«Aprendi a ser mais aberto e a não esconder a sujeira de baixo do tapete». É o comentário de um dos 170 seminaristas de Pune (Índia) satisfeito por ter participado no workshop sobre dinâmicas de grupo realizado de acordo com os princípios da espiritualidade da unidade, típica dos Focolares. «Entendi que devo pensar de modo positivo em tudo que faço – declara entusiasmado um outro seminarista – fiz novas amizades, até com um colega mais velho do que eu». Impressiona a alegria destes jovens. Surpreende também que na Índia – uma região dos mil rituais e divindades, pátria do hinduísmo e do budismo – exista um seminário católico com tantos jovens e que, como testemunha o diretor espiritual do seminário, Padre George Cordeiro, sejam tão motivados e decididos para o sacerdócio. O relacionamento dos Focolares com o seminário pontifício da Índia iniciou-se em 1980. Desde então, em várias ocasiões os focolarinos foram convidados para apresentar a própria espiritualidade aos seminaristas. Muitos destes, tornando-se sacerdotes ou bispos, continuam a promover – na desafiante ação pastoral – a dimensão comunitária da mensagem cristã. Este ano, pediram para o Movimento organizar um workshop de três dias sobre dinâmicas de grupo. Foi a primeira vez que os focolarinos de Mumbai encontraram-se diante de uma empresa deste tipo, mas aceitaram o desafio. Com uma equipe de 12 pessoas, homens e mulheres, dentre os quais alguns especialistas no campo psicológico e relacional, dedicaram-se ao projeto organizando um workshop para os seminaristas. Foi um trabalho exigente, também pela diversidade das culturas dos participantes, originários de todas as partes da Índia, e por causa dos seus diferentes percursos de estudo: desde o ensino médio até os estudos de teologia e filosofia. O objetivo do workshop era oferecer os instrumentos necessários para construir a comunidade, a partir dos elementos da espiritualidade da unidade mais ligados com a relação interpessoal: o “fazer-se um” com o outro, a escuta profunda, o pacto do amor recíproco, a partilha das experiências de vida, o diálogo, etc. Em prática, devia-se apresentar aos seminaristas os vários modos de ir ao encontro do outro, privilegiando os relacionamentos. Tendo estes elementos como paradigma cultural, apresentados em chave psicológica e relacional, produziu-se um programa com temas breves, encenações, jogos de papéis, testemunhos (de leigos e de sacerdotes), exercícios práticos para experimentar em si mesmos a eficácia dos mesmos.
Desde o início o laboratório foi seguido com entusiasmo e sustentado com uma viva participação, que contribuiu para a passagem contínua “do eu ao nós” que os jovens vivenciaram. Um processo que se tornará muito útil para eles no trabalho com grupos, pondo em ação a cultura do encontro e do diálogo tão sublinhada pelo Papa Francisco. O Padre George definiu o workshop “uma autêntica experiência de Deus entre os homens”. A intuição de traduzir a espiritualidade em vida e as ideias em fatos quotidianos foi vencedora. Confirmam-no os feedbacks dos participantes: «Posso fazer de tudo, mas com uma condição: que eu tenha sempre a atenção para com os outros». «O encorajamento a por em prática o Evangelho e não apenas estudá-lo provocou uma mudança radical da minha vida». «Este workshop foi um trampolim de lançamento para a minha vocação e as minhas interações sociais. As histórias de outras pessoas foram para mim uma grande lição». «Foi uma experiência extremamente fecunda do treinamento a ser comunhão. Novas estradas abriram-se para nós. É uma graça poder oferecer a espiritualidade de comunhão no contexto moderno».
Promover a paz por meio do esporte
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