Movimento dos Focolares

LoppianoLab. Palavra de ordem: participar

Set 24, 2012

Com três mil presenças registradas, de toda a Itália, concluiu-se a terceira edição do “laboratório” dos Focolares (20-23 de setembro). Balanços e perspectivas.

Quatro dias para dar voz à economia, cultura, território e política, aos jovens. Durante o LoppianoLab muitos fatos de “cidadania ativa” foram relatados, numa programação que se desenrolou através de laboratórios, seminários, depoimentos de empresários, espaços dedicados à Economia de Comunhão, às escolas de participação política do Movimento Político pela Unidade, ao  Instituto Universitário Sophia. Um olhar sobre “o que pensam e o que fazem os focolarinos no pós-Chiara Lubich”, com a apresentação do livro-entrevista a Maria Voce: “O Desafio de Emmaus”. As primeiras cifras dessa edição falam de três mil participantes, de todas as regiões italianas, aos quais acrescentam-se os 5 mil acessos à direta streaming de vários momentos do programa, e ainda os que passaram em Loppiano apenas por um dia. Uma redação social permitiu a participação e interação nas redes sociais (especialmente na faixa de 18 a 34 anos), com 300 mil contatos.

Quais os principais temas enfrentados esses dias? Lei eleitoral, intercultura, legalidade, arte, desenvolvimento sustentável, e muito mais, nos 15 laboratórios que, na tarde de sábado, confluíram no evento “Itália Europa. Um único canteiro de obras entre jovens, trabalho, inovação”. Seguiu-se um diálogo vivo com os especialistas sobre economia, formação e Europa, no qual os jovens deram a própria contribuição para o renascimento da Itália. E sobre os relacionamentos entre as gerações, a jornalista Tiziana Ferrario reafirmou a importância de crescer juntos, jovens e adultos, num intercâmbio recíproco de entusiasmo e experiência. “É necessário mais Europa dos cidadãos – declarou Paolo Ponzano, conselheiro especial da Comissão Europeia. E o mesmo comentou Stefano Zamagni, economista, repetindo a necessidade de uma forma mais madura de democracia deliberativa, em nível nacional, onde os cidadãos participem cotidianamente da gestão da coisa pública.

Momento culminante dos quatro dias foi a dupla entrevista de Maria Voce, presidente dos Focolares, recém-nomeada ouvinte no próximo Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização, que respondeu às provocações de Lucetta Scaraffia (Osservatore Romano) e Marco Politi (Il Fatto quotidiano), sobre as grandes questões da igreja e da sociedade: a função da mulher, o empenho dos leigos católicos, a atual visibilidade do Movimento dos Focolares, o problema ecumênico, o diálogo inter-religioso e a relação com os “diversamente crentes”.

No LoppianoLab cidadãos, especialistas e profissionais falaram da Itália da crise, mas também da que está se reerguendo, com um só denominador comum: o ardor pela participação civil. Muito participado o laboratório “A tenda dos partidos. A política dos técnicos. E os cidadãos?”, onde foi enfrentada a questão da lei eleitoral, tema candente na Itália. Em plena sintonia o seminário das escolas de participação política – atualmente 24, em toda a península, com o envolvimento de 500 jovens. “Dei-nos verdadeiros educadores e lhes daremos um mundo melhor” foi o título do laboratório no qual foi reafirmada a centralidade do fato educativo como recurso para o futuro.

Histórias de luta e esperança iluminaram o laboratório sobre a legalidade, como a de Salvatore Cantone, empresário comprometido na linha de frente com uma associação anti-racket, e Giuseppe Gatti, magistrado antimáfia, sob custódia, que evidenciaram que só da fraternidade pode nascer uma nova legalidade. “Comunic@ndo” foi o workshop sobre a mídia, que apresentou um leque de iniciativas: laboratórios cívicos, uso crítico dos meios de comunicação, até um projeto europeu que reuniu jovens italianos numa parceria com outros, de quatro diferentes nações.

No Polo Lionello aconteceu a 3ª Convenção nacional da Economia de Comunhão. Novidade deste ano foi o nascimento da AIPEC, a associação italiana das empresas EdC, e as vozes dos jovens: balanço de um ano e meio de atividades da incubadora de empresas do Polo, que apoiou o início de 52 ideias empresariais, o projeto Policoro, resposta à desocupação juvenil no sul da Itália. Concluído o evento, agora os laboratórios civis reabrem-se no território. A participação ativa é a chave para mirar a 2013.

Galeria do Flickr ” target=”_blank”>Galeria do Flickr

___

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Subscrever o boletim informativo

Pensamento do dia

Artigos relacionados

Buscar a paz: um caminho nas mãos de cada um

Buscar a paz: um caminho nas mãos de cada um

Eliminar qualquer desejo de dominar. Em um mundo constantemente dilacerado por conflitos, seguindo o apelo do Papa Leão XIV para construir uma paz “desarmada e desarmante”, partilhamos uma reflexão muito apropriada de Chiara Lubich, extraída de uma Palavra de Vida de 1981.

Em direção a uma pedagogia da paz

Em direção a uma pedagogia da paz

Como nos tornarmos agentes de paz na realidade em que vivemos todos os dias? Anibelka Gómez, da República Dominicana, nos conta, por meio de sua experiência, como é possível formar redes humanas capazes de semear beleza para o bem de comunidades inteiras por meio da educação.