Movimento dos Focolares

Itália: “O visitante” suscita o diálogo

Fev 14, 2014

Na cidade de Prato, no contexto do diálogo com pessoas de diferentes convicções promovido pelos Focolares, foi exibida a peça teatral de Eric-Emmanuel Schmitt, “O Visitante”. O objetivo: abrir um diálogo para colocar-se as questões fundamentais do homem, numa atmosfera de confiança recíproca.

“Foi uma tarde especial, rica de significados”. “Senti-me envolvida numa atmosfera de família, a simplicidade do jantar compartilhado fez com que me sentisse em casa”. “É um espetáculo muito bonito, que responde às exigências dos tempos de hoje”. “O meu único pesar é por não ter convidado muitas outras pessoas”. “Nós gravamos curta metragens e entendemos de recitação. A direção foi fenomenal. Recitar estes textos com um ritmo assim, tão veloz, contribuiu para torná-lo mais vivo. Não foi nada monótono, embora a temática seja muito séria!”. São apenas algumas das impressões dos atores e do público presente na apresentação em um teatro de Prato (Itália), dia 14 de dezembro passado.

«A peça que escolhemos – explicam os atores e o diretor – é muito especial: “O Visitante”, do francês Eric-Emmanuel Schmitt, um texto que, com leveza, ironia e originalidade, interpela cada expectador com as questões fundamentais do homem. Por isso é muito propício para as finalidades do diálogo».

Idealizado como um «teatro-fórum», o espetáculo foi organizado pelo grupo de diálogo entre pessoas de diferentes convicções de Prato, ligado ao Movimento dos Focolares, juntamente com a companhia «La Sveglia», Onlus, de Sena, que atua a 35 anos, que o encenou.

«O ponto crucial do espetáculo, ambientado em Viena, em 1938 – explicam – é o diálogo entre Sigmund Freud e um misterioso visitante, que percebe-se ser Deus: um diálogo por nada banal, no qual qualquer pessoa pode se reconhecer».

Durante duas horas, o público de cerca de 100 pessoas manteve uma atenção profunda, acompanhando o texto e a ardente interpretação.

Terminada a apresentação foi aberto o “fórum” que se desenrolou espontaneamente, num clima familiar, com as reflexões suscitadas pela peça. Manifestaram-se pessoas já atuantes nesse diálogo e também outras, iniciantes nessa experiência de encontro.

Os próprios protagonistas expressaram o significado que tem para eles esta obra teatral, a gênese da sua montagem e a própria alegria por apresentá-la num ambiente como aquele.

A iniciativa teve a participação de todos, um grupo de diálogo em plena ação. Alguns ocuparam-se dos convites e da organização, outros cuidaram da publicidade, outros ainda do pensamento de Chiara Lubich proposto aos presentes durante o jantar comunitário que concluiu a noite. E ainda houve quem colocou à disposição o caminhão para transportar o material para o jantar; um chef de cozinha, membro do grupo de diálogo, preparou a “macarronada alla sorrentina” para o almoço dos atores, outro providenciou a filmagem, outros ainda haviam feito os contatos com o teatro e com a sociedade de direitos autorais, além daqueles que contribuíram para o êxito da discussão final com a própria cultura e sensibilidade.

A aprovação foi unânime: «Não apenas uma tarde no teatro, mas uma oportunidade de encontro e escuta, antes de tudo consigo mesmo, para depois abrir-se a diálogos verdadeiros».

E já que a companhia “La Sveglia” se disponibilizou para outras representações, um dos presentes, que trabalha com presidiários, chegou a propor ao diretor uma apresentação no presídio, e alguém lhe sugeriu a montagem de outros textos, comprometedores como este.

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