completa a evacuação dos habitantes. “Quase todas as focolarinas saíram, os sacerdotes e seminaristas se transferiram para o Seminário São Carlos, e os sete gen – jovens dos Focolares – agora estão em Manila. Parte dos focolarinos estão com suas famílias e alguns ficaram em seus Focolares; as famílias do Movimento estão bem e algumas se transferiram. Estamos distribuindo alimentos e água para quem precisa e nos organizando para alojar os refugiados, caso seja necessário. É difícil nos comunicarmos porque não podemos recarregar as baterias dos celulares nem usar o computador. Ontem celebramos a Missa e jantamos juntos, à luz de vela. Procuramos merecer a presença de Jesus entre nós”. Em seguida, Ding fala da extraordinária resiliência do povo filipino, visível em gestos normais que se tornam heroicos em situações extremas como essa: “É incrível a criatividade das pessoas mais pobres que, mesmo não tendo nada, inventam recursos inesperados para servir quem precisa mais. Vimos um homem deficiente que colocou na rua uma mesinha para distribuir gratuitamente mascarás contra a fuligem; e o proprietário de um pequeno restaurante que colocou na frente um cartaz escrito: ‘Quem precisa de uma refeição pode entrar sem pagar’; ou um senhor que se oferece para tirar as cinzas de qualquer carro que estiver circulando, com a sua bomba de água”. A comunidade dos Focolares de Tagaytay e arredores agradece a todos que rezam, no mundo inteiro, pelas mensagens e inúmeras chamadas. Continuamos a acompanhar a situação e transmitir notícias, especialmente por meio das redes sociais do Movimento dos Focolares.
Stefania Tanesini
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