Muitos encontros foram realizados e muitos estão programados em vários lugares do continente com testemunhos e projetos concretos No dia 9 de maio de 1950, Robert Schuman, um dos pais fundadores da Europa e primeiro presidente da assembleia parlamentar europeia, apresentava o plano de cooperação econômica com o objetivo de formar uma futura união federal. Cinco anos antes, no dia 9 de maio de 1945, a Europa finalmente via o fim da sangrenta guerra que a havia arruinado e destruído. Essa data foi lembrada em toda a Europa e vários encontros se espalharam em muitas cidades com inúmeras comunidades que se perguntavam sobre qual futuro os cidadãos querem desconectar do Velho Continente hoje. De Bruxelas, a capital da União Europeia, a Praga, de países como Eslovênia, Suíça, França, Alemanha à Áustria, Itália e muitos outros, milhares de cidadãos de mais de 300 confissões religiosas participaram de congressos, seminários, momentos de orações, promovidos pelo “Juntos pela Europa”, um órgão internacional formado por Comunidades e Movimentos que atuam juntos por objetivos comuns, cada um levando a contribuição do próprio carisma. Alguns encontros importantes aconteceram também em Roma, Palermo e Castel Gandolfo. O grupo de Movimentos e Comunidades de Roma acolheu completamente o convite a seguir um caminho de oração pela Europa com duração de seis semanas, de 25 de março a 9 de maio de 2019, envolvendo as comunidades de cinco Basílicas importantes ligadas aos santos patronos da Europa, caminho que se concluiu com uma vigília ecumênica participativa na Basílica dos Santos Doze apóstolos. Nos dias 8 e 11 de maio, dois encontros foram além e aprofundaram a perspectiva econômica e cultural. No ‘Spazio Europa’, sede da representação da comissão europeia na Itália, falou-se sobre imigração, finanças e economia, trabalho, soberanismo e euroceticismo com o professor Leonardo Becchetti. O economista, mesmo não economizando críticas às tentações soberanistas que estão impelindo muitos países europeus a um isolamento certamente não frutuoso, ofereceu algumas novas perspectivas que estão vendo a “Escola de economia civil” como protagonista de uma nova chuva de propostas alternativas ao atual modelo econômico. Em Castel Gandolfo, no dia 11 de maio, houve um sarau cultural que contou com a presença, além dos representantes da comunidade de Juntos pela Europa, dos relatores professor Alberto Lo Presti falando sobre “Os desígnios da Europa segundo os bispos de Roma”, professor Dimitrios Keramidas, sobre “A Europa e o Patriarcado de Constantinopla” e Pál Tóth, sobre “Leste e Oeste na Europa”. Em Palermo, no dia 9 de maio, 1600 pessoas participaram do congresso “A sociedade europeia redescobre seus valores cristãos” promovido pelas várias comunidades cristãs de Juntos pela Europa, um encontro que chegou à sexta edição. Foram apresentados alguns projetos concretos e numerosos testemunhos de pessoas e grupos que deram vida a iniciativas na cidade a serviço dos “últimos”, abrindo as portas a imigrantes, desempregados, visitando encarcerados, escolhendo o caminho da legalidade, operando no campo da prevenção sobre os riscos da dependência, muitas vezes em jogos de azar, agindo por uma cidadania ativa nos bairros mais vulneráveis ou conscientizando sobre a responsabilidade no campo da ecologia. O próximo encontro acontecerá na Alemanha, em Ottmaring e Augsburgo, de 7 a 9 de novembro, para os 20 anos da fundação de Juntos pela Europa.
Patrizia Mazzola
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