«Foi uma experiência bem-sucedida que transmitiu uma palavra de esperança. Uma pessoa disponível a doar-se a si mesma pode ser a resposta aos desafios ambientais deste tempo que a humanidade atravessa». São palavras de Luca Fiorani, coordenador internacional de EcoOne, na conclusão do congresso “Relacionamentos: entre a consciência ambiental e os desafios sociais” (Budapeste, Hungria). O evento realizou-se de 27 a 29 de maio na Pázmány Péter Catholic University, com a participação de 80 responsáveis de ONGs ambientais, professores universitários, funcionários públicos, profissionais da área ambiental, estudantes de escolas superiores e universitários de vários países. No programa, apresentações científicas de alto nível, experiências práticas e reflexões transdisciplinares no campo da economia, da ética e da política, entre outras. Houve ainda várias contribuições: desde um jovem de 15 anos até uma idosa dedicada ao cuidado do ambiente na mariápolis permanente holandesa dos Focolares; três estudantes italianos apresentaram a própria experiência de economia de energia e “cultura da partilha”; um estudante do programa Erasmus em Budapeste, um de Roma e um brasileiro também deram os seus testemunhos. O jovem vindo do Brasil pagou a viagem fabricando e vendendo objetos e obtendo uma grande ajuda da sua universidade. Cinco jovens pesquisadores receberam o “Prêmio Piero Pasolini” pela qualidade da sua apresentação, graças aos fundos postos à disposição pela Economia de comunhão.
Para a preparação do congresso houve a colaboração e a sinergia de algumas agências do Movimento dos Focolares: Ações por um Mundo Unido, Economia de Comunhão, Humanidade Nova, Jovens por um Mundo Unido, Movimento político pela unidade, junto com a New Humanity e ao Instituto universitário Sophia, com “uma logística excelente por parte do grupo EcoOne húngaro”, afirma Fiorani. O congresso foi introduzido por Zsusa Román, coordenadora de EcoOne Hungria, com a pergunta: “Que tipo de pessoa é capaz de cuidar do ambiente?”. Fiorani, por sua vez, ilustrou os objetivos e as características de EcoOne: «Uma iniciativa cultural em escala internacional promovida por professores, pesquisadores e profissionais que operam no setor das ciências ambientais. Temos o desejo comum de enriquecer o nosso conhecimento científico com uma leitura humanística dos problemas ecológicos e naturalísticos. Junto com outros parceiros, com os quais visa ao objetivo da destinação universal dos bens e da estreita interdependência entre os países, EcoOne tenta aplicar tais princípios em nível social, político, econômico, como setores das temáticas ambientais». Mons. János Székely, bispo auxiliar de Esztergom-Budapeste, recordou a importância da “sobriedade e da dádiva”, em linha com a encíclica Laudato si’ do Papa Francisco. Após a exposição do prof. Miguel Panão, sobre uma nova visão antropológica onde a pessoa é considerada na sua doação aos outros e à natureza, abriu-se um forte debate. Foi muito apreciada a mesa-redonda onde os desafios sociais impostos pelo ambiente foram enfrentados do ponto de vista teológico, climatológico, econômico e político, sublinhando o quanto a problemática ambiental exija a contribuição de muitas disciplinas, em primeiro lugar a política que guia as escolhas e a economia que impõe os paradigmas de desenvolvimento. «O congresso não é um ponto de chegada mas de partida – conclui Fiorani. Agora é preciso preparar-se para novos desafios. O próximo encontro será na Ásia!» Informação: EcoOne.
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