Movimento dos Focolares

Início do sexto ano do Instituto Universitário Sophia

Out 22, 2013

Relevante o aumento das inscrições para o primeiro ano do curso e, em andamento, vinte e três acordos de intercâmbios com universidades européias e de outros continentes, em vista do reconhecimento civil dos títulos de estudo na Itália.

Individuar e percorrer os caminhos da cultura da unidade na atualidade da história, ao lado dos homens e mulheres do nosso tempo. Esta é a vocação do Instituto Universitário Sophia (IUS), que inaugurou hoje, no auditório de Loppiano (Itália), o sexto ano acadêmico na presença do Cardeal Giuseppe Betori, Gran-chanceler; de Maria Voce, Vice Gran-chanceler do IUS e Presidente dos Focolares; do Bispo de Fiesole, Dom Mario Meini; do rabino responsável das comunidades ebraicas de Florença e Siena, Rav Yosef Levi; das autoridades civis e de mais de seiscentas pessoas. A finalidade é a de seguir o que o Papa Francisco afirmou recentemente no seu discurso na Faculdade de Teologia da Sardenha, no qual convidava a fazer das universidades lugares do discernimento e de formação à sabedoria, de uma cultura da proximidade e da concórdia, de formação à solidariedade.

Maria Voce fez a abertura da cerimônia citando os objetivos alcançados neste ano: a aprovação oficial do Estatuto pela Congregação para a Educação Católica, a entrega de numerosos títulos a novos professores e do primeiro doutorado de pesquisa com o tema “Fundamentos e perspectivas de uma cultura da unidade”, o aumento do número das inscrições para o primeiro ano do curso (quarenta e cinco novos estudantes provenientes de vinte e seis países). “Sophia caracteriza-se sempre mais – afirmou Maria Voce – como espaço privilegiado para recolher as questões e os desafios que o nosso tempo interpela em todo o planeta e, aos quais, não podemos oferecer senão uma resposta coletiva: resposta que pode nascer, autêntica e convincente, somente da real e cotidiana partilha de pensamento e de vida.”

Em seguida Annamaria Fejes, húngara, tomou a palavra em nome dos cem estudantes que frequentam os diversos cursos e expressou as motivações comuns a muitos deles na escolha daquele centro acadêmico: “Encontrar, por meio das reflexões e do diálogo, os caminhos alternativos às guerras e aos conflitos que cobrem de sangue o nosso planeta. Temos vontade e desejamos encontrar jovens, adultos, associações e organizações para construir com eles um mundo mais fraterno.”

O Cardeal Giuseppe Betori também evidenciou a função do Instituto Sophia como espaço existencial de encontro, de encarnação da sabedoria divina e do saber humano: “O empenho pessoal a viver a proximidade e a reciprocidade nos vários momentos do dia, em muitas atividades culturais, faz com que Sophia seja o lugar no qual ‘sophia’ divina e pesquisa humana do saber tornam-se uma só coisa.”

O Diretor, Monsenhor Piero Coda delineou os desafios, as colaboraçoes e as perspectivas deste percurso cultural: depois dos primeiros anos de intenso experimento, ele afirmou: “É necessário, atualmente, focalizar o projeto formativo que anima a missão de Sophia, na integralidade de uma proposta que, harmonicamente, quer unir vida e estudo.” São ativos vinte e três acordos de intercâmbios com instituições universitárias na Itália, Europa e em outros continentes, além dos numerosos cursos promovidos e animados pelo Instituto em diversos países. Ele sublinhou ainda a colaboração dos estudantes, “com-construtores” da vida acadêmica: “Com vocês também nós nos sentimos protagonistas do mundo novo que está nascendo. Com vocês – ele repetiu, citando Chiara Lubich – é possível encontrar as novas estruturas mentais a nível mundial.”

A aula inaugural foi realizada, neste ano, pelo Prof. Benedetto Gui, professor de Economia Política, com o título “Complessidade relacional e economia. A primeira pode favorecer a segunda?”. Uma exposição aprofundada e vivaz sobre a função das relações na economia, mais que nunca, hoje de central importância.

Stefania Tanesini

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